Veja 10 caminhonetes muito legais que já foram vendidas no Brasil

Nem só de trabalho vive uma picape, nosso mercado teve sua cota de versões bastante interessantes que levam diversão na caçamba

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A primeira geração da Montana foi uma revolução em seu segmento (Foto: Chevrolet | Divulgação)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 19/02/2023 às 11h03
Atualizado em 22/02/2023 às 16h02

Apesar de serem veículos criados para o trabalho, as caminhonetes sempre foram objeto de desejo no Brasil. Por isso, elas sempre oferecem versões mais legais, que atraem o lado mais passional do consumidor.

Hoje as caminhonetes mais desejadas são as versões topo de linha, trazendo tecnologias que antes eram vistas apenas em sedãs de luxo. Ainda existem modelos que fogem à regra, como a Ford Ranger Storm e Chevrolet S10 Z71, com pegada fora de estrada. Listamos a seguir os 10 modelos mais legais das picapes nacionais.

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1. Chevrolet Montana Sport

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Versão Sport era a única com para-choques pintados e sua roda de liga é popular como acessório até hoje (Foto: Chevrolet | Divulgação)

A nova Chevrolet Montana chegou com um forte apelo racional para brigar com a dupla Strada e Toro da Fiat. Mas ela está longe de ter o apelo visual que a primeira geração teve em seu lançamento, principalmente a versão Sport.

A Montana original era uma caminhonete derivada do Corsa de terceira geração e chegou em 2003 para tirar a Chevrolet da posição de coadjuvante nesse segmento. O desenho dela era revolucionário, a caçamba alta e os para-lamas destacados traziam inspiração nas step-sides norte-americanas.

A plataforma do Corsa C era significado de uma construção mais refinada, com suspensão dianteira montada em subchassi e a traseira usava molas helicoidais. A cabine era mais espaçosa que a das outras compactas em versão de cabine simples e a oferta de equipamentos era generosa.

A Montana Sport trazia motor 1.8 flex de 109 cv e 18,2 kgfm, com funcionamento um tanto áspero. O destaque era a dirigibilidade, que aliava bem a esportividade com o conforto. Tudo isso podendo levar 735 kg, mais que a Fiat Strada da época.

2. Volkswagen Saveiro TSi

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Esse TSi não era turbo, era o conjunto do Gol GTi 8v em uma Saveiro (Foto: Volkswagen | Divulgação)

Não, esse TSi não é o mesmo dos Volkswagen turbinados atuais. A Saveiro sempre foi a caminhonete do público jovem, com a versão Sunset da primeira geração sendo a mais celebrada. Porém a TSi da segunda geração é a mais legal, segundo a opinião da equipe do AutoPapo.

A Saveiro TSi era uma versão esportiva com o motor 2.0 8 válvulas que foi usado pelo Gol GTI até a chegada do 16 válvulas em 1996. Ou seja, ele trazia o comando mais bravo e produzia 111,5 cv. Isso na carroceria leve da picape, que pesava exatamente 1 tonelada, era sinônimo de diversão.

O pacote da versão TSi incluía rodas de liga leve aro 15, suspensão mais firme, faróis de dupla parábola, lanternas escurecidas e faróis de neblina. Airbag para o motorista e bancos Recaro eram opcionais, hoje bastante raros.

A reestilização, chamada de G3, manteve o motor 2.0, mas sem ser em uma versão esportiva dedicada. O que torna a Saveiro TSi ainda mais especial.

3. Ford Courier Sport

A Courier Sport era uma versão esportiva apenas em aparência da caminhonete compacta da Ford, mas um fator faz dela mais legal que pode parece: já foi um carro de corrida. Você se lembra da Copa DTM Pick-up?

De 2001 a 2007 existiu essa categoria onde várias Ford Courier com motor 1.6 Rocam preparado disputavam nos principais autódromos do Brasil. A partir de 2003 ela se tornou uma categoria preliminar da Fórmula Truck, o que ajudou na popularidade.

Em 2001 também foi feita a edição Sport da Courier de rua, trazendo a versão civil do 1.6 Rocam. O desempenho da picapinha com esse motor já era festivo e a Ford era mestre em calibrar suspensão. A grade colmeia era exclusiva e as rodas de liga eram as mesmas da XL, mas trazendo acabamento diferenciado.

