'Pegadinha' atrapalha vida útil da bateria da Tesla; entenda

Por Pedro Januzzi
Publicado em 01/06/2024 às 13h02

Um novo relatório da Recurrent indica que muitos dos veículos Model 3 e Model Y da Tesla estão oferecendo apenas 64% do alcance original estimado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos após três anos de uso, devido à degradação das baterias. O estudo acompanhou a saúde das baterias em 14.000 Teslas com base em 1,6 milhão de observações, revelou uma queda acentuada no alcance disponível após três anos.

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Pegadinha na bateria

É importante entender que, no gráfico da Recurrent mostrando a saúde da bateria caindo para 64% do alcance estimado pela EPA após três anos, os EVs não começam com 100% do alcance. Quando novos, o Modelo Y é avaliado em apenas 72% da faixa oficial da EPA, e o Modelo 3 em 70%, o que torna as quedas menos preocupantes.

Ainda assim, fica claro que durante o período de três anos, um novo Tesla oferecerá um alcance significativamente maior quando é tirado da concessionária em comparação com quando for vendido. É interessante notar que o desempenho das baterias de ambos os modelos melhora por volta dos 18 meses de uso, antes de continuar caindo na mesma proporção de antes.

Apesar da queda na saúde das baterias dos veículos elétricos (uma questão que afeta todos os elétricos, não apenas os Teslas), a Recurrent afirma que, fora dos grandes recalls, apenas 2,5% dos veículos elétricos tiveram suas baterias substituídas, com esse número caindo para menos de 1% para os carros fabricados desde 2016.

No entanto, considerando que o custo de substituição de uma bateria pode superar o valor de revenda do veículo elétrico, não é difícil entender por que os motoristas toleram uma autonomia reduzida.