Divertida Mente e os carros: da felicidade à raiva, qual é o seu modelo?

Quais modelos de automóveis traduzem bem os sentimentos do filme da Disney/Pixar? Listamos alguns deles, confira!

divertidamente carros
Como os personagens do cinema, os carros também pode ativar emoções (Arte: Ernani Abrahão | Auto Papo)
Por Fernando Miragaya
Especial para o AutoPapo
Publicado em 03/07/2024 às 08h03

“Divertida Mente 2” já superou a bilheteria do primeiro filme e o longa-metragem de animação da Disney/Pixar é considerado um dos mais bem sucedidos – e pensados – da parceria. Nessa sequência, ainda agregou mais sentimentos com os quais não só adolescentes se identificam – mas muitos adultos também.

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Se formos levar para o universo automotivo, aí que os sentimentos fazem sentido. Raiva, Medo, Alegria, Nojinho, Tristeza, Ansiedade, Tédio, Vergonha e Inveja: os personagens de “Divertida Mente 2” e os carros que eles teriam – ou os automóveis que despertariam tais sensações…

Raiva – Effa M100

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Effa M100 foi uma abominação da engenharia que despertaria o mais furioso sentimento de Divertida Mente (Foto: Effa | Divulgação)

Imagine você comprar um subcompacto chinês barato crente que está fazendo um bom negócio. Aí você se depara com um carro com construção evidentemente frágil, dinâmica ruim, acabamento tosco e motor fraco de parcos 47 cv.

Para completar, a rede de distribuidores não se expande e o pós-venda é só dor de cabeça. Achar peças e fazer seguro se tornam desafios, e o carro coleciona defeitos crônicos. É para dar raiva em qualquer um. Menos mal que o Effa M100 foi vendido por aqui só de 2008 a 2011.

Medo – Citroën com suspensão pneumática

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Em Divertida Mente, os sentimentos se alternam no controle do cérebro de acordo com o momento, ao volante do C5, o medo é o capitão (Foto: Citroën | Divulgação)

Ter um Citroën Xantia ou C5 é incrível. Conforto, desempenho e design fazem dos sedãs médios-grandes da marca alvo de cobiça dos admiradores de carros franceses. Porém, quando se pensa na tecnologia embarcada desses carros entra em cena o Medo de “Divertida Mente”.

Principalmente porque um dos diferenciais legais desses modelos é o que pode causar outro sentimento: arrependimento. Xantia e C5 eram equipados com a famosa suspensão pneumática, um primor de conforto, muito legal quando está funcionando, mas que quando dá defeito pode virar uma temerosa conta de R$ 15 mil.

Alegria – Renault Sandero RS

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Por outro lado, a vida pode ser mais divertida a bordo de um Sandero R.S. (Foto: Renault | Divulgação)

Quem não fica feliz se conseguir comprar um esportivo por preços entre R$ 65 mil e R$ 90 mil? Pois é, o Sandero RS é pura alegria ao dirigir. Com motor 2.0 de 150/145 cv e câmbio manual de seis marchas, o hot hatch faz o 0-100 km/h em 8 segundos.

Tem mais para explodir de felicidade com esta versão preparada de fábrica do compacto: freios dimensionados, suspensão rebaixada em quase 3 cm, molas 92% mais rígidas, barra estabilizadora traseira 65% mais firme e buchas de poliuretano. Alegria, alegria!

Nojinho – Land Rover Evoque

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O Evoque é um SUV que não gosta de lama (Foto: Land Rover | Divulgação)

Dizem que o Range Rover Evoque foi o primeiro SUV “Nutella” da Land Rover. Talvez pelo belo design, o utilitário esportivo da marca britânica seja um dos que aparentam menos aptidão e robustez para o fora de estrada, habitat nacional dos modelos da fabricante.

Apesar das opções de motores diesel, da mecânica robusta e do sistema de tração típico de um Land, provavelmente o dono de um Evoque terá nojinho em colocar seu carro na lama.

Tristeza – Volkswagen Taos

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VW Taos é um convite a uma vida de melancolia devido a falta de tempero (Foto: VW | Divulgação)

Na verdade, no Divertida Mente dos carros, o Taos seria um misto de tristeza com decepção. O SUV médio é ruim? Não. Porém, nem de longe lembra um Volkswagen. Não tem a dinâmica mais firme dos modelos da marca alemã. Mais parece um crossover japonês pacato e sem emoção.

Ansiedade – Carro elétrico

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Não importa qual modelo, mas guiar um elétrico é conviver com a ansiedade de olho na autonomia da bateria (Foto: VW | Divulgação)

O pessoal não segurou as emoções quando o assunto foi eletrificação. As montadoras correram para estabelecer metas ousadas de vender só carros zero combustão até o fim da década, na ânsia de parecerem pioneiras e ambientalmente comprometidas.

Contudo, caíram na real. Algumas marcas já preveem dificuldades em atingir tais objetivos e lidar com a concorrência chinesa, como a Ford. Outras fabricantes reviram suas estratégias, como a General Motors, que já se rendeu à hibridização. Os ansiosos donos de elétricos, por sinal, já trocam seus VEs por híbridos nos EUA…

Tédio – Toyota Yaris

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Existem dias chatos e carros chatos como dessalgado Toyota Etios; o pior que nem quebra, só para dar emoção (Foto: Toyota | Divulgação)

O Yaris é um carro certinho, com a mecânica confiável da Toyota, motor eficiente e… sem qualquer dose de emoção. Nunca vai te deixar na mão, nem te deixar mais pobre na manutenção, mas cumpre apenas a função de te levar do ponto A ao ponto B como uma composição do metrô.

Vergonha – Fiat Doblò

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Fiat Doblò ainda é referência em funcionalidade, como uma boa e confiável pochete (Foto: Fiat | Divulgação)

Quem comprou a multivan nos anos 2000 e 2010 jogava no espaço interno e na sua funcionalidade o motivo da compra. Tudo para disfarçar o fato de ter na garagem um dos carros com desenho mais controversos de todos os tempos. Melhor esquecer a vergonha e aproveitar o que o Doblò oferece de bom: a cabine generosa.

Inveja – Lifan 320

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A inveja é a aura do Lifan 320 que tinha cara de Mini (Foto: Lifan | Divulgação)

O Lifan 320 talvez seja um carro que traduza da melhor maneira a Inveja quando falamos dos sentimentos de Divertida Mente entre os carros. O chinês era uma cópia descarada do Mini Cooper, mas não chegava nem perto do refino e da qualidade do simpático hatch da marca britânica.

Aí, além da inveja, o dono acumula outros sentimentos, como raiva e vergonha. Afinal, o 320 padece dos mesmos males da primeira leva de carros chineses que chegaram ao Brasil: qualidade baixa, motores ruins, pós-venda ineficaz e uma marca que bateu asas e voou do país.

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2 Comentários
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Santiago 4 de julho de 2024

Desses aí, eu ficaria com o “tédio” do Yaris. Com base na experiência diária que eu mantenho há dez anos com o Etios, seu irmão mais velho, posso afirmar: Não troco o excelente “tédio” de um Toyota pela “badalação” dos seus concorrentes.

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Polvo 3 de julho de 2024

O Effa M100 realmente acho que foi um dos piores modelos vendidos por aqui. Tinha um colega do trabalho que comprou um desses 0km, passado um tempo começaram os problemas e depois não conseguia revendê-lo.

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