Chefão da Stellantis quer o Brasil no submundo dos carros

Crítica do executivo faz parte de um poderoso lobby que se instalou no Brasil contra os carros elétricos e a favor da indústria do etanol como combustível

carlos tavares ceo stellantis
Carlos Tavares, CEO do grupo que agrega Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, entre outras marcas (Foto: Stellantis | Divulgação)
Por Sergio Quintanilha
Publicado em 25/02/2023 às 11h03

O português Carlos Tavares, chefão da Stellantis, que olha para o mundo a partir da poderosa Europa, disse esta semana que o Brasil não precisa de carros elétricos. Na visão dele, “o elétrico não faz sentido se comparado com o carro que pode rodar com 100% de etanol”. E completou: “Sem contar que é muito mais caro para a classe média”.

Carlos Tavares fez essa declaração em entrevista à repórter Marli Olmos, do jornal Valor Econômico. O CEO da Stellantis acrescentou que, apesar de ser contra, não deixará de oferecer carros 100% elétricos no mercado brasileiro: “Não pretendo deixar esse nicho de mercado para meu concorrente, então estarei lá também”.

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O que está por trás dessa declaração do chefe supremo da supermontadora Stellantis? Em primeiro lugar, uma tentativa de defender a liderança do aglomerado de marcas – Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot, Ram, Abarth etc. – gastando o mínimo possível.

Afinal de contas, é confortável ser líder de mercado vendendo o Fiat Mobi com preços de R$ 68.990 sem um mísero rádio ou por R$ 72.990 na versão topo de linha (ou R$ 76.980 com os opcionais). Ou renovando ad eternum as benesses concedidas pelo poder público para produzir carros em Pernambuco.

Em segundo lugar está um olhar preconceituoso do europeu para a América do Sul. O olhar de quem vê este lado do mundo como um espaço para lucrar muito sem a necessidade de fazer os maiores investimentos para oferecer os carros mais avançados do mundo – em termos ecológicos e de segurança.

Lobby contra carros elétricos

Carlos Tavares é um executivo admirável, mas sua forte crítica à eletrificação dos carros no Brasil não tem nada de nobre. Faz parte de um poderoso lobby que se instalou no Brasil contra os carros elétricos e a favor da indústria do etanol como combustível. A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) lidera esse lobby para que o Brasil permaneça quietinho no submundo dos carros.

Esse lobby liderado pela Anfavea conta com o apoio da Stellantis e da Volkswagen, entre outras montadoras, mas não tem a bênção da General Motors, por exemplo. Na contramão do lobby do etanol, a GM já avisou que não quer saber de carros híbridos no Brasil.

Enquanto a Stellantis se agarra à ideia do etanol aqui no Brasil, corre desesperadamente na Europa e nos Estados Unidos para recuperar seu atraso no desenvolvimento de carros elétricos. As marcas Jeep, Ram, Dodge, Chrysler, Fiat e Alfa Romeo não têm praticamente nada a oferecer no novo mundo dos carros elétricos. O Jeep Avenger ainda não começou a ser produzido e a picape Ram 1500 BEV não tem um calendário de lançamento.

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Primeiro Jeep elétrico, Avenger ainda nem entrou em produção (Foto: Jeep | Divulgação)

A Stellantis, por enquanto, vive do trabalho que a Peugeot e a Citroën fizeram no segmento de carros elétricos quando pertenciam à PSA, sob direção do próprio Carlos Tavares. Que, por óbvio, não deve ignorar que a Weg, brasileira, é uma das maiores produtoras de motores elétricos do mundo; ou que a transnacional Rockwell vai construir uma gigafábrica de baterias e carros elétricos em Minas Gerais.

Nicho de pessoas ricas

Mas, se o etanol é tão bom, por que a Stellantis e a Volkswagen não fazem carros movidos 100% a etanol já? E se os carros elétricos são tão caros para a classe média brasileira, por que não oferecem soluções mais acessíveis nos carros atuais? Vamos combinar que um VW Polo Track, sem multimídia, a R$ 79.990, não é exatamente acessível.

Carlos Tavares critica o segmento de carros elétricos porque ele se dirige a um nicho de pessoas ricas das grandes cidades. É verdade. Mas quem compra um Fiat Pulse por R$ 100 mil ou um Volkswagen T-Cross por R$ 166 mil hoje não são exatamente pessoas de baixa renda. Eis tudo.

Carlos Tavares é bom de argumentos, mas sua visão sobre o Brasil e os outros países da América do Sul traz arraigada a prepotência do europeu quando olha para este lado do mundo: o Brasil como uma grande fazenda produzindo cana para carros atrasados e lucrativos do século 20; a Europa, os Estados Unidos e a China produzindo carros elétricos para a economia do século 21.

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129 Comentários
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Rafael Reis 25 de março de 2024

Finalmente um comentário sensato e realista sobre como as montadoras europeias e japonesas encaram o brasileiro. Etanol pode até ser bom quando o mercado do açúcar está ruim, mas passamos 13 anos com preços de álcool parecidos com gasolina, e nada impede que hoje a ser assim já na semana que vem.
Além disso, os preços de carros elétricos caem depressa, e os Dolphin já são competitivos com carros similares flex. Deixou de ser brinquedo de rico para ser uma opção para quem quer economizar.
Mas para a Stellantis, devemos ficar com o resto do que eles produzem.
Parabéns ao comunista pela coragem de dizer o que as outras não dizem.

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Santiago 4 de março de 2023

A tecnologia elétrica a bateria não é novidade. Na verdade ela já existe há decadas.
Porém quando a política do petróleo era regida pelas multinacionais americanas e europeias, o assunto ficou engavetado e até enterrado – numa época em que a eletricidade era mais disponível e mais barata.
Agora que a política do petróleo é regida principalmente pelo Oriente Médio e Rússia, eis que o Ocidente resolve “tirar da cartola” os elétricos a bateria – agora menos viáveis, nestes tempos de eletricidade menos disponível e bem mais cara.
Apenas mera coincidência???

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Eddie 4 de março de 2023

EV hoje no Brasil é carro de frota ou segundo/terceiro carro de famílias ricas. Trazer de fora esses carros sem impostos é surrupiar recursos dos pobres. Tem razão o executivo, 3o mundo deve e vai continuar no carro flexível. Pena que os usineiros não facilitam nada com sua estratégia de preços da safra álcool X açúcar.

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Rafael 3 de março de 2023

Concordo com esse chefiou, haja vista que o Brasil está muito aquém de estar estruturado para receber carros elétricos, que diga-se de passagem são absurdamente caros, produtos que são oferecidos um público seleto, e outra, ninguém obriga ninguém a comprar carroças de plástico, para isso existem seminovos bem mais atraentes. Brasileiro tem fama de gostar de ser trouxa.

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Walsfor 2 de março de 2023

Desculpe, mas a meu ver, a coluna não passa de UM ponto de vista, com o qual eu discordo diametralmente. Fora as questões econômicas aventadas que, claro, é o objetivo de qualquer empresa, vejo, por outro lado, a questão ambiental sendo muito mais beneficiada com o etanol do que com o elétrico, de maneira escalar. E a posição de que carros brasileiro é ultrapassado porque não é elétrico é de uma estultice difícil de engolir. Veja, p.ex., a reportagem da RAM com aceleração de esportivo. Veículo a combustão altamente tecnológico. O colunista parou para pensar que a maioria da classe média reside em prédios que não dispõe de meios para a instalação de terminais elétricos para carregar o veículo eletrificado? Aliás, para isso deverá haver uma confluência de interesses de TODOS os condôminos, o que é muito difícil se considerando o preço para a execução da obra, quando existem outras prioridades mais urgentes. Torço para que NÃO vinguem os veículos elétricos no Brasil, como não vingou em nenhum outro momento da história, porque se, somente se, o petróleo está acabando a cana não. A Alemanha passa por um momento bastante particular com relação à energia elétrica, o que nem de perto pode se chamar de econômico ter um veículo eletrificado e muito menos ainda ambientalmente saudável. A Toyota, caso o colunista tenha alguma ressalva particular com a cana, apresenta o hidrogênio, que tbm é genial (vlw o trocadilho).

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João Borloth 2 de março de 2023

Walsfor, assino embaixo. Concordo contigo.

