Designer da Mercedes diz que ‘sedã elétrico’ tem visual de m****

Carroceria com a clássica proporção de três volumes deverá ser abandonada pela marca premium nos seus futuros lançamentos

EQE é um dos modelos elétricos da Mercedes
EQE é um dos novos modelos elétricos da marca alemã (Fotos: Mercedes-Benz | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 09/09/2021 às 20h47
Atualizado em 10/09/2021 às 12h43

Quem observou os lançamentos da Mercedes-Benz no Salão de Munique notou que nenhum dos recentes carros elétricos da marca ostenta a forma clássica de um sedã, com três volumes bem definidos. Todos apelam para o que se convencionou chamar de “cupê de quatro portas”, ou então são SUVs.

Em entrevista ao Top Gear, o chefe de design da Daimler – grupo que controla a marca -, Gorden Wagener, a eletrificação matará os sedãs tradicionais por diversos motivos.

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“Aerodinâmica é um. Em segundo lugar, com uma bateria de 15 centímetros, um sedã de três caixas simplesmente não parece bom, parece uma merda. Você tem que fazer algo que digira visualmente a altura ”, disse Wagener ao canal.

mercedes benz 200

Wagener foi além: “É por isso que criamos esse design arrojado com os modelos EQ, porque parece alongado, parece elegante. Para que a eletrificação mude as proporções dos carros. Precisamos ter certeza de que não são todos iguais, mas esse medo existe há cerca de 30 anos. Conseguimos fazer com que parecessem diferentes e estou confiante de que podemos fazer isso no futuro.”

O executivo não lamenta o fim do sedã clássico – apesar de essa carroceria ter ajudado a Mercedes-Benz a construir a sua fama.

“O sedã com três volumes é, na verdade, o carro mais difícil de projetar. Fazer um realmente bonito é bastante difícil. Um bom carro esportivo é tão fácil! Eu sempre gosto quando há algo mais futurístico chegando. É por isso que a eletrificação é uma grande chance de mudar as coisas, e mudar é sempre bom”, declarou.

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5 Comentários
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Wal Santos 13 de setembro de 2021

Discordando de outros comentários, eu entendi o ponto de vista do representante da Mercedes, pois com a eletrificação dos carros e uso de baterias com altura de 15cm, somente instalá-las em um sedã tradicional deixaria o carro extremamente baixo e menos espaçoso. Não é apenas pegar um veículo e enfiar uma série de baterias embaixo do assoalho, tem de desenhar do zero, e ai certos formatos de carroceria deixam de ser viáveis como é o caso do sedã.

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VICTOR NACIB LAUAR 12 de setembro de 2021

Discordo frontalmente. A carroceria seda é a mais bela de todas. Viva os sedas!!!

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Enéias Nunes Santos Rosa 12 de setembro de 2021

Esse designer falou pouco, mas falou *! Não troco nenhum desenho de três volumes da MB, atual ou mesmo antigo, por nenhuma das “novidades estéticas” apresentadas. Não sou purista, mas ele foi, no mínimo, arrogante e desrespeitoso com a história e o legado da própria contratante.

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alecs 9 de setembro de 2021

Confessou que a Mercedes só fez “m****”,mas muito desejada pelos fãs da marca ao longo de mais de um século !!! Invejada pelos concorrentes,e de clara inspiração clássica ,agora o clássico sai definitivamente de moda ,com essa negativa da Mercedes…

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Wanderley Moreira 12 de setembro de 2021

O único “problema” dos MB em solo brasileiro é seu “vão livre” nos sedãs (9,8 mm). Considerando que, foram criados para as “Autobans” alemãs, está tudo certo.

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