Ford lota autódromo com estoque de 40 mil picapes que estão esperando por peças

Crise dos chips semicondutores ainda é um grande problema para a Ford, que possui outro 'galpão' de carros inacabados além do circuito oval

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Imagens de satélite mostram a lotação de picapes no autódromo Kentucky Speedway (Foto: Reprodução)
Por Bernardo Castro
Publicado em 21/09/2022 às 13h03

A falta de componentes que resultou em uma crise no segmento automotivo parece que fica pior a cada dia. Após a escassez dos chips semicondutores causados no início da pandemia, os conflitos na Ucrânia desencadearam um problema na distribuição de chicotes elétricos e também de vidro.

Mas parece que o maior problema ainda é a falta dos chips semicondutores, que além de ter afetado inúmeras montadoras ao redor do mundo, agora está sendo uma grande dor de cabeça para a Ford. A marca americana tem cerca de 40 mil veículos parados esperando por peças essenciais – em sua maioria os chips – e a tendência é que neste semestre esse número suba para 45 mil.

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A Ford utilizou alguns campos vazios próximos ao circuito oval de Kentucky Speedway para que suas picapes fossem armazenadas até que elas estivessem em condições de serem enviadas para os revendedores.

De acordo com o The Driveesse estoque da montadora está parado desde 2021 e mesmo que a Ford esteja trabalhando para reduzí-lo ele ficou cada vez maior. Com imagens obtidas através de satélite, o portal mostrou o quanto o ‘estacionamento’ cresceu entre agosto do ano passado e setembro de 2022.

Antes, apenas uma parte do entorno do autródomo era utilizado, agora, ele está praticamente rodeado das picapes F-250 e F-350.

Mas a situação da montadora ainda é pior do que o mostrado nas redondezas do Kentucky Speedway. Pat Brindley Roeder, um morador da região, afirmou que este é apenas mais um dos ‘galpões’ da Ford, e que mais picapes estão guardadas em uma antiga fábrica de munição em Charlestown, Indiana, que fica a cerca de meia hora da planta que fabrica as F-250 e F-350.

Em um comunicado à imprensa  a Ford observou que os custos de fornecedores relacionados à inflação estão US$ 1 bilhão acima do projetado originalmente, o que vai se refletir no preço final do veículo e, consequentemente, no bolso do consumidor.

Resta saber como ela vai se livrar de todo esse estoque, já que a nova geração das Super Duty serão revelados na próxima segunda (27).

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1 Comentário
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Sérgio Ramos 23 de setembro de 2022

Não é só no Brasil que as peças de camionetes estão em falta, com essa pandemia acabou prejudicando em todos as fábricas automotivas no mundo. O segredo é esperar e ter muita paciência ?

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