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Walsfor 6 de março de 2023

Bom saber que não estou só. Obrigado.

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Genial Wasfor, nem preciso mais comentar. A síndrome de vira lata está exclusivamente na cabeça desse colunista 5 de março de 2023

Genial Wasfor, nem preciso mais comentar. A síndrome de vira lata está exclusivamente na cabeça desse colunista

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Walsfor 6 de março de 2023

Verdade. Bom saber que não estou só. E conosco tem tbm o João. Obrigado.

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Danilo 2 de março de 2023

Deixo registrado meu repúdio a essa matéria tendenciosa e sem argumentos com base técnica.

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Antonio 2 de março de 2023

Esta reportagem esqueceu os benefícios econômicos e sociais do etanol carburante.
Pode ser que tenha um lobby anti-carro elétrico e pró carro a etanol no Brasil. Mas isso não ofusca os benefícios do uso do etanol.
Se a indústria automotiva vendesse veículos com motores dedicados ao etanol, a eficiência energética seria maior ao motor flex, isto é, a autonomia destes veículos seria maior, diminuindo o custo do quilômetro rodado.
O carro elétrico tem suas vantagens, mas no Brasil, por enquanto, apenas atende um nicho de mercado (o dos muito ricos).

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Irlan 2 de março de 2023

A questão é que hoje o etanol não é vantajoso em quase lugar algum do país. Imagina se a demanda por ele fosse 10, 20 vezes maior, então o preço dele seria maior que o da gasolina. Já pensou o etanol pelo mesmo preço ou até mais caro que a gasolina? Um combustível que rende até 30% a menos que o outro

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João 7 de março de 2023

O IRLAN disse abaixo que o etanol não é vantajoso. Mas é RENOVÁVEL. Gerar eletricidade pode ser mais caro ainda, ou piorar o meio ambiente com alagamento para as hidrelétricas, queima de combustível fóssil para as termelétricas etc.

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João Borloth 2 de março de 2023

Danilo, penso igual a você.
Carro elétrico num país de dimensões continentais e sem usinas nucleares ?
Para q serve horário de verão?

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Gilberto 1 de março de 2023

Creio que opinião é algo subjetivo, deve ser respeitada, assim como gostamos quando respeitam aquilo que pensamos, mesmo que estejamos errados. Como sou mais idoso (75 anos) e com 55 anos de carteira, não tento impor conceitos, apenas relatar o que vi nesse tempo todo. Nas décadas 1970 e 1980 fui assinante da Revista Quatro Rodas e no fervor de jovem, lia matérias futurísticas com total entusiasmo. Sendo sincero, foram raríssimos os automóveis que as fabricas planejavam para 2000 (ainda bem distante) e que acabaram sendo fabricantes. Gosto de avanços, mas nossa realidade está muito longe de países mais ricos ( com menos corrupção). Como um trabalhador de classe média baixa vai comprar um veículo elétrico , quando a média de preço ultrapassa 200 mil reais? E quando o conjunto de baterias estiver com seu ciclo de vida no fim? Bateria Lipo, por melhor que seja, tem um ciclo de carregamentos, depois perde carga facilmente. Isso aí é caro pra caramba. A renda do trabalhador é vergonhosa, vai tudo para governos corruptos, que ainda deixam os preços de carros dobrados com impostos. Nossa realidade é outra, temos que ficar atentos ao progresso, mas antes precisamos consertar o que temos aqui. Para quem não sabe, em 1970, a Coréia do Sul tinha um PIB trez vezes menor que o nosso. A pobreza era total. Fizeram uma revolução na Educação e hoje temos aí Samsung, LG, e várias marcas de carros coreanos. E o Brasil, três vezes mais pobre, até hoje não tem um carro nacional. Queiramos ou não, motor a combustão, por aqui, ainda vai ter uma longa vida. Elétricos ficam para as elites ou alguns mais simples, mas que não comem carne, para sustentar o carro. Fico em dúvida perguntando até onde vai o lobby do motor a combustão e a chegada dos elétricos? Sinceramente, creio que com baterias Lipo será difícil, ao menos no estágio atual. Acredito noutra forma de obtenção de energia. Hidrogênio tem no Universo todo.

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Polvo 28 de fevereiro de 2023

A Fiat é boa para fazer lobby. O carro popular 1.0 lá no início dos anos 90 foi ideia (lobby) da Fiat, que já possuía o modelo Uno com o motor 1050, que com uns “ajustezinhos” chegaria aos 999cm3. Não consigo acreditar como essa aberração de carro 1.0 aspirado exista até hoje em nosso mercado.

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Andre 28 de fevereiro de 2023

Pelas dezenas de comentários já vi que não vou precisar me alongar muito, mas deixo registrado meu repúdio a essa matéria tendenciosa e sem argumentos com base técnica.

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Jorge Sarturi 28 de fevereiro de 2023

Concordo com sua opinião de matéria tendenciosa e revela um complexo de vira latas

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Marcos 28 de fevereiro de 2023

Pelo que estou vendo a baixa credibilidade do UOL não está apenas relacionado ao âmbito político. Desinformação e noticia tendenciosa.
É lamentável ver um jornalista escrever todos estes argumentos sem analisar o contexto como um todo e entender o potencial que temos de fabricação de etanol no Brasil, infraestrutura de postos já disponível, além de uma regulamentação necessária para venda de energia através de postos de combustível. Veículo elétrico não é uma bala de prata que resolve todos os problemas para todos os países. Somos felizardos de termos terras abundantes e plantações de cana que viabilizam o carro a etanol aproveitando uma infraestrutura já existente.

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Paulo Henrique 28 de fevereiro de 2023

Sim!!! Faltou embasamento.

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Luciano 28 de fevereiro de 2023

Discordo da matéria, no quesito opinião. Em relação a dados, não vi fundamentos para as afirmações.
Na verdade a matéria é uma consolidação de opiniões do jornalista. Deveria trazer dados de custo de produção de um carro elétrico X um flex. Depois a comparação do custo da energia X custo do etanol…. e por fim, o mais importante, o que um carro elétrico gera de resíduos e poluição com as baterias X o que um a etanol gera… além da vida útil de um carro elétrico X um a etanol.

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Mauricio 28 de fevereiro de 2023

O jornalista do UOL erra quando diz que o carro eletrico é inevitável.
Não é, o carro a etanol tem muito mais chance por ser totalmente sustentável.
E diferente do eletrico, não polui o meio ambiente

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Luciano 28 de fevereiro de 2023

Excelente comentário. A matéria é uma expressão de opiniões do jornalista. Deveria trazer dados de custo de produção de um carro elétrico X um flex. Depois a comparação do custo da energia X custo do etanol…. e por fim, o mais importante, o que um carro elétrico gera de resíduos e poluição com as baterias X o que um a etanol gera.

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Marcelo 27 de fevereiro de 2023

O carro custar caro não é culpa da montadora, sim da carga tributária.
Quanto ao tipo de motor, se temos um motor mais limpo, realmente não temos pressa, o custo econômico, social e ecológico de baterias para ter um carro 100% elétrico são enormes.
Precisamos de inteligência para resolver os problemas do mundo não ficar seguindo a boiada.
Caso não tenha lido, veja os comentários do presidente mundial da Toyota.

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Flávio Roberto Arruda 27 de fevereiro de 2023

Algumas reflexões devem.ser feitas antes de tomar essa matéria como verdade absoluta.
Quem diz que a eletrificação é uma realidade palpável se esquece da falta de infraestrutura para abastecimento no país, do tempo exacerbado de carregamento dos carros elétricos, do custo das baterias e principalmente que os carros elétricos não são tão amigos do meio ambiente, pois daqui a uns 15 anos estaremos sem saber o que fazer com as baterias descartadas.
O carro a hidrogênio tem uma pegada de carbono muito menor e hoje os híbridos são mais viáveis do que os completamente eletrificados.

