Shell Eco-Marathon coloca carros feitos por estudantes na pista
A competição traz o desafio de conseguir a maior eficiência energética possível, com categorias para carros a combustão, elétricos e a hidrogênio
A competição traz o desafio de conseguir a maior eficiência energética possível, com categorias para carros a combustão, elétricos e a hidrogênio
A Shell está organizando a 6ª edição da Eco-Marathon no Brasil. O evento de 2023 tem como palco o Pier Mauá, no Rio de Janeiro (RJ), onde 39 equipes de estudantes competem em quatro categorias diferentes em busca da maior eficiência energética.
A categoria com a maior quantidade de competidores é a de carros elétricos, seguida pela dos carros à combustão. Nessa segunda, os competidores estão utilizando o etanol ou a gasolina. Não vieram veículos a diesel.
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Na última edição estreou a categoria do Conceito Urbano, que traz como desafio para os universitários a criação de um carro mais próximo dos modelos de rua. A novidade no Brasil são os protótipos com célula de combustível a hidrogênio.
O evento conta com universidades, institutos técnicos e escolas de engenharia de todo o Brasil, da Colômbia, do Peru, do México e da Bolívia. Os veículos são projetados e pilotados pelos próprios estudantes, que colocam em prática os aprendizados das salas de aula.
Esses veículos pequenos e com formato de gota são os mais tradicionais da Shell Eco-Marathon. A competição começou em 1985 na Europa e hoje está presente em todos os continentes.
A fórmula que os protótipos fazem é de usar um chassi leve, coberto por uma carroceria leve de fibra de vidro ou de carbono. As rodas são finas, para gerar o menor arrasto possível.
O piloto é sempre a menor pessoa da equipe, em 2023 70% do grid está com uma mulher ao volante. O objetivo é ter o menor peso possível e dirigir com eficiência.
Na categoria de motor a combustão, são utilizados propulsores monocilíndricos. A equipe Triângulo Verde, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), utilizou um de roçadeira otimizador pelos estudantes em seu protótipo.
Os veículos elétricos têm aparência similar, só são diferenciados por rodarem em total silêncio. Eles utilizam baterias de íons de lítio, assim como os carros elétricos que já vemos nas ruas.
Os carros da classe Conceito Urbano são os mais diversos na Shell Eco-Marathon de 2023. Na última edição teve apenas um competidor nela, agora já existem quatro equipes diferentes.
Em seu regulamento exige que os carros sejam mais próximos dos carros de produção: precisam ter quatro rodas, faróis, para-brisa, porta-malas e o piloto vai na cabine sentado. O peso pode chegar a 225 kg, contra os 140 kg dos protótipos.
Todos os conceitos urbanos da Shell Eco-Marathon são elétricos. Tirando essa especificação técnica, todos são bem diferentes entre si. Alguns usam apenas painéis planos na carroceria, enquanto outros são mais aerodinâmicos.
Duas das equipes internacionais trouxeram protótipos com célula de combustível à hidrogênio: a mexicana Hydro Dzec, da Universidad Nacional Autónoma de México, e a boliviana Capitain Victor, da Escuela Militar de Ingeniería.
Devido a problemas na entrega de um componente, os mexicanos ficaram de fora da competição. Já a equipe da Bolívia conseguiu passar nas inspeção, após resolver um problema nos freios do protótipo, e fará a estreia do hidrogênio em pistas brasileira.
Esses carros são similares aos protótipos elétricos e a etanol em formato. O que difere é o cilindro onde vai armazenado o hidrogênio.
A quinta-feira (31), foi o último dia da inspeção para os competidores. Quem conseguiu passar em todos so 12 requisitos, poderá entrar na pista para tentar conseguir a maior eficiência.
Alguns carros já fizeram passagens pela pista da Shell Eco-Marathon. Cada carro tem quatro tentativas, sendo a a melhor realizada a utilizada no resultado final.
Até então, o melhor resultado na categoria de carro a combustão é o da Drop Team, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul. O seu protótipo conseguiu média de 716 km/l utilizando etanol.
Os favoritos dessa categoria é a equipe Pato a Jato, que já levou a vitória quatro vezes. Na aferição realizada na quinta conseguiram 560 km/l, porém seu carro já fez resultados melhores nos anos anteriores.
Dos carros elétricos, a liderança está com a equipe ARMAC Milhagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A média de 306 km/kWh abriu uma liderança considerável em relação ao segundo colocado, porém os mineiros já usaram duas tentativas.
Os conceitos urbanos e o carro a hidrogênio ainda não entraram na pista da Shell Eco-Marathon. Voltaremos amanhã com os resultados completos.
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