Há 50 anos, Civic chegava ao mercado como hatch compacto

Se hoje o Honda Civic figura numa prateleira de prestígio do mercado de automóveis; há 50 anos, a história era bem diferente

honda civic 1972 prata frente
Primeira geração do Honda Civic tinha desenho moderninho, mas era um carro simples com foco na classe trabalhadora (Fotos: Honda | Divulgação)
Por Marcelo Jabulas
Publicado em 13/07/2022 às 19h03

O Honda Civic faz sucesso há muito tempo no Brasil. Por aqui, ele é vendido desde a década de 1990 e sempre gozou de grande prestígio. Primeiro por ser importado e segundo por se japonês. Mas a história desse Honda nem sempre foi tão glamorosa e ele teve um começo de carreira bem modesto.

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O Civic acaba de completar 50 anos

O Civic foi lançado em 11 de julho de 1972, já como linha 1973. Ele era a aposta da Honda para internacionalizar suas operações. E deu certo, o Civic é um dos carros mais populares do planeta, mas nasceu bem diferente do sedã que conhecemos por aqui.

Diferentemente da Toyota, que apostou no formato sedã para o Corolla, o Civic chegou com carroceria hatchback, com opções de duas ou quatro portas. Ele era uma evolução do diminuto N600, que no Japão concorria no segmento Kei Car, que limita o motor a 600 cm³.

Com formas retilíneas, o Civic tinha clara inspiração nos compactos europeus, como Fiat 127 e Renault 5, que são seus contemporâneos. Um dos mercados em que ele apresentou a marca foi o britânico. Por lá, as japonesas contavam com vantagem de não precisar trocar o conjunto de direção de lugar, uma vez que tanto na ilha da rainha e no arquipélago dos samurais, o motorista se senta à direita.

E assim como o BMC Mini, o Civic também já contava com motor transversal e tração dianteira. Ele era equipado com um bloco 1.2 de 50 cv e opções de transmissão manual de quatro marchas ou semiautomática HondaMatic, com duas velocidades.

honda civic 1972 prata tres quartos
Versão quatro portas do Civic oferecia praticidade para precisa de um automóvel para levar a família

Certamente estava longe de ser um exemplo em performance, mas tinha chegado em ótima hora. Isso porque, um ano depois estouraria a Crise do Petróleo, e carros com motores pequenos se tornaram extremamente procurados.

Seu interior era simples e seu pacote de conteúdos também não trazia grandes refinamentos. Rádio AM, acabamento em plástico, rodas de aço faziam parte da cesta de conteúdos.  Mas que era factível para a classe trabalhadora.

Civic RS

Se hoje o Type R é a versão endiabrada do Civic, em 1974, a opção esportiva era o RS. Ele contava com carburador duplo, novo coletores de admissão e escape e até mesmos pistões que elevavam a taxa de compressão. Com as mudanças motor 1.2 passou a entregar 76 cv e 10 kgfm de torque.

Além do Japão, a primeira geração do Civic também foi produzida na Indonésia, Malásia e Nova Zelândia. Nos Estados Unidos, ele só aportou em 1978, quase na virada para a segunda geração.

Não demorou para ganhar mercado. Por lá, os norte-americanos estavam se virando com “improvisos” locais, como Ford Pinto (versão hatch do Maverick), AMC Gremlin e Chevrolet Vega, que tentavam se posicionar num inexistente segmento de compactos.

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1 Comentário
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Rodrigo MARTINIANO 20 de agosto de 2022

Sobre o Honda Civic eu tenho a dizer que tive um exemplar 2004/2005, um LXL verde metálico automático com interior em couro cinza, no qual – a meu pedido – a concessionária substitui as rodas aro 15” por 17”.
Tenho algumas queixas sérias sobre o carro que tive:
(1) Câmbio sem chance de freio-motor;
(2) Redução de velocidade única e exclusivamente por conta dos freios, que apresentavam “fading”;
(3) Monobloco deformável a ponto de a tampa do porta-malas abrir em certas curvas com maior velocidade;
(4) E MUITO GRAVE, falta de espaço para as pernas no banco dianteiro do ‘carona’: há um monte de coisas ocupando espaço sobre o porta-luvas !!!
Eu nunca gostei do meu Honda Civic, embora o considerasse bonito.
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