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Mendel Collin 27 de fevereiro de 2023

Basta se informar um pouco mais (e ser minimamente coerente) que irás ver que ele critica o carro elétrico como única alternativa viável inclusive para a Europa. E ele está certo, não há a menor possibilidade do carro elétrico substituir os ICE’s na base da canetada… esse sim um verdadeiro lobby contra russos e árabes, principalmente… e dane-se quem não tiver meios de comprar carro elétrico, essa sim é a vontade dos engravatados da União Europeia

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Santiago 27 de fevereiro de 2023

Concordo!
E o mais irônico é que, mesmo assim, os europeus continuarão precisando do petróleo árabe e russo, além do carvão, para alimentar ainda mais as suas poluentes termoelétricas – que agora acumulam a missão de produzir eletricidade para os “ecologicos” automoveis elétricos a bateria. Ah sim, os europeus têm ainda a “opção” das caras, complexas, e radioativas usinas nucleares.

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Adilson Barreto 27 de fevereiro de 2023

Lula tem que acabar com lobistas a favor do etanol liderados por este português que pensa estar a frente de caravelas lotadas de bandidos tripulantes.
Empata progresso.
Va vender suas carroças movidas a etanol lá atrás dos montes.

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Carlos Motta 27 de fevereiro de 2023

Parabéns pelo artigo. Acompanho esse lobby da ANFAVEA desde que o Guido Mantega deixou de divulgar um projeto de incentivo ao desenvolvimento, projeto, produção e utilização de eletricos no Brasil por pressão do entãonpresidente da FIAT e da ANFAVEA. De lá para cá ganharam INOVAR AUTO e ROTA 2030 para supostamente fazerem carros mais eficientes com nosso dinheiro. Desenvolvemos uma empresa de tecnologia de mobilidade sustentável há 15 anos e afirmo que o Brasil poderia hoje estar em uma situação tão favorável quanto a Chinesa. Mas apesas de tudo sairemos do feudalismo se Deus quiser.

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Polvo 27 de fevereiro de 2023

A Stellantis vai produzir carros de acordo com as exigências regionais. Se o Brasil não tiver políticas públicas de incentivo a produção de veículos elétricos, não só a Stellantis, mas todas as montadoras em geral continuarão produzindo carros a combustão. Simples assim. Uma coisa que ninguém diz é sobre o impacto ambiental para a produção e descarte das baterias, bem como se existem fontes de extração de lítio abundantes, de forma que seja possível banir os combustíveis fósseis do nosso planeta.

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Jerry 27 de fevereiro de 2023

A pouco tempo atrás a FIAT estava desenvolvendo um motor só a álcool mais econômico e potente mas desistiu.

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Marcos Henrique 27 de fevereiro de 2023

Prezado Quintanilha, permita-me discordar um pouco das suas conclusões. Não estou 100% de acordo com o CEO da Stellantis, mas muito longe de estar 100% com os seus argumentos. O Carro totalmente elétrico é sim muito caro para mercado. Não é apenas pelo seu custo de aquisição, mas também pelo de manutenção. As oficinas precisam ser completamente adaptadas a um novo modelo de eletrificação (que não é o mais acessível, mas aquele escolhido por algumas montadoras, também maximizando os seus lucros). Imagine ter que trocar um conjunto de baterias de um simples “Mobi Elétrico” (não existe, é só um exercício) pagando cerca de R$ 35 mil, ou seja o preço de um Uno Flex usado em ótimo estado de funcionamento ainda. Outra questão importante, diz respeito à “matriz energética do país”. De onde virá a energia elétrica? Está sobrando das fontes hidrelétricas? Há recursos hídricos garantidos, há investimento público a ser feito para “dar certo”? Não basta ir na concessionária, comprar o Elétrico, ainda que mais barato e com “todas as isenções possíveis” (há função social nisso?). Certamente o nosso “Etanol” ainda tem vida razoável, até porque já oferecemos isenções prá caramba para as Usinas de Etanol (para ter o combustível ecologicamente um pouco melhor, para gerar uns poucos empregos às custas de uma absoluta monocultura de cana de açúcar – mas já está feito, está precificado, já tem capacidade instalada. A Europa não tem nada disso e tem energia de fontes nuclear e termoelétrica – não entendo a lógica de eletrificar tanto – só se for para ficar livres dos árabes ou dos russos – mas nem por isso.). Depois do Etanol, ainda vamos ter vantagens com os híbridos e tecnologicamente crescer em direção aos elétricos. Só depois disso é que vamos saber se isso tudo vai dar certo. Os motores a combustão, apesar de pouco eficientes energeticamente comparados com os elétricos, ainda carregam a vantagem de levar a energia líquida no reservatório e de termos uma rede de abastecimento que está espalhada por todo o território. Ainda é muito mais real esse “mundo pé no chão”.

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Sergio Quintanilha 27 de fevereiro de 2023

Obrigado pelos comentários e pela educação. O artigo tem uma visão de longo prazo e não de algo imediato. O artigo tenta mostrar como seria o Brasil totalmente descolado de um mundo que já se decidiu a favor dos carros, queiramos nós ou não. Um abraço.

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Pe di cabra 27 de fevereiro de 2023

Boa noite.
Parabéns pela lucidez.

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Santiago 27 de fevereiro de 2023

Assino embaixo!!!

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Marley B Macedo 27 de fevereiro de 2023

Quando se fala em carro elétrico no Brasil, significa mudar toda matriz do dia pra noite? Não se pode é deixar de lado desenvolvimento tecnológico, é estúpido pensar que aqui não séria possível tal desenvolvimento, é de um raciocínio extremamente raso, definir como única possibilidade o etanol, vejo vários comentários de especialistas falando em termoelétricas, gostaria de saber de onde vêm tanto conhecimento de causa, acho que não passam de meras opiniões a mesa de boteco

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Carlos Motta 27 de fevereiro de 2023

Parabéns pelo artigo. Acompanho esse lobby da ANFAVEA desde que o Guido Mantega deixou de divulgar um projeto de incentivo ao desenvolvimento, projeto, produção e utilização de eletricos no Brasil por pressão do entãonpresidente da FIAT e da ANFAVEA. De lá para cá ganharam INOVAR AUTO e ROTA 2030 para supostamente fazerem carros mais eficientes com nosso dinheiro. Desenvolvemos uma empresa de tecnologia de mobilidade sustentável há 15 anos e afirmo que o Brasil poderia hoje estar em uma situação tão favorável quanto a Chinesa. Mas apesas de tudo sairemos do feudalismo se Deus quiser.

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Leonardo 27 de fevereiro de 2023

Nunca li tantas besteiras em um mesmo artigo. De um lado temos o CEO de um dos maiores grupos do mercado, do outro um jornalista que eu diria igual a muitos profissionais que conheço, se a Europa está fazendo vamos fazer igual. Se a Europa pular da ponte de cabeça, vamos na mesma direção? Não necessariamente o que se faz na Europa dará certo no Brasil, afinal nosso país é maior que o continente deles. Uma coisa bem simples, qual a vantagem de deixar de queimar combustíveis no motor de carros e queimá-los nas termoelétricas? Os carros elétricos não são solução, são trocar 6 por 3, comprar carros 100% elétricos é jogar dinheiro fora, é burrice. Híbridos ou flex ou mais eficientes, esse sim é o caminho. Ah, mais uma coisa, a guerra da Ucrânia jogou por terra essa falácia de carros elétricos, afinal não tem energia para abastecer. A Alemanha, principal idealizador desses baterias móveis proibiu a venda por falta de energia kkk

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Sergio Quintanilha 27 de fevereiro de 2023

Obrigado pelo seu comentário. Não concordo que sejam besteiras. Este jornalista, com mais de 30 anos de atuação na área, realmente não é nada perante um Carlos Tavares, mas tem independência insuficiente para analisar a situação do país e não sob o ponto de vista de quem desejar lucrar em qualquer situação. Consiodere também o poder de comunicação de várias montadoras unidas, que tentam criar uma onda a favor do etanol e contra o carro elétrico. Os motivos estão expostos no artigo. Um abraço, mas não precisa ofender ao discordar.

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Lucas 27 de fevereiro de 2023

Certíssimo. Etanol é muito mais limpo que carro elétrico. Nada se submundo.

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Armando 27 de fevereiro de 2023

O chefão faz lobby das suas montadoras, e o jornalista faz lobby do elétrico. No final só os dois ganham. Sinceramente ainda prefiro o nosso etanol,mais ecológico, mais seguro, melhor distribuido e muito mais gerador de empregos; empregos estes que geram renda para comprar carros.

