Porsche 911 tem interior restaurado utilizando comida reciclada

Por Bernardo Castro
Publicado em 02/02/2023 às 10h02

As empresas estão buscando cada vez mais se tornarem menos poluentes e, por isso, estão investindo em veículos zero emissões e em acabamentos mais sustentáveis.

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Seguindo nesse mesmo caminho Ian Callum – que chefiou o setor de design da Jaguar Land Rover até 2019 – criou a Callum Designs para ultrapassar os limites do design sustentável. Em seu trabalho mais recente chamado Sustainability Case Study, ele utilizou um Porsche 911 para mostrar como produtos alimentares reciclados podem ser usados no interior dos carros em 2030.

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Como base foi utilizado um restomod Porsche 911, em que a equipe de Callum e a empresa de tecnologia sustentável Ottan determinaram quais os materiais seriam os mais apropriados para compor o interior do veículo.

De acordo com a Ottan, a mistura de cascas de ovos com uma resina pode criar um material liso e opaco com uma superfície brilhante ou fosca que pode ser usado para o revestimento dos interruptores das janelas de um veículo. Além disso, cascas de nozes também podem ser misturadas ao material.

Arroz e lentilhas também podem ser transformados em um material translúcido para ser aplicado em tampas de lâmpadas e interruptores iluminados, para o Porsche 911 por exemplo.

A decoração no interior também pode ser composta pela polpa do café em acabamentos decorativos, e a polpa da cenoura roxa pode proporcionar cores vivas em várias outras peças de acabamento.

Charlotte Jones, chefe de materiais e sustentabilidade da Callum, falou da importância desse projeto:

Em todo o mundo, consumimos cerca de 62 milhões de toneladas de têxteis por ano e cerca de 87% da entrada total de fibra usada para roupas é aterrada ou incinerada.

Empresas como a Planq pegam jeans, depois os rasgam e os pressionam com batata ou amido de milho para criar um verniz rígido que pode ser usado para conchas de assentos ou centros de painel.

O estudo de design do SMS foi criado pela CALLUM para ilustrar que existe outro caminho, e podemos ajudar fabricantes e fornecedores a identificar alternativas de engenharia que os consumidores finais estão procurando cada vez mais.”