Por Bernardo Castro
Publicado em 24/03/2022 às 14h52
Atualizado em 24/03/2022 às 15h15

Alguns dias após anunciar a retomada da produção em sua fábrica de Moscou, a Renault voltou atrás nesse posicionamento e decidiu suspender, novamente, as atividades no local.

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No mês passado, as atividades foram paralisadas devido a uma “mudança forçada nas rotas logísticas existentes”. A Renault não confirmou oficialmente o motivo da nova paralisação mas, ao que tudo indica, pressões políticas podem estar por trás disso.

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De acordo com a Reuters, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, pediu que empresas francesas saíssem do mercado russo.

Renault, Auchan, Leroy Merlin devem deixar de ser patrocinadores da máquina de guerra russa, parar de financiar o assassinato de crianças e mulheres, o estupro.”

Ademais, a marca francesa enfrentou críticas nas redes sociais por reabrir a fábrica da Autoframos em Moscou. Assim, pessoas e figuras políticas ao redor do globo pediram um boicote à fabricante para pressioná-la a sair do mercado russo.

Rússia tem grande influência nos lucros da Renault

Os franceses lideram o mercado automotivo da Rússia e esse era um das causas da relutância da Renault em encerrar as operações no local. Além disso, o país governado por Vladimir Putin ameaçou nacionalizar as fábricas de empresas estrangeiras que abandonarem o mercado.

Ao todo, a fabricante detém 30% de todo o setor automotivo russo, que corresponde a 8% dos principais lucros da marca.

Além da paralisação, os franceses também vão avaliar as opções disponíveis com sua participação majoritária de 67,61% na Lada Auto Holding, que possui a maior fabricante de veículos da Rússia, a AutoVAZ.