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Armando 27 de fevereiro de 2023

Achava que era tinha sido só eu que interpretei muito odio a fala do rapaz em favor do Etanol. Faz total sentido o Brasil se libertar da eletrificação dos veiculos e se sustentar em combustiveis renovaveis e limpos.

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Paulo 27 de fevereiro de 2023

Exatamente. É curioso como não se fala sobre o destino das baterias e a origem da energia elétrica… Virá de termoelétricas???? A carvão ou nucleares?????? Nenhum ser humano racional é contra a conservação do planeta. Mas não dá para cair em modismos mal explicados. Carro elétrico é um deles.

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Alexandre 27 de fevereiro de 2023

Mas que problema o carro elétrico resolve no nosso mercado?

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Takeshi Matsubara 26 de fevereiro de 2023

Lamentável o comentário do jornalista. É claro que o jornalismo automotivo se cala, quando nós recebemos automóveis que usam aços de pior qualidade que os americanos, europeus e japoneses em sua origem. Da mesma forma como se calam quando os nossos veículos são reprovados nos testes do Latin N Cap, mas mesmo assim, falam maravilhas do carro. Neste caso específico, acho um exagero dos ecochatos, que tentam empurrar goela abaixo os carros elétricos como uma maravilha ecológica, quando todos sabemos que não é verdade. As baterias são pesadas e altamente poluentes, com metais pesados que degradam o ambiente. O etanol é de fato um combustível mais limpo, que não libera gases nitrogenados para o ambiente é que é um combustível renovável, cuja fonte de energia é o sol, através da fotossíntese. Querer misturar o desrespeito dos CEOs da indústria automobilística pelos chamados países emergentes, com automóveis de pior qualidade, com a questão da energia elétrica, é errado! O brasileiro deveria parar de pagar tão caro pelos nossos automóveis, ficar mais tempo com seu usado e esperar os preços baixarem, pois é inaceitável pagarmos oitenta mil dólares por uma porcaria como a Toyota SW4. O jornalista faria um trabalho melhor se questionasse essas questões, e não simplesmente defender os automóveis movidos a energia elétrica como se fossem a oitava maravilha do mundo. Não são!!!!

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Sergio Quintanilha 27 de fevereiro de 2023

Caro, em nenhum momento eu disse o que os carros elétricos são a oitava maravilha do mundo. O artigo apenas defende o direito do Brasil de criar, sim, como todo o resto do mundo, um mercado de carros elétricos. Este mercado vai existir e Carlos Taraves sabe disso; o que ser tenta – e eu combato – é retardar ao máximo essa realidade já imposta.

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LUIZ ADOLFO NOBRE RAMOS 27 de fevereiro de 2023

CONCORDO PLENAMENTE QUANDO VOCÊ FALA EM O BRASILEIRO DEIXAR DE COMPRAR CARRO POR UM BOM TEMPO, POIS NÃO SEI QUE CÁLCULO DOI ESSE DOS ÚLTIMOS DOIS ANOS, QUE UM POLO QUE CUSTAVA 55K HOJE COM OS MESMOS “OPCIONAIS” SAI A QUASE 90K, NÃO TROCO MAIS TÃO CEDO, ACHO QUE ESTAMOS VIVENDO COMO A 40 ANOS ATRÁS, ONDE SÓ A CLASSE MÉDIA ALTA SE DAVA AO LUXO DE TER UM CARRO RAZOÁVEL, CHEGA, NÃO FAÇO MAIS PARTE DESSE SISTEMA.

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Ritz Salerno 26 de fevereiro de 2023

Excelente Análise!
Cumpre observar que etanol acabou saindo um combustível bem caro. Assim como o GNV, começou com um preço ótimo e economia certa para o motorista.
Passaram a aproximar o preço da gasolina o que na minha opinião inviabiliza tanto o uso do GNV, quanto o do Etanol.
A tendência dos carros elétricos é o futuro, assim como a internet, injeção eletrônica e todas as evoluções.
A manutenção de um carro elétrico é bem inferior a de um carro a combustível fóssil. A bateria, seu custo de troca, tempo de recarga e autonomia são pontos que ainda estão em evolução, mas de fato não há como pensar em um futuro sem a eletrificação.
Cidades terão que se adaptar, mecânicos terão que se especializar e vida que segue. Isso é a evolução, não há como impedir a evolução.

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Paulo 1 de março de 2023

Além do aumento de preço do etanol. não podemos esquecer que somos obrigados a comprar uma “gasolina” com até 24% de etanol!!! O etanol está sendo vendido de qualquer maneira.

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Rodrigo 26 de fevereiro de 2023

A realidade brasileira é muito diferente da europeia e o CEO da Stellantis está corretíssimo.

1) Na Europa, os carros de passeio utilizam Gasolina e Diesel, combustíveis altamente poluentes;

2) O Brasil, possui a tecnologia Flex, que permite abastecer com Etanol, produzido de fonte renovável e com estudos que demonstram que seu nível de poluição é muito menor que o de toda a cadeia envolvida na produção do carro elétrico;

3) Crise Hídrica: o mundo e, em especial o Brasil, já vive uma crise Hídrica, onde as represas estão sempre com a sua capacidade abaixo do mínimo que se espera para não haver racionamento de água. Além do fato que várias regiões do Brasil não tem a sua capacidade autossuficiente de abastecimento;

4) Custos da Energia Elétrica: já existem várias bandeiras de cores criadas para explicar o custo altíssimo de distribuição. Quantas cores mais serão criadas e para quanto irá o custo da energia elétrica quando houver uma invasão de recarga de carros elétricos nas residências?

5) Infraestrutura: ao contrário da Europa, o Brasil possui dimensões continentais. Se as grandes cidades brasileiras ainda não tem uma infraestrutura decente para os carros elétricos, o qur dizer das regiões brasileiras menos desenvolvidas? Como será o dia a dia de um consumidor que comprar um carro elétrico nesses locais? Quais os impactos no trânsito, manutenção e mobilidade urbana das pessoas nesses locais se o carro parar por falta de carga?

6) Manutenção: carro elétrico não permite realizar manutenção na oficina do Zé da esquina… carro elétrico exige mão de obra especializada, ou seja, maior custo. Se o Brasileiro em geral já é relapso com a manutenção do carro a combustão, como será com os dos carros elétrico? Estarão devidamente isolados ou começarão.os casos de mecânicos mortos por curto-circuito ou explosão?

7) Custo da Bateria e Desvalorização dos Carros Elétricos: considerando a falta de infraestrutura e manutenção preventiva e corretiva adequada desses carros, a vida útil da bateria será reduzida, aumentando os custos exorbitantes para troca das baterias, o que ocasionará completa Desvalorização desses modelos é a rejeição para compra do usado;

8) Carro Bomba: conciliando todos os fatores acima, o carro elétrico será simplesmente uma bomba prestes a explodir, o que acarretará também o aumento de custos para segura-lo;

Conclusão: o carro elétrico é a pior invenção de todos os tempos.

Solucao: Carro Flex e.Hibrido, que não depende de tomada para recarga.

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Marcos Henrique 27 de fevereiro de 2023

Acho que as coisas caminham mais ou menos por aí, mas sem muita pressa. É preciso dar tempo para pesquisas, para mais discussão sobre os modelos a serem adotados. Não basta sair correndo atrás da inovação. É preciso ver a quem ela serve e quanto ela custa tanto no plano individual quanto no social. Cadeias produtivas, cadeias de manutenção, de fornecimentos de componentes, etc, etc… Não é apenas uma decisão de um ou dois CEO. Por detrás de todo esse laboratório estamos nós, os consumidores.

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Carlos Roberto Serrat de Oliveira 27 de fevereiro de 2023

Os interesses que europeus e norte americanos defendem representam apenas 16% da população mundial , onde prevalecem os interesses de bilionários. Na hora de substituir as baterias , com certeza , vão querer deposita – lãs em algum lixão do 3º mundo . E assim caminha a humanidade , ricos com ricos , pobres com pobres .

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José Carlos Lobo Barbosa 26 de fevereiro de 2023

Quem deve escolher os produtos são os consumidores e não os CEO’s das empresas!

Se o mercado demandar mais veículos híbridos plug-in e/ou mais veículos 100 % elétrico em comparação aos veículos com motor 100 % a combustão, então é o próprio mercado demandante que deveria ser o principal responsável pela definição da estrutura do mercado automotivo brasileiro!

