Cintos de segurança: é possível adaptar abdominal para três pontos?

Adaptar os componentes exige inúmeras modificações na estrutura da carroceria e do próprio banco; entenda por que o cinto mais seguro não é obrigatório

cinto de seguranca
Por Boris Feldman
Publicado em 19/05/2018 às 21h24
Atualizado em 11/02/2020 às 15h49

Os poderes legislativo e executivo brasileiros só se interessam pelo tema segurança veicular quando provocados por lobistas interessados em faturamento. Prova disso é que, no passado, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) só tornou obrigatório os cintos de segurança retráteis e o apoio de cabeça para os passageiros que vão nas extremidades do banco traseiro.

Por que se esqueceram de quem vai no centro do banco? Porque a maioria dos carros brasileiros é exportada para o Primeiro Mundo com capacidade para quatro passageiros. Sendo, portanto, dispensável mais um cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça. Entretanto, no Brasil, mesmo sendo habilitado a levar motorista mais quatro passageiros, nossa legislação se “esqueceu” de torná-los obrigatórios. Pressão das fábricas, pois é mais complexo e caro instalar o cinto de três pontos no meio do banco traseiro.

Durante muitos anos, passageiro no meio do banco de trás teve apenas a ridícula proteção do cinto abdominal, até que, recentemente, apesar da pressão contrária, foram tornados obrigatórios os cintos de segurança retráteis e o apoio de cabeça para todos os ocupantes. Mas, cedeu no prazo: a obrigatoriedade só tem início em 2020.

Os cintos de três pontas são mais seguros, mas não estão presentes no quinto lugar dos carros brasileiros. Boris explica se é possível adaptar o cinto abdominal.

Na prática, a maioria dos modelos comercializados no país não oferece esta importante proteção ao quinto passageiro. Desnecessário lembrar que o apoio de cabeça evita lesões na coluna cervical no caso de o carro sofrer um impacto frontal ou traseiro.

Adaptação nos cintos de segurança

Alguns poucos motoristas (a minoria, pois a maioria acha dispensável qualquer dispositivo de segurança…) se preocupam e questionam a possibilidade de se adaptar os cintos de segurança e encostos de cabeça. A resposta?

Tudo é possível. Mas, na prática, é inviável: adaptá-los exigiria inúmeras modificações na estrutura da carroceria e do próprio banco. Mais simples e muito mais econômico trocar o carro por outro que já tenha estes dois dispositivos instalados na linha de montagem.

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Boris Feldman

Jornalista e engenheiro com 50 anos de rodagem na imprensa automotiva. Comandou equipes de jornais, televisão e apresenta o programa AutoPapo em emissoras de rádio em todo o país.

Boris Feldman
5 Comentários
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Marcos 6 de maio de 2022

Explicação rasa demais, você não dá a prova do porque não dá pra adaptar.

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Gilmário Melo 21 de janeiro de 2021

Olá, existe amparo legal para uso do cinto de 2 pontos para carros antigos, bem como, para carros conversíveis? Tenho um Opala 76 e não quero receber multas. Obrigado. gilmariocmelo@hotmail.com

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Roberto 11 de janeiro de 2020

Acho que o cinto de segurança do banco traseiro deveria ser coletivo, ou seja, um cinto único para todos os ocupantes! Temos engenheiros capacitados a desenvolver essa ideia! Faltam incentivos!

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Wellington Teixeira Alves 17 de maio de 2021

seria dificil um modelo que oferecesse segurança a todos. Nem sempre há 3 passageiros no banco traseiro e também há combinaçoes com “bebê conforto” e afins.

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DANIEL VALENTIM CIRILO FILHO 2 de outubro de 2019

Gostaria de saber,fiquei sabendo que o Fox route 2008 tem a mesma plataforma dos carros da Argentina que tem cinto de três pontos no meio do banco trazeiro será verdade ?
E se for posso adaptar no meu ?

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