Fim dos carros a combustão: Parlamento aprova o banimento em 2035

A resposta positiva do Parlamento Europeu gerou indecisão sobre o destino das fabricantes europeias de carros a combustão

Em comparação com países de primeiro mundo, Brasil ainda demorou a reduzir as partículas por milhão (ppm) de enxofre presente no diesel
Os carros a combustão serão proibidos na Europa a partir de 2035 (Foto: Shutterstock)
Por Lucas Silvério
Publicado em 10/06/2022 às 13h06

Em junho de 2021 a União Europeia (UE), por meio de seu parlamento, propôs um pacote de objetivos a serem alcançados pelas nações constituintes. O Fit for 55 propõe reduzir as emissões de gases de efeito estufa da UE em 55% até 2030.

Muito se foi discutido sobre o assunto, e a última decisão oficial do conselho dos parlamentares europeus foi a aprovação do banimento dos carros a combustão a partir de 2035, formalizada nesta quarta-feira (8), em Estrasburgo, na França.

A aprovação teve 339 votos a favor, 249 contra e 24 abstenções. Com essa decisão o primeiro passo para a conclusão do processo de banimento dos carros a combustão já está feito. Porém, ainda falta que o Conselho Europeu analise a proposta a ser levada para o denominado “diálogo” entre  a Comissão Europeia e o Parlamento. Após estas burocracias, a certeza será dada.

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O pacote Fit for 55 pretende também reduzir as emissões de CO2 em 55% até 2030 e chegar à neutralidade climática até 2050.

A decisão acirrada gerou opiniões controversas entre os parlamentares e representantes de empresas do segmento.

“Estamos traçando um rumo claro para a indústria, apoiando o fim dos motores a combustão em 2035, uma vitória importante e consistente com o objetivo de neutralidade de carbono em 2050” disse o presidente da Comissão do Meio Ambiente do Parlamento, Pascal Canfin.

A decisão não gerou apenas visões positivas e progressivas, com relação ao meio ambiente, mas também preocupações para alguns grupos.

A integrante do Parlamento Europeu, Agnès Evren, critica a decisão. Segundo ela, “impor zero emissões seria condenar toda uma parte da atividade industrial e penalizar fortemente os consumidores”.

Mesmo com todos os debates que contornam a decisão de acabar com os carros a combustão, o aval ainda será dado. O próximo encontro será do Conselho de Meio Ambiente da UE, que ocorre no dia 28 de junho.

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3 Comentários
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Anderson 1 de julho de 2022

E o que vai acontecer com os milhões de carros a combustão que estão rodando no país? Virarão sucata, vender para o ferro-velho ? No Brasil a maioria dos donos de automóveis não tem condições de comprar um carro elétrico, e estes terão que andar de ônibus, vai ser o caos no transporte público. A não ser que os elétricos usados alcancem o valor dos usados a combustão, pois tem muita gente que só tem condições de comprar carro usado. O mais viável será o fim da produção, mas sem a proibição de circulação dos carros a combustão, assim a substituição irá ocorrer naturalmente com o tempo de acordo coma condição de cada um.

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Bruno Castro 18 de junho de 2022

Sou totalmente contra o banimento dos carros a combustão. Afinal de contas estes tipos do parlamento não se preocupam sequer com as fábricas e isto é só injusto porque nem sequer se preocupam com as opiniões da população.

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Cadillata 10 de junho de 2022

É fácil mexer com os automóveis, mas como ficará a lei para os jatos e iates dos bilionários?

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