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Hector Mikolov 26 de fevereiro de 2023

Exatamente!

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José Ricardo 27 de fevereiro de 2023

Quero ver como as futuras gerações vão fazer para reciclar as milhares de toneladas de lítio e chumbo que vão se acumular em tudo que é canto , ferros velhos, aterros , terrenos baldios, etc pois é muito caro a reciclagem dos íons de lítio tornando inviável economicamente atualmente
Lítio em mananciais pode perdurar por séculos poluindo os lençóis freáticos acho que o lob está a favor dos elétricos
De forma precipitada, gambiarra mesmo.

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Roberto 26 de fevereiro de 2023

O carro eletrico e inútil,caro, nao e ecologicamente correto, serve apenas para grandes centros, o alcool(etanol) e saida mais segura e ecologica.

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Luiz Fernando 26 de fevereiro de 2023

Acredito que o etanol é superior no caso brasileiro. Além disso há muitos insumos na fabricação dos VE que o tornam uma opção não tão sustentável quanto se propagandeia.Alem disso há o fato de se carregar torno de 1 tonelada de baterias que tornam a equação energética um pouco mais complicada. O preço dos veículos elétricos ou não também sofre através da interferência governamental. A stellantis só existe hoje por causa do Brasil. A companhia base da Stellantis é a Fiat que durante muitos anos sobreviveu única e exclusivamente devido à operação brasileira.

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Joilson Soaes da Silva 26 de fevereiro de 2023

Qualquer pessoa informada sabe que se a montadores europeias estivessem minimamente interessadas nos índices de poluentes teriam adotado o Etanol há muito, mesmo eles tendo lá o problema de baixíssima temperatura. O carro elétrico não faz sentido, pois as transferências de energia os faz menos eficazes (procure as razões na física). menos ainda na Europa. A razão do elétrico estar na moda é que apesar do discurso, é um carro muitíssimo mais barato de ser construído em razão de menor utilização de MO e de componentes além de um tempo de obsolescência muito mais breve, o que levará a médio prazo ao “rent” .

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Eduardo Loureiro 26 de fevereiro de 2023

Quer que continuemos no submundo dos carros para continuar a empurrar o lixo que não servem para eles na Europa.

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Elbe Thomé Filho 26 de fevereiro de 2023

Parece que o repórter colocou a tecnologia acima do meio ambiente, incluiu emoções de complexo de vira latas e mirou no ataque aos “malvadões da indústria” só que acabou comparando bananas com maçãs. Temos problemas de preços e qualidade dos veículos, que deve fazer parte de outra matéria, mas atacar o etanol e achar que a eletrificação é o futuro inquestionável é não olhar o cenário como um todo. Não podemos falar que carro elétrico tem zero emissões, pois a matriz de geração é transmissão tem q ser considerada, assim como a matriz de produção e destinação das baterias. Quando falamos do etanol, não podemos deixar de considerar que para emitir CO2 ele captura CO2 na fase de produção, tornando-se um combustível mais limpo que o elétrico no balanço final. Vejam essa matéria do próprio UOL: https://www.uol.com.br/carros/reportagens-especiais/etanol-x-eletricos/#cover

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Sergio Quintanilha 27 de fevereiro de 2023

Já que você não gosta de misturar bananas com maçãs, eu só digo uma coisa: ao vencedor as batatas, sabichão.

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ELBE THOMÉ FILHO 27 de fevereiro de 2023

Corretíssimo: ao vencedor as batatas!
E na minha humilde opinião acredito que o vencedor será o elétrico com célula de hidrogênio, abastecido com etanol ou GNV conforme a geografia, e sinceramente, a posição da Stellantis é totalmente em linha com os investimentos que estão fazendo, que não parece estar menosprezando o Brasil, pelo contrário, estão investindo na criação de tecnologia em parceria com o IPEN, que funciona na USP, dando apoio à um ecossistema de startups de tecnologia https://www.cietec.org.br/ipen-e-nissan/

pausa para outra matéria do UOL: https://autopapo.uol.com.br/curta/nissan-e-power-brasil/

Sobre misturar bananas com maçãs, eu gosto sim, não disse que não gostava, o ponto é que não dá pra identificar direito os sabores, pois vira uma salada de frutas. Apenas minha humilde opinião, não sou sabichão, apenas gosto muito de ler, aliás, achei um pouco grosseiro seu comentário.

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Rotta 26 de fevereiro de 2023

O chefão está certo. Não precisamos dos VE. Temos alternativas mais baratas e menos poluentes.

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Eduardo Rodrigo Dias 26 de fevereiro de 2023

Ainda que tenha sempre criticado a arrogância dos europeus, acredito que esta matéria é superficial. Não se trata somente de relegar o Brasil ao submundo dos automóveis, isso seria consequência e não causa. A Europa ocidental possui uma agenda ecológica agressiva cujo lobby tem o propósito real de diminuir a dependência de commodities de países como a Rússia, bem como garantir competitividade diante de países como China, Índia e até Brasil. Eles não tem filhos, não tem fazendas, não tem espaço, não tem minério, não tem clima, tem o diferencial tecnológico que preserva a qualidade de vida do europeu ocidental. Soma-se a isto que as reservas de lítio e outros minerais estão alocadas nos países dos quais a dependência é enorme. Há atualmente falta de componentes e o prognóstico futuro não é melhor: montadoras dos EUA, até mesmo a Toyota, apostam no hidrogênio. Portanto, é natural focar em mercados e nichos cujo retorno seja menos oneroso e menos incerto. A Europa já é elétrica. Os EUA podem ser. Dividir a expansão do mercado com a América do Sul não é somente algo a longo prazo, é perder poder de fogo a curto numa guerra cujo propósito é consolidar a tecnologia para consumo nas duas ou três próximas décadas. Isso se o risco se investirem bilhões na modificação de uma linha, fechar contratos com terceiras pra baterias no ABC e antes dos lucros compensarem, Bolívia parar de vender lítio, a gasolina chilena ou os carros a hidrogênio tomam mercado e os elétricos aqui virarem novas versões dos primeiros carros da JAC.

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Val 27 de fevereiro de 2023

Por isso vou comprar um carro com verdadeiro teto solar!

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Carlos Rodrigues 27 de fevereiro de 2023

Parabéns, análise correta com conhecimento de mercado atual e futuro. Na Europa já estão revendo o VE e analisando profundamente o hidrogênio. A guerra na Ukrania ajudou a repensar o mercado e a independência energetica. Como sua análise foi perfeita, tomei a liberdade de acrescentar esse tempero. Grande abraço.

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Sergio Quintanilha 27 de fevereiro de 2023

Caro Eduardo, óbvio que esta matéria é superficial. Trata-se de uma coluna semanal, que tem de levar em conta a pressa dos leitoires para chegar logo a um, final. Não se trata de uma tese de doutorado. Aliás, acabnei de escrevert uma e tem 431 páginas. Espero ter a honra de sua leitura quando for publicada. É sobre a transformação do automóvel como signo e boa parte trata dessa questão dos carros elétricos. Abraço.

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Nicolotti Equipamentos 26 de fevereiro de 2023

Baba ovo

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Rafael Levy 26 de fevereiro de 2023

Excelente matéria do jornalista! Enquanto outros países já aceitaram a incontestável dominância dos VEs, que claramente vão ser o futuro (são melhores em todos os quesitos), as montadoras tradicionais estão fazendo imenso lobby para tentar segurar e retardar ao máximo a entrada de VEs no Brasil.
Só nesse ano já se viu o movimento do setor para regular a autonomia divulgada dos VEs (somos o país onde os VEs são obrigados a serem vendidos com a menor autonomia divulgada do mundo) e o movimento da ANFAVEA para restringir a importação de VEs. Agora se soma mais esse pronunciamento da Stellantis.
Veremos o ano todo uma campanha deles para criticar carro elétrico e defender os carros a combustão. E mesmo assim o consumidor continua querendo mais carros elétricos…..

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Roberto 26 de fevereiro de 2023

O carro eletrico e inútil,caro, nao e ecologicamente correto, serve apenas para grandes centros, o alcool(etanol) e saida mais segura e ecologica.

