Os carros esportivos da Audi no Brasil nos anos 2010
Marca das quatro argolas trouxe esportivos espetaculares na década passada com opções de alta performance para diferentes bolsos e necessidades
Marca das quatro argolas trouxe esportivos espetaculares na década passada com opções de alta performance para diferentes bolsos e necessidades
Prestes a completar seu aniversário de 30 anos no mercado brasileiro, a Audi segue carregando o título de uma das marcas premium que mais vende por aqui. E, além dos modelos mais “tradicionais”, com bastante luxo, requinte e tecnologia de ponta, os esportivos da Audi sempre mereceram um capítulo a parte na história da marca, principalmente quando se fala em carros rápidos e modernos, sem perder a essência luxuosa.
VEJA TAMBÉM:
Desde os pequenos TT, importados ainda no final dos anos 90, até os grandalhões como o S8, há muito o que falar dos esportivos da fabricante alemã, e, por isso, década a década, vamos contar um pouco sobre os modelos vendidos por aqui a partir de 2010:
Com a missão de ser o menor e mais ágil Audi RS do mundo, o RS3 debutou no Brasil ainda em outubro de 2011 para ficar acima do S3, que já era um carro bastante divertido. Na época, ele era chamado de “compacto mais rápido do mundo” pela marca alemã, graças as acelerações bem vigorosas fornecidas pelo motor 2.5 turbo de cinco cilindros em linha, com seus 340 cv de potência e quase 46 kgfm de torque, e a agilidade da transmissão automatizada de dupla embreagem com sete velocidades.
Além do visual mais agressivo com parachoques exclusivos (em fibra de carbono reforçada com plástico), rodas grandes e adereços aerodinâmicos pela carroceria Sportback (hatch de quatro portas), nosso primeiro RS3 vinha de série com a tração integral quattro. Na geração seguinte, tivemos também o RS3 Sedan.
Se os primeiros TT já eram espertos e bons de guiar, e os TTS pequenos esportivos, o que dizer dos TT RS, lançados por aqui em meados de 2012 nas carrocerias Coupé e Roadster (conversível)?
Apesar de caríssimos para a época, sempre acima dos R$ 400 mil, os TT RS tinham as mesmas virtudes dos RS3 (incluindo o 2.5 turbo de 340 cv), mas em uma carroceria mais baixa, esguia, com duas portas e estampada em sua maioria em alumínio (mais leve), instigando uma condução divertida. E rápida, como prova o 0 a 100 km/h em apenas 4,3 segundos, pelos dados de fábrica.
O A5, uma espécie de sedan coupé com quatro portas, sempre pediu variantes mais esportivas, e a primeira a chegar ao Brasil foi a S5. Na época, junho de 2012, o Audi S5 podia ter três opções de carroceria, Sportback (convencional, com quatro portas), Coupé (com duas portas e linhas mais jovens) e até uma Cabriolet (conversível, baseada na Coupé), todas movidas por um moderno V6 3.0 a gasolina.
Esse motor era moderno, todo em alumínio, com injeção direta estratificada e até um compressor mecânico em sua superalimentação, chegando assim a mais de 330 cv de potência e, como outro destaque, fazendo médias de até 12,5 km/l, segundo a marca. O S5, de série, já tinha tração integral quattro, amortecedores com regulagens eletrônicas e transmissão automatizada de dupla embreagem.
E não demorou muito para termos acesso também ao RS5 Coupé, esse sim esportivo legítimo, integrante da família RennSport (“Esporte de Corrida”, em tradução para o português). Sua chegada, no começo do segundo semestre de 2012, marcou uma “reapresentação” do tradicional motor 4.2 V8 da Audi, aqui calibrado para ótimos 450 cv.
Parte da sua mecânica era compartilhada com o S5 (incluindo a transmissão automatizada de dupla embreagem, amortecedores adaptáveis, tração nas quatro rodas e afins), mas, claro, tudo ficava mais apimentado e esportivo no RS5, que contava até com um sistema de aerofólio traseiro retrátil (ele só aparecia, automaticamente, a partir de 120 km/h, para garantir a melhor estabilidade ao carro). Segundo a Audi, a prova de 0 a 100 km/h era cumprida em apenas 4,5 segundos.
Primeiro esportivo Audi a desembarcar no mercado brasileiro em 2013, o S7 seguia os mesmos passos do S5: ter uma proposta mais apimentada em um modelo já propenso ao desempenho (no caso, A7). Embora focasse mais no luxo e requinte, até porque era um carro de meio milhão de reais na época, o S7 trazia debaixo do capô um “V8tão” turbo de 4 litros e 420 cv de potência, permitindo boa dose de diversão ao volante junto da tração quattro, mas também um uso mais pacato (para isso, podia desligar quatro dos oito cilindros, para economia).
O SQ5 foi importante na linha do tempo da Audi no Brasil, pois chegou em março de 2014 para ser o primeiro SUV esportivo da marca por aqui. Graças a rodas aro 20, tração quattro, molas e amortecedores mais rígidos, carroceria mais baixa, freios especiais e um V6 3.0 turbo e com injeção direta, o utilitário ganhou nova vida, podendo agora acelerar junto de esportivos de respeito: o 0 a 100 km/h, por exemplo, não levava mais que 5,3 segundos, enquanto a velocidade máxima era de 250 km/h.
