Carros que saíram de linha no Brasil e continuam em países vizinhos
É comum ver automóveis sendo feitos no Brasil após aposentarem em outros mercados, mas você conhece carros que saíram de linha aqui e continuam lá fora?
É comum ver automóveis sendo feitos no Brasil após aposentarem em outros mercados, mas você conhece carros que saíram de linha aqui e continuam lá fora?
O Brasil, assim como outros países emergentes, costuma estar entre os últimos lugares onde algum automóvel é feito. Mercados mais exigentes renovam os modelos antes enquanto outros conseguem emplacar carros datados por mais tempo. Hoje há muitos carros que saíram de linha por aqui, mas ainda resistem lá fora. Mas já se foi o tempo que éramos os últimos da América Latina.
Existem automóveis, inclusive projetos brasileiros e até produzidos por aqui, que continuam sendo vendidos nos países vizinhos. Nos últimos anos o nosso mercado sofreu mudanças, com SUV ganhando mais participação, os consumidores sendo atraídos por tecnologia e o Proconve L7 matando motores cujo fabricante não considera rentável atualizar.
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A primeira geração do Onix colocou a Chevrolet de volta ao topo do ranking de carros mais vendidos, fenômeno que não ocorria desde que o Monza liderou o mercado nos anos 80. A nova geração cresceu em tamanho e tecnologia e emplacou bem, mas a anterior conseguiu um público fiel na Colômbia.
Com o fim da produção do compacto no Brasil, ele encabeça o time dos carros que saíram de linha por aqui e vivem lá fora. Isso porque o ferramental foi transferido para a fábrica da General Motors Colmotores, em Bogotá. O Onix Joy colombiano usa o motor 1.4 SPE/4, o nosso velho conhecido Família 1, mas o câmbio é o manual de cinco marchas.
A caixa manual de seis marchas foi usada apenas no Onix brasileiro. Curiosamente, esse fato se repete na geração atual, com o Onix feito no México usando um câmbio de cinco marchas.
O Toyota Etios chegou simples ao Brasil e não conseguiu muito sucessos, apesar de hoje ter alguns fãs que não se importam com a aparência do carro. Na Argentina a situação foi diferente, o compacto conseguiu melhores resultados.
A Toyota parou de vender o Etios no Brasil em março de 2021, porém não parou de fabricar o compacto na fábrica de Sorocaba (SP). Essa produção continua até hoje dedicada ao mercado Argentino. É feito até uma versão furgão, chamado de Aibo.
A Nissan investiu no mercado de compactos no Brasil com o March e o Versa, mas apesar dos bons resultados mudou a estratégia nos últimos anos para focar no SUV Kicks, e os dois engrossam a lista de carros que saíram de linha. O Versa ganhou uma nova geração, que vem importada do México, mas o hatchback ficou sem sucessor por aqui.
Alguns mercados da América Central, o México e os nosso vizinhos da Colômbia continuaram recebendo essa dupla. O Versa antigo ganhou o sobrenome V-Drive para se diferenciar do novo modelo. Já o March ganhou um face-lift para se adequar a nova linguagem de estilo da marca — que não combina com a carroceria arredondada do modelo.
A decisão da Ford de não fabricar mais carros no Brasil acabou afetando o resto da América Latina. A filial da Argentina recorreu a Índia para não deixar os seus clientes na mão, importando o EcoSport de lá.
A Ford já fechou a fábrica da Índia devido as vendas baixas por lá, mas o EcoSport indiano ainda consta no site argentino. O SUV compacto é oferecido nas versões SE, Titanium e Titanium automática, todas equipadas com o motor 1.5 Dragon.
Hoje o mercado de hatches médios no Brasil se resume ao Chevrolet Cruze Sport6 e o de sedãs médios tem apenas o Toyota Corolla, Chevrolet Cruze e Kia Cerato (lembra dele?). Os argentinos ainda possuem um apreço por essas categorias e, por isso, a Peugeot continua fazendo a dupla 308 e 408 por lá.
O 308 e o 408 são oferecidos com os motores 1.6 aspirado, 1.6 THP e 1.6 HDI turbodiesel. Eles mudaram nada desde que saíram de linha no Brasil em 2019. Os argentinos também podem comprar o 308 S, que é a segunda geração do hatch que chegou a ser considerada para vir ao Brasil e algumas unidades foram parar na garagem de executivos da marca.
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