4. Fiat Strada Sporting

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A Strada Sporting tinha motor 1.8 E.Torq e suspensão esportiva (Foto: Fiat | Divulgação)

A Fiat Strada é hoje a caminhonete mais vendida do Brasil e sua versão Adventure marcou o mercado como a primeira compacta aventureira do país. Mas escondida nesses anos de história estava a Sporting, com nome que sempre foi associado aos “esportivos de adesivos” da marca.

Essa versão foi feita quando o motor E.Torq veio para suceder o 1.8 8v da General Motors. O tratamento Sporting ia além do visual e incluía suspensão esportiva, que tirava um pouco da capacidade de carga.

Por ser o carro mais leve da marca a utilizar o 1.8 E.Torq, a Strada Sporting ficava atrás apenas dos Bravo, Punto e Linea T-Jet em desempenho dentro da Fiat. Como essa versão ficou meio esquecida, não foi supervalorizada no mercado de usados igual outras edições limitadas.

5. Ford Pampa 4×4

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Até hoje a Pampa é a única compacta com tração nas quatro rodas (Foto: Ford | Divulgação)

A Ford Pampa é adorada até hoje por causa de sua robustez e simplicidade. Não é raro encontrar uma na rua trabalhando. Em seus últimos anos de vida ela recebeu o motor 1.8 AP da Volkswagen, que deu o desempenho que faltava ao 1.6 CHT.

Em meio a essa história de sucesso no trabalho existiu uma versão com tudo para revolucionar o mercado de caminhonetes compactas: a 4×4. A opção de tração nas quatro rodas fazia da Pampa uma opção boa para o trabalho no campo para quem não podia arcar com uma picape maior.

Esse sistema de tração era temporário, feito apenas para ser usado em pisos de baixa aderência e até 60 km/h. Essas limitações eram devido ao uso de relações diferentes nos diferenciais. Em uso constante no asfalto, isso gerava mais esforço à transmissão e o sistema acabava estragando.

O uso indevido da tração integral acabou manchando a imagem da picapinha, obrigando a Ford a abandonar o sistema dois anos antes da Pampa sair de linha. O Brasil só veria uma caminhonete abaixo das médias com tração nas quatro rodas com a Fiat Toro, mas ela não pode ser chamada de compacta como era a Pampa.

6. Chevrolet S10 Champ 98

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Motor V6, cabine simples e pacote de equipamentos completo fazem da S10 Champ 98 uma edição bastante interessante (Foto: Chevrolet | Divulgação)

A Chevrolet S10, lançada em 1995, foi a primeira caminhonete média nacional, solidificando o segmento tão disputado atualmente. Ela veio apenas com motor 2.2 a gasolina e logo em seguida chegou o 2.5 turbodiesel. Ambos motores eram modestos em desempenho.

O V6 Vortec 4.3 veio apenas em 1996, junto da opção de cabine estendida. Esse propulsor de 180 cv e 34,7 kgfm foi a resposta da Chevrolet para a Ranger V6 importada, dando o desempenho que faltada à S10.

Consideramos a versão Champ 98 a mais legal dessa caminhonete média por vir com cabine simples, o motor V6, câmbio manual e bem equipada. Ela foi criada para comemorar a Copa do Mundo de 1998, trazendo pintura verde escura e adesivos em amarelo.

O pacote de equipamentos incluía ar-condicionado, rodas de liga leve, para-choques e retrovisores na cor da carroceria, volante revestido em couro, trio elétrico, alarme e bancos individuais separados por um console central.

7. Dodge Dakota R/T

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A Dakota R/T foi o último veículo com motor V8 feito no Brasil (Foto: Dodge | Divulgação)

A S10 V6 reinou por pouco tempo como caminhonete mais potente do Brasil, em 2000 a Dodge Dakota nacional ganhou a versão R/T equipada com o motor V8 5.2 Magnum de 226 cv. Foi o carro mais forte feito no Brasil por um bom tempo.

Lá fora a versão R/T trazia suspensão mais baixa e motor 5.9, por aqui veio o V8 menor e a suspensão continuou com a altura usada nas outras versões — porém com calibragem específica e menor capacidade de carga. Ainda assim, era uma das caminhonetes mais legais do país.

A Dakota R/T vinha com cabine simples ou estendida, o câmbio era sempre automático de quatro marchas com alavanca na coluna de direção. Em 2001, o último ano da picape no Brasil, o motor V8 passou a ser oferecido na versão Sport, com cabine estendida ou dupla.

