Você conhece o Arruela? Essa do Zampa dá para contar

Saudoso Zampa sempre encontrava uma forma de aprontar para cima dos colegas e até fez um "reencontro familiar"

arruelas
Arruela é uma peça simples e com muitas funções, mas na mão do Zampa dava até para fazer pegadinha (Foto: Internet)
Por Chico Lelis
Publicado em 27/08/2023 às 17h03

“Arruela ou anilha – diz o Wikipédia – é um disco fino com um furo, geralmente no meio. Ela é utilizada normalmente para suportar a carga de um parafuso. Outras utilizações são como espaçadores, mola, almofada de desgaste, e dispositivo de bloqueio. Elas são, geralmente, metálicas ou de plástico.”

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Há cerca de 3 semanas atrás, eu prestei uma homenagem ao Zampa e contei algumas histórias sobre ele. E disse que muitas outras eram impublicáveis. Mas esta, do Arruela, é engraçada, como admite sua própria vítima, o Marco Antônio.

Mas o Wikipédia não conheceu o verdadeiro Arruela, um jovem morador de Brasília, que desde os anos 70 era um “faz tudo” no Autódromo de Brasília (que ainda não recebera o nome do grande Nelson Piquet, que arrendou o local em 1996). Fazia de tudo, ajudava na Sala de Imprensa, com Dinho Leme e Marco Antônio Lellis (não é meu parente, mas grande e sumido amigo), atendia pedidos dos pilotos e membros das equipes. Era o que hoje se classifica como “um querido” de todos.

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O legítimo Arruela, que desde menino trabalhava no Autódromo de Brasília (Foto: Arquivo Pessoal)

Certo dia, em 1987, Dinho e Marco Antônio tomavam uns “gorós” no apartamento com três camas e, depois de alguns goles, Dinho ouviu do seu colega uma confissão. Ele tinha um filho em Brasília, que estaria naquela época com 27 anos, onde estivera anos atrás, após um relacionamento com uma moça local, falando inclusive o nome dela, não revelado aqui, por respeito à ética.

Zampa era o terceiro elemento naquela cena e fingiu dormir, já “maquinando” uma forma de aprontar para o Marco Antônio. No dia seguinte. Zampa falou para sua “vítima” que tinha amigos no SNI e iria ajudá-lo a encontrar esse filho brasiliense.

Ao chegar ao autódromo, Zampa foi procurar pelo Arruela, que rodava pelos boxes e o advertiu: hoje você não apareça na Sala de Imprensa. Eu vou te levar para almoçar na melhor churrascaria da cidade (a Chamas, conforme lembra o Arruela), onde estaria o Marco Antônio com alguns patrocinadores.

Orientado pelo Zampa, o Arruela, bem arrumadinho, foi até a mesa onde estava a vítima do Zampa e se apresentou: eu sou filho de fulana, você é meu pai e sapecou um abraço apertado no Marco Antônio, que desandou a chorar de emoção. Isso até que ele avistou, em uma mesa distante, o Zampa com seu olhar “demoníaco” dando boas risadas. Conforme contou-me a vítima.

Talvez você conheça uma outra versão, ou várias outras, dessa história. A que eu conto aqui é a do próprio Ney Jackson Menezes, hoje com 60 anos, casado, com uma filha de 18 anos, futura advogada, mas que ainda é chamado de Arruela, inclusive na sede do Governo do Distrito Federal, onde assessora a vice-governadora.

E o Arruela tem muitas histórias & estórias para neste mundo do automobilismo para contar, onde começou quando tinha 12 anos e já frequentava as corridas nas vias de Brasília, ajudando todo mundo no que podia.

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