Grupo Volkswagen está estocando vidro devido à crise que deve atingir o setor

A Guerra na Ucrânia deve trazer mais uma instabilidade ao setor automotivo e, por isso, o Grupo Volkswagen pretende estocar vidro

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Grupo Volkswagen está tentando evitar a crise que pode atingir a Europa (Foto: Getty Images)
Por Bernardo Castro
Publicado em 30/08/2022 às 11h22

O setor automotivo definitivamente não anda muito bem e o Grupo Volkswagen parece estar prevendo muito bem as oscilações do mercado. Impactado pela falta de chips semicondutores durante a pandemia de Covid-19 e a falta de chicotes elétricos em decorrência do início da guerra na Ucrânia, o mercado de automóveis agora pode ter que lidar com a falta de vidro. Ao menos é o que relata o The Wall Street.

Assim como a falta dos chicotes elétricos – que paralizou a produção da Volkswagen em alguns lugares da Europa – essa nova crise também é em consequência do conflito no leste europeu.

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A produção de vidro demanda calor para derreter a areia carbonato de sódio e calcário juntos, o que normalmente é fornecido pelo gás natural. No entanto, o preço do gás natural subiu de forma considerável desde que a Rússia reduziu suas relações com a Europa, como forma de resposta às sanções recebidas pelos países ocidentais.

Por isso, a Volkswagen já busca novos fornecedores fora da Europa – onde não deve haver uma ameaça de crise no fornecimento do gás natural – e, enquanto não os encontra, está aumentado o seu estoque de janelas e para-brisas.

Volkswagen e setor automotivo não são os únicos afetados

A cervejaria Veltins Brewery também tem sentido os impactos dessa crise e fechou de uma vez um pedido com 50 milhões de garrafas – suficiente para durar um ano. A medida veio em um momento que a empresa percebeu um aumento de 90% no preço da matéria prima.

A prática de estoque não é muito comum no modelo de produção atual. Afinal, em um cenário perfeito, o método ‘just-in-time’ com os materiais chegando às fábricas da maneira planejada são bem melhores para as empresas, já que o tempo, energia e espaço gastos para movimentar a matéria prima são bem menores pois não há a necessidade de estoque.

Apesar da eficiência, a produção just-in-time se torna muito complicada em períodos nebulosos e imprevisíveis como os que estão acontecendo agora, já que as fábricas deixam de receber o material de maneira regular e algumas linhas de produção precisam interromper as suas atividades.

Uma produção parada custa muito dinheiro e, por isso, as empresas precisam se desdobrar para acumular o máximo de matéria prima quando necessário – mesmo que para isso precise investir em galpões para manter os seus suprimentos, como foi o caso da Veltins.

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