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Waslon 26 de fevereiro de 2023

Parei de ler em “são melhores em todos os quesitos”! Vou citar alguns pontos contra os EVs: autonomia, preço de aquisição, durabilidade (baterias), tempo de reabastecimento, …

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Allan 27 de fevereiro de 2023

São melhores em todos os sentidos. A questão da autononia é só aguardar que.teremos boas suroresas nos próximos anos.

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Jose 26 de fevereiro de 2023

Que reportagem sem sentido, sem embasamento. Da pra ver que o caro jornalista não entende nada do que o mundo precisa. O carro a etanol é o mais eficiente do mundo em balanço energético well to Wheel.
Você precisa estudar caro jornalista, em vê de escrever besteiras ao vento.

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Sergio Quintanilha 27 de fevereiro de 2023

Com certeza eu preciso estudar, José. Você tem alguma escola para me indicar?

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Sandro César 26 de fevereiro de 2023

Excelente leitura da visão do Carlos Tavares, Sérgio, vc foi no ponto exato, eles produzem seus veículos a um custo razoavelmente baixo ( se contabilizarmos incentivo dos governos, isenções e o amortecimento dos ferramentais/estruturas), por isso não desejam investir em carros elétricos bem como a capacitação de seus colaboradores o que também eleva a folha.

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Abílio Augusto Kleinpaul 26 de fevereiro de 2023

Um País em que boa parte da população não tem saneamento básico e nem mesmo energia elétrica em suas casas, falar em veículos elétricos e na rede de abastecimento para a frota de veículos elétricos? Arquiva aí essa discussão para daqui as uns 20 anos!

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José Eduardo Pires Manara 26 de fevereiro de 2023

Nem tanto ao mar, nem tanto a terra gente. Carro elétrico é o futuro, e o melhor desenvolvimento da tecnologia deve baratear – lo e aos seus componentes. Este desenvolvimento trará maior autonomia a estes carros, calcanhar de Aquiles atual.Isto aconteceu TB nós primórdios do carro a álcool no Brasil, pois a Princípio o álcool utilizado corroía os componentes do caro, projetados que eram para gasolina. Houve então grande desenvolvimento, e hj temos o álcool consolidado. Durante este período, houveram muita escassez no fornecimento de álcool ou por safra infeliz ou por ganância dos produtores que TB o são de açúcar, e que qdo este está mais vantajoso para eles, direcionam a produção e nos deixam a ver navios. Elétricos estão nesta fase inicial, e sem dúvida alguma irão melhorar, e são escolha ideal para aqueles que tem possibilidade de eletrificação foto voltaica em suas residências, se tornando auto suficientes neste quesito. Caberá ao governo criar as condições de logística de abastecimento para ajudar a viabiliza – lo.
Agora, pelo amor de Deus este jornalista escreveu um artigo muito rançoso com opiniões pré conceituadas, sem se ater para a parcialidade que deverá nortear sua profissão.

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Sérgio Barbieri 26 de fevereiro de 2023

Gostei da análise. Nosso carro básico é uma vergonha. A relação custo x benefício é favorável apenas para o fabricante.

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Caíque Pereira 26 de fevereiro de 2023

Perfeito!!

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José Ricardo 27 de fevereiro de 2023

Quero ver como as futuras gerações vão fazer para reciclar as milhares de toneladas de lítio e chumbo que vão se acumular em tudo que é canto , ferros velhos, aterros , terrenos baldios, etc pois é muito caro a reciclagem dos íons de lítio tornando inviável economicamente atualmente
Lítio em mananciais pode perdurar por séculos poluindo os lençóis freáticos acho que o lob está a favor dos elétricos
De forma precipitada, gambiarra mesmo.

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Caíque Pereira 27 de fevereiro de 2023

É…usando etanol, em breve começaremos a destruir um pouco mais as matas, para, além de pastagens e plantação de soja, termos também áreas novas para canaviais…tudo na história mostra que com o desenvolvimento, as soluções aparecem.

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Clemente 26 de fevereiro de 2023

Obrigado Sergio. Direto ao ponto. Torcer para o governo não sucumbir a pressão dos lobistas.

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Rodrigo de Almeida 26 de fevereiro de 2023

Parabéns pela matéria corajosa e direta. É uma vergonha o lobby contrários aos veículos elétricos no Brasil. Temos energia elétrica limpa e baseada em fontes renováveis, matéria-prima e indústria automotiva. Que elas passem a fabricar os carros elétricos no Brasil. Isso, sim, reduziria os preços e, desenvolveria uma cadeia produtiva e mão-de-obra qualificadas para os trampos atuais e, muito importante, permitia ao Brasil retomar as exportações de automóveis que, praticamente, não existem mais em comparação com décadas anteriores. Tenho carro elétrico desde 2016. E é algo incrível. Caminho sem volta extremamente benéfico ao consumidor/usuário.

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Kelson 26 de fevereiro de 2023

A classe média brasileiro é uma coisa diferente. Também não tem tanta grana assim não. Maioria dos carros são financiados e a taxa de jogos brasileira estão lá a exosfera. O cara da Stellantis pode ser até ter aquele preconceito, mas também não está tão errado assim. O perfil de classe média adotado aqui não é o quanto o sujeito tem. De riqueza mas o quanto ele pode consumir. Se o sujeito faz dívida para consumir e se o juro é alto…. Nem vou entrar no mérito do etanol, pou como já dizia o cara da Gurgel, a terra é para produzir alimentos e não combustível.

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Alessandro 1 de março de 2023

Onde o amigo reside já que confirmou que tem carro elétrico? Deixa eu responder, deve morar no centro de uma das enormes megalópoles nacionais. Deve ser rico ou classe média alta também. Acorda cara!!!

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Luis Carlos Ferreira Marques 26 de fevereiro de 2023

Matéria tendenciosa, formador de opinião totalmente errônea, não merece créditos e muito menos atenção! Claramente tentou esturpar a entrevista do CEO Carlos Tavares impondo sua opinião totalmente equivocadas à induzir os leitores a uma campanha falsa contra as montadoras e mais uma vez, tentar fazer o brasileiro “pobre” de vítima de ações “nefastas” de países ricos. Comentário pífio.

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Edu 26 de fevereiro de 2023

Pior cego é oque não quer ver. Veja os carros que entregam aqui na América do Sul e oque tem na Europa, Ssia e Europa. Tá na hora de acordar para a vida rapaz…Somos explorados sim w muito o custo benefício no Brasil e vergonhoso até nos carros considerados premium retiram coisas básicas como mata acústica ou luz no porta luvas em carros de 170.000 se vc acha isso normal continue aplaudindo os Ceos e daqui a pouco você pagará $200.000 por um carro pelado..

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Sergio Quintanilha 27 de fevereiro de 2023

Caro Luís Carlos, confesso que fiquei curioso em saber o que significa “esturpar”. Mas, olha, seja lá o que for, eu não fiz isso com a fala do Sr. Tavares, não. Abraço.

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Luis Carlos Ferreira Marques 26 de fevereiro de 2023

Jornalista tendencioso, formador de opinião totalmente errônea, não merece créditos e muito menos atenção! Claramente tentou esturpar a entrevista do CEO Carlos Tavares impondo sua opinião totalmente equivocadas à induzir os leitores a uma campanha falsa contra as montadoras e mais uma vez, tentar fazer o brasileiro “pobre” de vítima de ações “nefastas” de países ricos. Comentário pífio.

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Luis Carlos Ferreira Marques 26 de fevereiro de 2023

Jornalista tendencioso, formador de opinião totalmente errônea, não merece créditos e muito menos atenção! Claramente tentou esturpar a entrevista do CEO Carlos Tavares impondo sua opinião totalmente equivocadas induzir os leitores a uma campanha falsa contra as montadoras e mais uma vez tentar fazer o brasileiro “pobre” de vítima de ações “nefastas” de países ricos. Esse jornalista é o bobo da corte!

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Edu 26 de fevereiro de 2023

Luis Carlos posso até discordar de que a eletrificação no Brasil, por causa da matriz elétrica bem como a destinação das baterias não seja a solução dos problemas. Mas daí a dizer que não é um absurdo o preço cobrado e oque é oferecido nos carros o jornalista está certo sim… Acho que faz muito tempo que o senhor não compra um carro zero ou então é um daqueles milionários que tem uma Ferrari, uma masserati ou porcentagem na garagem e quem tem menos que isso é pobre pelo seu raciocínio..Ai te pergunto quem é o bobo da corte??