Ainda assim, o SQ5 dispensava o uso das transmissões de dupla embreagem em prol da boa e velha caixa automática convencional, aqui com oito velocidades e calibração exclusiva.
Outro pioneiro foi o RS Q3, primeiro SUV a carregar a sigla RS dentro da gama Audi. Na verdade, ele não carregava só a sigla, já que tinha preparação esportiva unida a praticidade, espaço interno e porta-malas de um utilitário. Base e mecânica vinham dos RS3, incluindo o motor 2.5 turbo de cinco cilindros, aqui reprogramado para 310 cv de potência e quase 43 kgfm de torque, tração integral, câmbio automatizado de dupla embreagem (S Tronic).
Mas o RS Q3 trazia seu exclusivo e vistoso “kit” esportivo com detalhes prateados, rodas aro 19, parachoques mais agressivos e dupla saída de escape na traseira. Para a época, era um dos SUVs mais rápidos do mercado nacional, também com tempos mínimos de aceleração, a exemplo dos 5,2 segundos no 0 a 100 km/h. Em 2020, chegou ainda o RS Q3 Sportback (SUV coupé) com o mesmo motor 2.5 turbo, só que preparado para gerar 400 cv.
Batendo de frente até com os melhores Porsche, o RS7 foi nos anos 2010 o que a station RS2 representou nos anos 90, só que na vistosa carroceria Sportback com quatro portas. Para se ter uma ideia, além de ser um dos carros de rua mais rápidos do mercado brasileiro, o RS7 era tido, na época, como o Audi de produção em série com o segundo menor tempo de 0 a 100 km/h da história da marca (apenas 3,9 segundos, perdendo só para os R8 mais poderosos).
Mérito do V8 4.0 que ele carregava, que era o mesmo do irmão S7, só que biturbo e aperfeiçoado para entregar nada menos que 560 cv de potência. Além do aerofólio retrátil, como no RS5, o RS7 trazia um sistema de suspensões adaptativo, que permitia uma menor altura do solo no modo esportivo, rodas aro 21 fundidas em alumínio (mais leves), freios a disco em cerâmica e até a tecnologia dos faróis em LED. Quase uma nave espacial quando aportou por aqui, em junho de 2014, por R$590 mil.
Pela primeira vez, na terceira geração do Audi A3, tínhamos uma carroceria sedan, e assim nasceu o S3 Sedan, presente no mercado brasileiro a partir de agosto de 2014. Graças a evoluções tecnológicas, um S3 desses, movido por um motor 2.0 turbo de quatro cilindros em linha (o EA-888) com 280 cv de potência e pouco mais de 38 mkgf de torque, era quase tão rápido quanto um RS3 Sportback da geração anterior
O sedan levava só 4,9 segundos para ir de 0 a 100 km/h, contra cerca de 4,6 do RS anterior. Além da tração integral quattro, era de série nos S3 Sedan a caixa automatizada de dupla embreagem, dois fortes aliados para o time de modelos esportivos da fabricante alemã.
Primo de Lamborghini (Urus), o RS Q8 é, até hoje, o Audi mais caro a venda no Brasil, título que carrega desde seu lançamento nacional no meio de 2020. Generoso no tamanho e classudo nas linhas (é uma espécie de SUV grande com certo quê de coupé), o RS Q8 traz o V8 4.0 biturbo, famoso por estar no RS7, só que, nele, com impressionantes 600 cv de potência e mais de 81 kgfm de torque, acoplado a transmissão S Tronic de oito velocidades (dupla embreagem) e distribuindo sua força para as quatro rodas (tração quattro)
Isso tudo sem sem contar as suspensões adaptativas, freios em liga de cerâmica e carbono, e sistema de esterçamento das rodas traseiras, o que garante melhor comportamento em curvas rápidas. Os números falam por si só: 0 a 100 km/h em 3,8 segundos (está no top 5 de SUVs mais rápidos da história), 0 a 200 km/h em 13,7 segundos (menos tempo que alguns hatches 1.0 no 0 a 100) e máxima de 305 km/h.
Único 100% elétrico da lista, o RS e-tron GT pode ser interpretado como um R8 elétrico de quatro portas, dadas as devidas proporções, lógico. É o Audi mais potente de todos os tempos, podendo chegar a 646 cv no modo de arrancada (o normal são cerca de 600), isso com dois motores elétricos entregando força imediata, e garantindo tração integral permanente (que a marca também chama de quattro).
Apesar do alto peso, típico em um EV por conta das baterias, é possível equipá-lo com peças em fibra de carbono, enquanto, com o mínimo centro de gravidade, seu Cx surpreende por ser de apenas 0,24. Outras extravagâncias desse RS elétrico, além do preço acima de R$1 milhão e do parentesco com o Porsche Taycan, está nos míseros 3,3 segundos de 0 a 100 km/h, faróis com laser, aerofólio retrátil e alcance de mais de 500 km, mesmo sendo elétrico (ciclo WLTP).
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok
|
YouTube
|
Facebook
|
X
|
Instagram
|
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, procure o AutoPapo nas principais plataformas de podcasts:
Spotify
|
Google PodCasts
|
Deezer
|
Apple PodCasts
|
Amazon Music
|
