Cinco carros esportivos que você nem lembra, mas que podem ser baratos

Relembre cinco modelos esportivos que foram vendidos no Brasil nos anos 1990, mas praticamente desapareceram das ruas

alfa romeo spider 1996 frente
Linda, a Alfa Spider é o modelo mais valorizado da lista (Foto: Alfa Romeo | Divulgação)
Por Marcelo Jabulas
Publicado em 28/06/2023 às 12h03

Quando o então presidente da república, Fernando Collor de Mello deu uma canetada para abrir as importações de automóveis, pois não suportava mais as “carroças brasileiras”, pipocaram tudo quanto é tipo de carro no Brasil, e muitos deles esportivos.

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E como os carros eram caros e o processo de importação, muitas vezes, ocorria por representantes e a maioria das marcas ainda não tinham se instalado por aqui, além das quatro grandes (Fiat, Ford, General Motors e Volkswagen), cada um trazia o que podia e na quantidade que conseguia.

Alguns carros eram bastante interessantes, outros extremamente inadequados para o mercado brasileiro. Mas naquela época tudo ainda era novo. Vamos relembrar cinco esportivos legais, mas que tiveram vida curta e quase não são mais vistos por aqui.

Alfa Romeo Spider

alfa romeo spider prata frente parado
O design assinado por Pininfarina faz da Alfa Spider um carro incapaz de envelhecer (Foto: Alfa Romeu)

A Alfa Romeo é uma das marcas mais carismáticas do mundo. Mas sejamos francos, ela nunca conseguiu engrenar no Brasil. Com a abertura das importações, a Fiat viu a oportunidade de atuar no segmento de luxo.

Ela trouxe modelos como 145, 155 e 164. E nesse balaio, em 1995 ela lançou por aqui o Spider. A releitura moderna do clássico dos anos 1960 (que ficou em linha por quase 30 anos), chegou embalado na febre dos roadsters, que surgiu no início daquela década, embalado pelo Mazda MX5 Miata.

Com visual marcante e minimalista, assinado pelo estúdio Pininfarina, o Spider é um carro de design atemporal. O conversível era equipado com motor V6 3.0 de 190 cv e 26,2 kgfm de torque, combinado com uma caixa manual de cinco marchas.

É difícil precisar o volume exato de quantas unidades vieram durante os dois anos em que ele foi importado. Mas fato é que nos classificados é raro encontrar uma unidade a venda e seus preços giram entre R$ 150 mil e R$ 200 mil

Chevrolet Calibra

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Com linhas suaves, o Calibra ainda impõe por onde passa, o difícil é topar com um (Foto: Creative Commons | Wikipedia)

Por muito tempo o Opel Calibra foi o automóvel mais aerodinâmico do mercado. Com seu desenho suave e afilado, esse cupê alemão era a versão esportiva da primeira geração do Vectra.

Os dois compartilhavam plataforma e conjunto mecânico. Por aqui ele chegou importado com emblema da Chevrolet, em 1994, praticamente junto do sedã. O modelo era equipado com motor 2.0 16V de 150 cv, a mesma unidade que equipava o Vectra GSI.

O Calibra ficou em linha até 1996. Assim como a Alfa Spider, o Calibra também teve volumes modestos e encontrar um unidade a venda é raro. Mas ao contrário do italiano, os valores são mais modestos, na faixa dos R$ 55 mil.

Chevrolet Tigra

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O Tigra também foi vendido no Reino Unido como Vauxhall, mudando apenas o emblema e o lado do volante (Foto: Vauxhall | Divulgação)

Como fim da produção do Calibra na Europa, a GM apostou em outro esportivo. Dessa vez o pequenino Opel Tigra. Derivado da primeira geração do Corsa, o cupê chegou ao mercado europeu em 1994.

Lá fora, ele disputava terreno com esportivo como Mazda MX5 Miata, Honda CR-X e Ford Puma. Por aqui, ele dividiu atenções com o conversível da Honda e foi vendido entre 1998 e 1999.

Bonitinho, o Tigra compartilhava mecânica com o primo Corsa. Mas ele vinha equipado com motor Ecotec 1.6 16V, que por aqui equipava o Corsa GSI. No hatch, a potência declarada do motor era de 108 cv e 14,8 kgfm de torque. A transmissão era manual de cinco marchas.

Ao contrário de seus demais pares da lista, o Tigra é um pouco mais fácil e ser encontrado à venda. O senão fica por conta da dificuldade de encontrar peças de reposição, principalmente seu enorme para-brisas traseiro, em formato de bolha. Os preços variam de R$ 30 mil a R$ 100 mil.

Fiat Coupé e os carros esportivos esquecidos

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Fiat Coupé tem design assinado pelo polêmico Chris Bangle, que causou arrepios na BMW (Foto: Fiat | Divulgação)

O Fiat Coupé é um carro ousado, mesmo após 30 anos de seu lançamento. Desenhado pelo polêmico Chris Bangle, sob o olhar atento da Pininfarina, esse Fiat chegou ao Brasil em 1995.

Se por fora, impressionava pelos faróis sobre o capô, por dentro chama atenção pelo painel que trazia acabamento na cor da carroceria. Era simplesmente lindo.

Para o Brasil, o Coupé vinha equipado com motor 1.8 16V de 139 cv e 18 kgfm de torque. Longe de ser um puro-sangue italiano, o modelo acelerava de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos e atingia máxima de 208 km/h.

O modelo ficou no portfólio da marca italiana entre 1995 e 1997. Assim como os demais, poucas são a unidade à venda. Seus preços variam de R$ 30 mil a R$ 60 mil.

Subaru SVX

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Com volume modesto em suas vendas globais, o Subaru SVX tinha estilo exótico, mas com muita potência e conforto (Foto: Subaru | Divulgação)

Exótico, graças a suas janelas bipartidas, o Subaru SVX, que no Japão era chamado de Alcyone, chegou ao Brasil em 1994 e ficou em linha até 1996, quando foi descontinuado na planta de Gunma, no Japão.

Equipado com um motor boxer seis cilindros 3.3 litros de 230 cv e 31 kgfm de torque, era o mais potente da lista. Mas o SVX não era um carro de pegada esportiva e tinha uma proposta mais focada no conforto.

Sua caixa automática de quatro marchas e a tração integral, faziam dele um carro muito estável, bem diferente de outros esportivos japoneses mais ariscos, como o Mitsubishi Eclipse (esse que nunca será esquecido).

No mundo todo, foram vendidas apenas 24 mil unidades. Não se sabe quantas vieram para o Brasil, mas entre os cinco carros desta seleção, ele é o mais raro. Tanto que não há nenhuma unidade anunciada.

A explicação para o sumiço desses esportivos é simples. Foram carros com pequenos lotes, e vendidos há mais de 20 anos. Assim, muitas unidades já devem ter saído de circulação, outras estão paradas aguardando peças ou até mesmo abandonadas. Os carros que estão em boas condições devem sair raramente de casa, pois caso sofram uma colisão é quase impossível reparar. Mas são carros que dão gosto de ver nas ruas.

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