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Edu 26 de fevereiro de 2023

Luis Carlos posso até discordar de que a eletrificação no Brasil, por causa da matriz elétrica bem como a destinação das baterias não seja a solução dos problemas. Mas daí a dizer que não é um absurdo o preço cobrado e oque é oferecido nos carros o jornalista está certo sim… Acho que faz muito tempo que o senhor não compra um carro zero ou então é um daqueles milionários que tem uma Ferrari, uma masserati ou porsche na garagem e quem tem menos que isso é pobre pelo seu raciocínio..Ai te pergunto quem é o bobo da corte??

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Roque José Webers 26 de fevereiro de 2023

Penso que o carro elétrico não é viável em poucos lugares do mundo, adianta ter carro elétrico e gerar a energia elétrica queimando gás ou carvão como ainda fazem em muitos países e aonde vão descartar as baterias? que são muito poluentes? Prefiro o etanol e sempre uso o etanol no meu.

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Mauricio 26 de fevereiro de 2023

O carro a álcool é infinitamente melhor que o elétrico, e no final das contas, é muito mais ecológico

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Leandro Martins Alves 26 de fevereiro de 2023

Trabalho em uma concessionária da linha Fiat e posso afirmar que estamos muito bem no mercado, essa visão do europeu sobre nós e os demais países da América não são de agora, não é questão de lobby, é estratégia de mercado, o Brasil é um dos maiores produtores de etanol do mundo, a migração da classe mais baixa para carros híbridos se dará com décadas após a Europa, isso se o país se adaptar na questão de impostos sobre os veículos e pontos de recarga dos híbridos

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Pedro Stein 26 de fevereiro de 2023

Tenho pra mim que os consumidores de países como o Brasil estamos ajudando os europeus a comprar seus carros elétricos. Os preços aqui estão subindo muito mais que o que acontecia antes, pra as montadoras não repassarem aos consumidores europeus 100% do que gastaram e estão gastando na eletrificação dos carros de lá. Quando lá eles estiverem na 3a geração dos carros elétricos, é que os elétricos da 1a geração começarão a ser massificados aqui… É a vida. Os mais pobres sustentam os mais ricos e ainda ficam com seus restos. É assim há muito tempo.

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Flavio Maia 25 de fevereiro de 2023

Carro limpo, só a combustão de hidrogênio gerado por usinas de fusão nuclear. Fora isso, é tudo enganação.

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Edu 26 de fevereiro de 2023

Perfeito em sua consideração. Simples e direto. Concordo contigo

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Cláudio Vaz de Moraes 25 de fevereiro de 2023

Típica visão dos executivos estrangeiros nesse ramo automotivo: geram enormes lucros nos empurrando o lixo que Europa, EUA, China, etc não querem mais economizando investimentos. Nos reduziram a “república de bananas” o que, de fato, nós somos, mas mesmos assim, sendo oriundos dessa “república de bananas”, eles querem vir aqui levar nosso dinheirinho muito suado para suas matrizes.

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Santiago 25 de fevereiro de 2023

Não acredito nos automóveis elétricos a bateria, pelas mesmas razões já expostas em vários comentários aqui.
No entanto discordo que simplesmente nos acomodemos nos atuais motores a etanol, sem qualquer inovação e evolução.
Para agora nós já temos, aqui no Brasil, a tecnologia hibrido-flex. a qual pode ser ainda mais aperfeiçoada, e também popularizada. Além das tecnologias a hidrogênio já em desenvolvimento.
Não devemos embarcar em questionáveis tendências impostas lá de fora, mas também não podemos ficar parados no tempo.

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Raul Felipe 26 de fevereiro de 2023

O mundo não tem energia elétrica suficiente para eletrificar 100% da frota automotiva, vira e mexe sempre tem uma crise energética, e isso pq não tem nem 50% da frota mundial alimentada por bateria, o futuro vai ser híbrido, 100% elétrico não tem energia elétrica para toda a frota mundial.

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Rafael Levy 26 de fevereiro de 2023

Faz uma conta básica que vai ver que está errado. Se todos os carros do Brasil fossem elétricos, o país precisa apenas de 10% a mais de geração de energia. O crescimento gigantesco da geração solar distribuída deve prover isso sozinho

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Waslon 26 de fevereiro de 2023

De onde vieram estes 10%?

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Renato Terreri 25 de fevereiro de 2023

O jornalista está totalmente equivocado. Foi muito infeliz no seu posicionamento. Popularizar o carro elétrico no Brasil mostra-se muito contraditório. Não temos capacidade elétrica para abastecer esses carros. Não temos logística elétrica para esses carros serem abastecidos fora das grandes capitais. Iríamos ter que construir hidroelétricas e/ou termoelétricas poluindo o meio ambiente sem falar no custo disso. Temos o etanol que em todos os comparativos vence eletricidade. Resumindo , carro elétrico é para europeu que depende do gás russo e para os americanos que tem sobra de fonte de eletricidade e uma rede de abastecimento toda desenvolvida. Para nós os números mostram claramente que o etanol é a solução.

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Marcos Gonçalves da Silva 26 de fevereiro de 2023

Concordo com sua linha de pensamento, Brasil não tem nem estrutura descente para caminhoneiros quem dirá montar uma estrutura toda para recarga de elétricos

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Rafael Levy 26 de fevereiro de 2023

Não esquece que quase todo lugar já tem energia elétrica e tomada. Não falta muito.

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Leo 25 de fevereiro de 2023

Dears – o comparativo do carro elétrico com o carro a Etanol não pode ser emocional, tem que ser técnico, e nesse quesito o Etanol é comprovadamente de menor impacto CO2 para o ambiente quando se mede o impacto de toda a cadeia e durante a vida. Quando se fala em carro elétrico parece que as pessoas esquecem que alem das baterias, o recarregamento de baterias também tem um impacto relevante. Se tem menor impacto no clima, se já está pronto, se tem cana de açucar em abundância e não compete com alimentação, o Etanol é a solução para o Brasil, vamos investir em aprimorar ainda mais essa tecnologia.

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João Alberto Tranquilini do Rio 25 de fevereiro de 2023

Quando Putin cortou o abastecimento de gás natural para a Europa, lembrando que esse gás é utilizado na produção de ENERGIA ELÉTRICA para um continente que não dispõe de energia renovável e limpa, o Sr. Macron solicitou (determinou) que os proprietários de carros elétricos tirassem o plug da tomada.
Sério isso mesmo que ninguém está pensando o que significa, por exemplo, 250.000 carros elétricos, à noite, recarregando suas baterias de íons de lítio, super venenosas, no sistema de rede de distribuição de energia elétrica brasileira????????
O lobby da indústria de automóveis elétricos é tão influente e poderoso, assim como sempre foi o da indústria automobilística, que aliás, é o outro lado da mesma moeda, para cegar, mais uma vez, a população mundial????
Não preciso repetir os comentários mais que ponderados do quão descartável é o carro elétrico. E vai ser descartado na caixinha do supermercado mais próximo????
Acho que não… Que visão do inferno deve ser um ferro velho lotado de carros elétricos e suas baterias inúteis.
Mudo minha opinião se houver recarga via painel solar, ou outro meio qualquer, de uma bateria sem componentes venenosos. E barata.

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Ronaldo 25 de fevereiro de 2023

Só visam o próprio benefício,

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Klester 25 de fevereiro de 2023

Oque tinha que acontecer é ninguém mais comprar estes lixos mal projetados que eles empurran nos brasileiros ..verdadeiras sucatas com assistência 0 .ele deveria de se preocupar em fazer um carro de qualidade ao invés de fazer de pouco de seus clientes!!

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Edu 26 de fevereiro de 2023

Concordo em gênero número e grau. Perfeito!

