Alteração do hodômetro: não caia nesse golpe!
Para certificar que a quilometragem apresentada está correta, confira o manual, os pneus, pedais e a central eletrônica
Por Boris Feldman 25/04/18 às 15h30Para certificar que a quilometragem apresentada está correta, confira o manual, os pneus, pedais e a central eletrônica
Por Boris Feldman 25/04/18 às 15h30“Zé Marcha a ré” é o especialista na desonesta tarefa de voltar a quilometragem do hodômetro para “rejuvenescer” o carro. Ele é especialmente requisitado em lojas de usados, pois a primeira pergunta que o candidato à compra faz é “Qual a quilometragem?”.
Uma vez eu estava vendendo meu carro e ouvi esta pergunta. Me deu vontade de responder “quantos quilômetros o senhor deseja?”…
Antigamente os hodômetros eram mecânicos, analógicos e cada dígito girava numa rodinha que era acionada por um cabo que vinha da caixa de marcha. Atualmente são todos eletrônicos e tem ingênuo pensando serem de adulteração mais complexa.
“Qual o quê!”, diz o Zé Marcha a ré que prefere o eletrônico, mais rápido e simples de alterar que o mecânico.
Acontece que, ao contrário do analógico, alterar o hodômetro digital deixa rastro: a maioria dos automóveis modernos registra a quilometragem também na central eletrônica. Não importa o que se faz no painel: basta levar o carro a uma oficina com computador para se ter o registro da quilometragem efetivamente rodada.
Não são poucos os casos de automóveis comprados na loja (independente ou concessionária, ambas adotam a “prática”) com 56 mil km no painel. Na primeira visita à oficina para uma revisão, estão lá na central eletrônica os 180 mil km efetivamente rodados…
Além disso, existem vários outros rastros que os hodômetros não escondem. Pneus recém substituídos podem acusar quilometragem superior à indicada. Desgaste de estofamento, borracha dos pedais, carpetes. E também os carimbos das revisões na concessionaria: como o carro só rodou 27 mil km se a revisão (registrada no computador da concessionária) de 50 mil km foi realizada há 6 meses?
Saiba também que existe uma média de quilometragem que o brasileiro roda: de 12 mil a 15 mil km anuais.
E quantas lojas já foram pegas com a boca na botija pois o candidato à compra descobre uma etiqueta no porta-luvas registrando a “última troca de óleo aos 60 mil km e próxima aos 70 mil km”. No hodômetro, míseros 35 mil km!
Preferível um carro bem tratado e mantido por seu dono com 150 mil km rodados que o de um desleixado e negligente com a manutenção com apenas 50 mil km no hodômetro.
Comprei um carro e descobri que o hodômetro foi alterado, preciso de ajudar urgente para provar
Comprei o carro com 20milkm e depois de 6 meses o hodômetro pulou para 60milkm
Como posso provar essa alteração ir la nao adiantou nada.
Ketlen, boa noite. Sei o quanto está sendo difícil pra você, porém, o seu caso não é tão difícil de ser resolvido. Pois bem, você comprou seu veículo em uma concessionária? Se sim, existe no Direito do Consumidor, um instituto chamado de “VÍCIO OCULTO”, em resumo e até mesmo o próprio nome já diz por si só, é quando você descobre algo que, no momento da compra, seria de difícil constatação, ou seja, era algo para o momento, “impossível” você saber. Mas há uma solução para isto, basta você fazer um B.O e abrir um processo contra a loja/concessionária que te vendeu e explicar o que houve, você pode pedir indenização por danos morais e materiais.
Aconselho você procurar um advogado e pedir mais orientações a respeito. Espero te ajudado. Abraços e boa sorte.
Excelente dica.