Carros chineses são taxados em até 38% na União Europeia

Por Julia Vargas
Publicado em 15/06/2024 às 11h02

Após os EUA imporem uma taxa astronômica de 100% aos carros chineses, chegou a vez da União Europeia (UE) seguir o exemplo. A comissão do bloco econômico definiu tarifas bem altas para os veículos importados da China, que podem chegar a 38,1%.

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No mês de maio, Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, quadruplicou as taxas do governo americano sobre os veículos elétricos orientais, chegando a 100%. Nesta semana, a UE seguiu a mesma lógica de barrar a ‘invasão’ chinesa por meio de tarifas adicionais aos 10% que já existiam e que podem variar de acordo com a montadora.

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Algumas marcas, como a BYD serão aliviadas, enquanto outras como a SAIC terão tratamento severo. A empresa responsável pelo Dolphin, Song Plus, King e outros veículos será taxada em 17%, já a empresa que ainda vai chegar no Brasil será penalizada com 38,1%.

Os altos valores anunciados foram uma surpresa, já que os números de um relatório anterior giravam em torno de 25%. Porém, a influência estadunidense e o medo da competição injusta que os preços dos EVs chineses poderia causar certamente impactaram nessa ‘represália’ comercial.

Os impostos serão aplicados a partir do dia 4 de julho, após conclusão dos trabalhos da Comissão Europeia, que tiveram início no ano passado.

Atrapalha os carros chineses, mas nem tanto

Apesar do valor elevado das tarifas, isso não necessariamente significa que o carro chinês ficará proporcionalmente mais caro na Europa. Mas como assim?

O mais provável é que os fabricantes da China absorverão os prejuízos financeiros. Isso porque as taxas teriam que ser superiores a 50% para terem um maior impacto na margem de lucro da maioria dessas montadoras.

Tesla recebe tratamento VIP

Enquanto os veículos elétricos chineses terão que lidar com as tarifas no mercado europeu, a Tesla recebeu uma ‘colher de chá’ da UE. O conselho do bloco decidiu que a montadora fundada por Elon Musk pode receber uma taxa de imposto calculada individualmente na fase definitiva.

Ainda não se sabe como essas taxas afetarão as marcas ocidentais que fabricam carros na China e exportam para a Europa, como a Dacia.