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João Silveira 25 de fevereiro de 2023

Parabéns pela coragem em enfrentar a(s) líder(es) de mercado – Stellantis e VW. A afirmação de Tavares foi equivalente a dizer que o Brasil tem DVD, e por isso não precisa de Netflix. Querem nos prender a um plantation que vem desde a época de Cabral, enquanto o Norte desenvolvido em algumas décadas desfruta de carros elétricos, autônomos, abastecidos com energia de fusão nuclear. Curiosamente, todo este entusiasmo por estas 2 marcas incumbentes surgiu depois do anúncio da 2a etapa do Proconve L8, que trará limites de emissões tão baixas quanto as da EU e UE. A questão não é mais etanol vs gasolina, e sim, motor a combustão interna vs. elétrico. Etanol e gasolina pareciam rivais, mas hoje são aliados defendendo o passado. E sobre o suprimento de etanol, é confiável sim, vide os anos 80. Para concluir, todos os cálculos que afirmam que o etanol emite menos que um EV não consideram a mudança do uso do solo necessária para plantação de cana (e milho, já 15% da safra nacional de etanol), tampouco a mudança indireta causada, adicionando pressão a novas áreas em fronteiras agrícolas. Para quem quiser ler uma análise isenta de lobby, segue um paper da FGV que aborda justamente esta questão. https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/27746/fgv-epge-ensaio-economico-807.pdf?sequence=5&isAllowed=y Spoiler: No Brasil, a área adicional de etanol leva 15 anos para igualar as emissões de gasolina. Ou seja, estamos indo na contramão ao incentivar etanol da mesma forma que na época de Mauricio de Nassau. Aumentar produtividade que é bom, ninguém quer…

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Lafayette Magalhaes 25 de fevereiro de 2023

Stellantis erra ao frear a chegada dos EV’s pous em pouco tempo esses carros chegarão aos preços dos veículos a combustão e nesse dia o consumidor terá acesso a um carro com baixíssimo custo de manutenção

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Alexandre Mendes 25 de fevereiro de 2023

Declaração preconceituosa e infeliz desse senhor, Carlos Tavares.
O que falta, no Brasil, é benefícios para carros elétricos, incentivos para que os tem e para quem dá suporte para se ter um. Falta baratear o custo, o imposto e muitas outras coisas.
Mas falta, mais ainda, parar de “baixar as calças” para empresas que têm CEOs com inteligência limitada e retrógrada. Acabo de iniciar uma campanha: NÃO à FIAT/JEEP…(Peugeot e Citroen já não valem a compra por si só).

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Israel Marques Batista Sampaio 25 de fevereiro de 2023

Resumindo, o cara é um bom executivo, mas é um cuzão.

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Rodrigo 25 de fevereiro de 2023

Ele está certo! O Brasil não tem capacidade de suprir a energia elétrica nem para as necessidades básicas do ser humano, quanto mais para carros…

Por outro lado, o Etanol é sim uma fonte renovável e muito menos poluidora que toda a cadeia envolvida na produção, manutenção e descarte das baterias dos carros elétricos.

Na Europa, essa apologia ao carro elétrico faz muito mais sentido justamente por conta da liberação de Diesel para os carros de passeio, o que aumenta os índices de poluição, mas no Brasil, não.

Paralelamente a tudo isso, os apologistas e Pseudo-entendidos que defendem o carro elétrico, esquecem de alguns detalhes muito importantes da nossa realidade brasileira:

1) Alto custo da Energia Elétrica: se hoje, já existem inúmeras cores de bandeiras para justificar o preço exorbitante da energia elétrica, para quanto irá o custo de energia quando houver a invasão de recarga de carros elétricos?

2) Crise Hídrica: já vivemos uma crise Hídrica no Brasil, onde os níveis dos reservatórios estão sempre abaixo do mínimo da margem de segurança para o consumo de água da sobrevivência humana…. para quanto irá esse consumo para suprir a elevação do consumo de energia para recarga de carros?

3) investimentos: qual o valor total de investimentos necessários para criar uma infraestrutura confiável e condizente com as dimensões continentais do Brasil para suprir a assistência, manutenção, pontos de recarga e, novamente, compensação do aumento de consumo de energia X escassez de água dos níveis dos reservatórios das represas?

4) Custos de Manutenção: não é qualquer Zé Roela que poderá fazer a manutenção de um carro elétrico… logo, mão de obra especializada = maior custo de manutenção

5) Carros Bombas: o Brasileiro já é naturalmente relapso com a manutenção dos carros… considerando o nível de Especialização e Custo de Manutenção do carro elétrico, o Brasileiro simplesmente não fará a a manutenção adequada e o carro elétrico se tornará uma bomba literalmente, trazendo riscos no trânsito e no seu entorno.

6) Custos para substituição da bateria X desvalorização do carro X falta de manutenção adequada: novamente, a combinação de todos os fatores acima só trará um resultado: o carro elétrico será uma bomba para manter e vender.

Conclusão: o carro elétrico é a pior invenção de todos os tempos.

Solucao: Carro a Etanol ou Híbrido

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Fred Jorge 25 de fevereiro de 2023

Já fomos privado do carro a diesel e agora vem com esse papo de que carro elétrico não é pra nós. Se o carro a álcool fosse bom não precisa do combustível a gasolina.

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Hemerson Pinho 25 de fevereiro de 2023

A postura do executivo da Stellantis pode até ser considerada dura por alguns, mas não julgo preconceituosa. Simplesmente ele foi friamente realista. Um dos motivos é que o carro elétrico para o Brasil, acredito, ainda é uma incógnita para o momento. Também sabemos que culturalmente o brasileiro também não digeriu bem o conceito. Qualquer apaixonado por carros adoraria dirigir um V-8 com tração traseira. Eu mesmo odiaria (Sim, eu disse que odiaria) não ter a opção de um carro movido exclusivamente a combustão. Desculpe, mas discordo dos argumentos deste texto.

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Eduardo Daher Chedier 25 de fevereiro de 2023

Análise errada do jornalista.
Lobby é o que existe hj na Europa a favor dos EVs.
Carlos Tavares vem sendo coerente, assim como a ACEA, que a opção EV não pode ser única por decreto.
Sugiro que o jornalista veja o estudo publicado da AEA sobre emissões de CO2 no conceito poço a roda.
Autopapo está na direção errada.

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Fernando 25 de fevereiro de 2023

Concordo totalmente com a afirmativa, os carros movidos a etanol emitem uma baixíssima quantidade de CO2 na atmosfera, além de serem mais práticos que um veículo elétrico. É inviável utilizar o veículo elétrico para viagens acima de 300km. Além disso o carro elétrico é de certa forma descartável, uma vez que ao término da vida útil da bateria a sua substituição é financeiramente inviável, uma vez que o conjunto de baterias seria mais caro que o próprio veículo.

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WUENDEL CERUTTI DA SILVA 25 de fevereiro de 2023

Brasil não costuma ter energia nem pra indústria , quem dirá pra carros .

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Rotta 26 de fevereiro de 2023

Concordo. O chefão está certo. Não precisamos dos VE. Temos alternativas mais baratas e menos poluentes.

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Gentil Boscolo 25 de fevereiro de 2023

Renda per capita Brasil: pouco mais de $13 mil dolares.
Renda per capita US/Alemanha/Franca/China etc: acima de $ 50 mil dolares.
Isso ja diz muito sobre o tamanho do mercado de veiculos eletricos no Brasil/Am.Sul.
Sou a favor, sim, dos veiculos elétricos, mas acho pouco provável que o Brasil tenha condicoes de dar escalabilidade a essa tecnologia.

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Sibres 25 de fevereiro de 2023

Os europeus e que precisa mais de carros com combustível gasolina e diesel e são líderes de poluição no mundo

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Geraldo 25 de fevereiro de 2023

Carro elétrico é mais poluente e em países como o nosso inviável. O tempo dirá.

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adinaldo mundim 25 de fevereiro de 2023

A mais pura verdade, o Brasil não precisa de carros elétricos, com seu vasto território, presidida sim, de carros a álcool, afinal, o que tem de terras improdutivas, daria pra plantar cana e movimentar toda a frota nacional…

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adinaldo mundim 25 de fevereiro de 2023

Sem esquecer, claro, que os elétricos são DESCARTÁVEIS, pifou a bateria, joga o carro fora e compra outro novo, pois pelo preço da bateria, é melhor comprar um carro novo…ou seja, está muito longe da realidade brasileira.

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Luis Esteves 25 de fevereiro de 2023

Análise perfeita. Parabéns!

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EDER 27 de fevereiro de 2023

Perfeita a análise 👏👏👏

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