Não é só no Brasil: Itália também quer taxar carros elétricos chineses

O governo italiano está considerando abordagem da França, introduzindo incentivos que poderiam impactar negativamente os EVs chineses

BYD Dolphin Plus - Delan Black
Brasil está estudando implementar projeto similar (Foto: BYD | Divulgação )
Por Pedro Januzzi
Publicado em 06/10/2023 às 09h02

A Itália está procurando formas de limitar o número de carros elétricos vindos da China vendidos no país e poderá começar a oferecer incentivos para a compra de automóveis que tenham em conta as emissões de carbono produzidas durante o processo de fabricação e distribuição.

Pouco depois de a Comissão Europeia ter manifestado preocupação com o número de EVs fabricados na China e vendidos em todo o continente, a França propôs novas regras onde poderiam ser oferecidos incentivos com base na quantidade de energia utilizada para os construir e transportar. As regras da França também podem variar os incentivos com base nos tipos de bateria que um elétrico possui.

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Carros elétricos na Itália

  • Fontes anônimas da Reuters afirmam que a Itália está considerando regras semelhantes as da França para desencorajar a venda de elétricos chineses, que são na maioria construídos em fábricas que utilizam eletricidade gerada a carvão.
  • As regras permitiriam à Itália e à França contornar as regras de concorrência da União Europeia que não permitem que os países favoreçam os produtores locais.
  • A França, por sua vez, alegou que as regras seriam legais, uma vez que as leis da Organização Mundial do Comércio permitem isenções por razões de saúde e ambientais.
  • Se regras como essas fossem implementadas na Itália, fariam parte de um plano mais amplo para proteger e desenvolver a indústria automóvel local.
  • O mesmo relatório acrescenta que o governo italiano está pressionando a Stellantis para aumentar a produção no país para 1 milhão de veículos anualmente.

Taxação no Brasil

O programa Mobilidade Verde, que sucede o Rota 2030, trará mudanças significativas no cenário automobilístico brasileiro. Uma das principais decisões é a adoção de um novo critério para calcular o gasto energético, incentivando o uso de combustíveis renováveis e aumentando o teor de etanol na gasolina.

Além disso, o programa discute a taxação de 35% sobre carros elétricos importados ao longo de três anos, visando estimular a produção local e igualdade com veículos a combustão, uma medida que gera debates sobre subsídios ocultos em produtos chineses e é alvo de críticas da União Europeia.

Essas decisões levantam importantes questões sobre o futuro da mobilidade sustentável no Brasil, incluindo preocupações com o impacto nos motores, manutenção e o papel dos veículos elétricos no mercado nacional. À medida que as discussões avançam, a indústria automobilística brasileira e as marcas chinesas, como GWM e BYD, aguardam os desdobramentos dessas decisões que podem moldar o futuro da mobilidade no país.

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1 Comentário
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Airplane 6 de outubro de 2023

Itália, França e Brasil estão certos pois os carros elétricos (BEV) tem que pagar impostos como todos os demais produtos importados !
Abaixo as isenções !

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