Indústria produz quase 600 mil bicicletas, mas registrou queda

Por Lucas Silvério
Publicado em 18/01/2023 às 14h03

O mercado de bicicletas fabricou 599 mil unidades ao longo de 2022. Os números divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) apontaram queda de 20,1% em relação a 2021, que teve alta durante a pandemia.

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Esses dados são referentes à bicicletas produzidas nas fabricantes instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). Nestas fábricas, foram produzidas um total de 599,044 unidades, 150.276 a menos do que em 2021.

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Em contrapartida, a bicicleta elétrica foi o grande destaque na categoria. Em 2022 foram feitas 10.847 unidades, aumento de 5,4% na comparação com 2021, com 10.294 bicicletas.

Segundo o vice-presidente do segmento de bicicletas, Cyro Gazola, as áreas de logística, compras e produção enfrentaram o seu ano mais desafiador.

“Além do desabastecimento de peças e componentes, tivemos que ajustar o planejamento das unidades fabris para nos adequar à nova demanda do mercado, que pediu por modelos de médio e alto valor agregado”.

Para 2023 a expectativa ainda é de queda. A Abraciclo estima que as bicicletas produzidas em 2023 deverão totalizar 570.000 unidades, o que representa uma retração de 4,8%. “Ainda teremos muitos desafios pela frente, por isso nossa perspectiva é bem conservadora”, diz Gazola.

Gazola prevê que o segmento das bicicletas elétricas deverá seguir em alta. “O custo para o consumidor ainda é alto. Seria interessante criar incentivos para a aquisição do produto como já acontece em alguns países da Europa”, propõe. “Com isso, teríamos ganho de escala e a tendência de preços mais competitivos”, completa.