Quando saiu de linha ficou marcado como o último veículo de oito cilindros produzidos por aqui.

8. Mitsubishi L200 Savana

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A L200 Savana tinha melhorias mecânicas para honrar o visual, mas o motor decepcionava (Foto: Mitsubishi | Divulgação)

A Mitsubishi tem tradição nos ralis em todo o mundo, sua representação no Brasil não poderia deixar de honrá-la. Aqui foram feitas versões de competição da picape L200, categorias monomarcas e a Mitsubishi ainda é figurinha carimbada no Rally dos Sertões.

Para o mercado geral foi feita a L200 Savana, uma versão aventureira da caminhonete média muito bem preparada para as trilhas. O modelo trazia dois amortecedores por roda, suspensão mais alta, pneus lameiros e uma série de acessórios para ajudar nas trilhas, como o rack de teto e o snorkel.

Essa edição foi reeditada nas gerações seguintes da L200, mas a primeira Savana foi a mais legal visualmente e com preparação mais profunda. Apenas deixava a desejar com o motor 2.5 turbodiesel de 121 cv, que além de fraco tem tendência a superaquecer.

9. Volkswagen Amarok V6

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A Amarok V6 consegue ser mais rápida que a Ram Classic V8 (Foto: Volkswagen | Divulgação)

A Volkswagen criou a Amarok para entrar no mercado global das picapes médias, mas sem perder sua essência. O modelo se destacou pela dirigibilidade, mas no Brasil o motor 2.0 diesel foi derrotado pela poeira. Mesmo após ter o problema corrigido, a média da VW não deslanchou no público que faz uso pesado.

O que salvou a Amarok, a ponto de fazê-la uma das caminhonetes mais legais do Brasil, foi o motor V6 3.0 turbodiesel que estreou em 2018. Enquanto as rivais de 4 cilindros tinham no máximo 200 cv e 50 kgfm, a picape alemã produzia 225 cv e 56,1 kgfm.

Esses números cresceram para 258 cv e 59,1 kgfm mais tarde. A tração é integral permanente, garantindo mais segurança em curvas, mas perdendo capacidade off-road por não ter uma caixa de reduzida. O câmbio automático ZF de 8 marchas compensa isso tendo relação bastante reduzida na primeira marcha.

A Amarok V6 deixa para trás até algumas caminhonetes V8 a gasolina, como a Ram Classic: a aceleração de zero a 100 km/h é cumprida em 7,4 segundos e a velocidade máxima é limitada em 190 km/h. Hoje o V6 diesel é o único motor oferecido na picape, incluindo na versão mais simples Comfortline.

10 Toyota Hilux GR-Sport V6

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O motor V6 a gasolina veio em uma época de diesel barato e fadou a Hilux GR-Sport ao fracasso (Foto: Toyota | Divulgação)

Sim, colocamos um dos maiores fracassos de venda da Toyota em uma lista das caminhonetes mais legais do Brasil. Mas os resultados no mercado não tiram o mérito do modelo, segue aí que vamos explicar.

A Toyota vem usando a sigla GR, que vem de Gazoo Racing, para modelos esportivos de verdade e GR-Sport para os esportivados. Mas até essa linha dos esportivos de adesivos ganha algum tempero, geralmente com uma calibragem de suspensão e direção diferenciada.

No caso da Hilux, a mudança era só em suspensão. Mas na linha 2020 essa versão ganhou o motor V6 4.0 a gasolina, que já foi oferecido aqui no SUV SW4. Apesar de ter versões com quase 300 cv lá fora, para cá veio na configuração de 234 cv e 38,3 kgfm.

O torque é menor que o de modelos diesel, mas em altas velocidades é a potência que importa. Por isso, essa foi a Hilux mais rápida já vendida aqui. E trazia suspensão que acompanhava o desempenho, deixando a “Capotalux” no passado.

O timing da Toyota para esse modelo foi ruim, pois ele chegou em uma época quando o diesel ainda era mais barato que a gasolina. A caminhonete encalhou nas concessionárias e até 2022 era possível encontrar unidades zero-km à venda. Pelo menos hoje a versão GR-Sport traz um turbo de geometria variável para dar 20 cv extras no propulsor a diesel.

2023 terá muitas picapes novas no Brasil, a F-150 com motor V8 é uma delas:

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Jorge 19 de fevereiro de 2023

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