Conecta Autos 2024 discute tendências do mercado de veículos e mobilidade

Evento em São Paulo, promovido pelo Grupo OLX, trouxe novidades sobre o comportamento do consumidor do automóvel

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O Grupo OLX apresentou novidades que servem como um “termômetro” para o mercado de venda de veículos (Foto: Vitor Matsubara | AutoPapo)
Por AutoPapo
Vitor Matsubara, especial para o AutoPapo
Publicado em 28/06/2024 às 10h34

As tendências do mercado de veículos no Brasil estiveram em pauta no Conecta Autos 2024, evento realizado na última quarta-feira (26) em São Paulo (SP).

Em sua quarta edição, o evento realizado pelo Grupo OLX reuniu especialistas do setor automotivo e outros segmentos que apresentaram informações sobre tendências, tecnologia, marketing e gestão que estão em alta para 2024.

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O Grupo OLX apresentou novidades que servem como um “termômetro” para o mercado de venda de veículos. Uma delas é a estreia do índice regional de veículos usados da OLX, que é aferido em parceria com a Fenauto (Federação dos Revendedores de Veículos Usados) e inicialmente abrange a região Sudeste do país.

Ele é realizado por meio do cruzamento de indicadores de demanda na plataforma OLX e de venda compilados pela Fenauto. A categorização acontece pelo tipo de carroceria (hatches, SUVs e sedãs) e idade do veículo (de 0 a 3 anos, de 4 a 8 anos, de 9 a 12 anos e mais de 13 anos).

Cliente que compra carros não é mais o mesmo

Identificar as preferências do consumidor é importante para quem vende carros.  Um estudo realizado pela consultoria KPMG aponta que o comportamento de quem compra um carro mudou radicalmente nas últimas décadas.

“O consumidor não quer ter um veículo apenas como meio de transporte, e sim sentir uma experiência a bordo do carro. Isso justifica a importância da conectividade e dos sistemas multimídia”, afirmou Ricardo Roa, sócio líder do segmento automotivo da KPMG.

Além de estar mais receptivo às tecnologias embarcadas, como sistemas de entretenimento e recursos de conectividade, o estudo diz que o consumidor brasileiro também está receptivo às novas tecnologias de eletrificação – leiam-se carros híbridos e elétricos.

Até a famosa ideia de enxergar o automóvel como um bem já não é mais a mesma. “Hoje o consumidor não quer apenas ter o carro como uma propriedade, e sim como uma experiência, inclusive por meio das novas modalidades de venda de veículos, como o modelo de assinatura”, disse Ricardo.

Problemas de mobilidade podem ameaçar o setor

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Apesar de abordar as tendências para o mercado automotivo com foco no varejo, o evento também abriu espaço para outros importantes assuntos ligados ao mercado automotivo.

Um dos temas abordados durante o Conecta Autos 2024 foi a mobilidade urbana, um dos grandes problemas nas principais metrópoles brasileiras, como São Paulo. A capital paulista, inclusive, foi citada como um exemplo negativo.

“A raiz do problema em uma cidade com problemas de mobilidade urbana como São Paulo está no planejamento urbano. As cidades saudáveis se desenvolveram distribuindo o trabalho para regiões distintas em vez de concentrá-los em um só lugar”, ponderou Sérgio Avelleda, sócio-fundador da Urucuia: Mobilidade Urbana e coordenador do núcleo de mobilidade urbana do Laboratório Arq. Futuro de Cidades do Insper.

Avelleda, que já foi secretário municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo e presidente do Metrô de São Paulo, ressaltou que a transição energética na frota brasileira deve acontecer urgentemente, mas com cautela.

“Precisamos estar na mesma página da iniciativa global porque os problemas ambientais estão se agravando de forma intensa. Então é preciso acelerar essa transição se quisermos que o nosso produto (automóvel) continue sendo bem aceito pela sociedade. É necessário ter incentivos para as empresas e consumidores porque a transição (energética) é cara. Essa urgência demanda ações governamentais diretas”, afirmou.

O especialista em mobilidade acredita que, caso o cenário atual não mude rapidamente, o automóvel pode sofrer rejeição em um futuro breve.

“Hoje a consciência ambiental na sociedade (no Brasil) ainda não é grande como em outros países, mas ela vai chegar em todos nós, ainda que por outro motivo que não seja o sofrimento. Ou a gente enxerga o carro integrado aos demais meios de transportes ou o congestionamento vai afugentar os clientes”.

Automóvel é o meio mais seguro

O Conecta Autos 2024 também foi palco da apresentação da Pesquisa Tendências do Consumidor – Mobilidade Urbana, elaborada pelo Data OLX Autos, solução de inteligência automotiva do Grupo OLX.

Segundo a empresa, o estudo foi feito para “identificar o comportamento e preferências do público relacionado à mobilidade nos centros urbanos”.

A pesquisa mostrou que o carro é utilizado frequentemente por 63% dos entrevistados e que o automóvel é o meio de transporte em que as pessoas se sentem mais seguras, com 73% dos votos.

Os aplicativos de mobilidade foram lembrados por 64%, à frente dos táxis (53%) e do deslocamento a pé (51%). Por outro lado, a motocicleta é o meio de locomoção que os entrevistados se sentem menos seguros, com 47% das respostas.

Depois do automóvel, o deslocamento a pé é o segundo meio de transporte mais utilizado pelos entrevistados com 20% das respostas. Curiosamente, trem/metrô e táxi foram os menos citados para uso frequente, com 3% e 1%, respectivamente.

Questionados sobre o tempo de deslocamento para a principal atividade do dia, 35%dos respondentes levam até 30 minutos para chegar ao seu destino, 25% demoram entre 31 minutos a 1 hora e 12% de 1h a 1h30.

A pesquisa quantitativa online foi realizada pelo Data OLX Autos entre os dias 23 de maio e 3 de junho. Foram 2245 pessoas entrevistadas, sendo 92% do sexo masculino e 8% do sexo feminino.

Separando os respondentes por classe social, pouco mais da metade (52%) eram da classe B, 31% da classe C, 7% das classes D/E e 10% da Classe A.

Em relação à faixa etária, 54% pertencem à Geração X, 32% da Geração Y, 8% da Baby Boomers e 6% da Geração Z.

Dos entrevistados, 40% são da região Sudeste, 28% da região Nordeste, 13% do Centro-Oeste, 12% moram no Sul e 7% no Norte.

A maioria é casada (69%), possui filhos (77%) e trabalha presencialmente todos os dias (49%). 80% dos entrevistados possui automóvel e, entre os respondentes, 74% possui carro e 29% tem motocicleta ou motoneta.

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