Venda de carros novos vai reagir, garante presidente da Volkswagen

"Estou no Brasil desde 2000 e já passei por várias crises. Esta é uma crise atípica, pois afeta todos os países e todas as indústrias ao mesmo tempo"

vw nivus na linha de producao 4
Fábrica da Volkswagen (Volkswagen | Divulgação)
Por Fernando Calmon
Publicado em 18/06/2020 às 20h30

O mercado brasileiro de veículos já foi o quarto maior do mundo. Com as crises econômica e política iniciadas em 2013/14 o país caiu para oitavo. No ano passado, subiu para sétimo e o potencial de crescimento indicava que o Brasil poderia crescer nessa escala.

Porém a pandemia do Covid-19 mudou demais o cenário. Conversei com Pablo Di Si, presidente da Volkswagen para América do Sul, América Central e Caribe, sobre como o mercado vai reagir com a reabertura ainda parcial das concessionárias.

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“É difícil de avaliar com grau de confiabilidade no momento. Depende muito, principalmente, do comportamento do consumidor nas próximas semanas para podermos fazer uma estimativa mais concreta. Mas, sem dúvida, a reabertura das concessionárias é o principal fator para a reação das vendas, mesmo que ainda tímida, considerando que já retomamos as atividades em nossas fábricas e a demanda do mercado vai ditar o ritmo de nossa produção”.

“O mercado brasileiro é muito estratégico para a Volkswagen. Temos quatro fábricas aqui, sendo ao todo seis na América Latina, e no ano passado a região América do Sul foi a responsável pelo maior crescimento da marca Volkswagen no mundo, com 3,7%.”

“Nos últimos dois anos, o mercado automobilístico no Brasil cresceu 21% e a Volkswagen, 52%. Isso nos incentiva a continuar investindo no Brasil, oferecendo produtos com mais tecnologia,segurança e de acordo com o gosto e necessidades do consumidor brasileiro e da região como um todo.”

Presidente da Volkswagen está otimista

“Estou no Brasil desde 2000 e já passei por várias crises. Esta é uma crise atípica, pois afeta todos os países e todas as indústrias ao mesmo tempo. Porém, aos poucos, vejo as coisas voltarem ao normal. Retomamos as atividades em nossas fábricas e a percepção que eu tenho é que os empregados estão muito felizes com o retorno ao trabalho.

pablo di si presidente da volkswagen para america do sul america central e caribe
Pablo Di Si, presidente da Volkswagen para América do Sul, América Central e Caribe

“Fizemos um lançamento totalmente digital de um novo carro, o Nivus, assistido por 100 mil pessoas, em 56 países. Isso mostra que o mercado continua interessado em consumir novos produtos. Além disso, o brasileiro é tradicionalmente um povo alegre, otimista e muito trabalhador, e isso ajuda na superação de momentos de crise como esta que estamos enfrentando”, conclui Di Si.

Frota brasileira cresce, mas envelhece

A frota circulante brasileira de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas em 2019 cresceu 1,9%em relação a 2018, segundo relatório do Sindipeças publicado anualmente desde os anos 1960. O total atingiu 59.013.532 de unidades, das quais 13.099.707 são motocicletas.

Com estes números o Brasil aparece em sexto lugar no mundo atrás de Estados Unidos, China, Japão, Rússia e Alemanha, considerando os 45.913.825 de veículos, sem motocicletas.

Os dados são compilados a partir das vendas do ano anterior, levando em conta os índices de perda total em acidentes indicados pelas seguradoras, os registros de furtos e roubos sem recuperação informados pela polícia e uma taxa de sucateamento baseada em estudo próprio do sindicato.

O Sindipeças não informa a porcentual de veículos sucateados ou abandonados, mas deve girar em torno de 4%, podendo ser um pouco maior ou menor dependendo das vendas de veículos novos.A idade média da frota de veículos atingiu 9 anos e 8 meses em 2019 e a de motocicletas, 8 anos. No período de seis anos (2014 a 2019), o envelhecimento da frota em circulação aumentou 1 ano e 2 meses.

Reversão desse fenômeno depende do crescimento das vendas de novos veículos (que aumenta a taxa de sucateamento) ou um programa de renovação da frota como outros países fazem.

Pajero Sport evoluiu

A Mitsubishi reagiu rapidamente e fez várias modificações na terceira geração do Pajero Sport, lançada em 2018 e importada da Tailândia. O discutível desenho das lanternas traseiras foi melhorado.

O para-choque traseiro e o defletor de teto também receberam modificações para a linha 2021. A frente mudou bastante, da grade ao conjunto óptico. Suspensão dianteira foi modificada para melhorar desempenho em qualquer terreno.

O novo sistema de tração tem comando no console e quatro modos de condução possibilitam definir as características de rodagem, conforme o local. O freio de estacionamento agora é eletromecânico, incluindo a função autoacionamento ao parar.

O sistema multimídia, além de pareamento com celular, tem GPS TomTom. Na versão de topo o quadro de instrumento é digital com três configurações e há um aplicativo para celular que permite programar várias funções,inclusive abertura e fechamento da tampa do porta-malas de 571 litros.

Há uma porta USB dianteira e duas traseiras. O console inclui tomada de 120 V com o padrão brasileiro de três pinos que pode recarregar notebooks. O isolamento acústico foi bastante aprimorado. Há duas versões, ambas com sete lugares: R$ 291.990 a R$ 318.990.

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