Erros se repetem nas resoluções e decisões sobre o trânsito

Não bastassem os erros e recuos do Contran e do Denatran em relação a vários temas, ainda há questões no campo de cogitação

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Por Fernando Calmon
Publicado em 07/03/2019 às 19h45

Nos últimos tempos, principalmente entre 2014 e 2018, Contran e Denatran vêm tomando decisões equivocadas e até atrapalhadas por meio de resoluções que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), têm força de lei.

Não bastam os erros e recuos em relação a vários temas, como o das novas placas no padrão Mercosul. Depois de mais de um milhão de carros circulando, é inacreditável acenar com outra reviravolta só para identificar município e Estado de origem. Argumentação muita fraca: teria sido pedido pelas polícias para facilitar a identificação. Na União Europeia circulam mais de 250 milhões de veículos e apenas o país é reconhecido por letras. O sistema anterior de plaquetas, com nome do município e sigla do Estado, só gerava gastos desnecessários e mais burocracia.

No capítulo dos “arrependimentos”, o novo presidente do Contran, Jerry Adriane Dias Rodrigues, acaba de revogar a resolução 706, de 25/10/2017, que regulamenta aplicação de multas para pedestres e ciclistas. Está no CTB desde sua promulgação, em 23 de setembro de 1997. Mesmo bem difícil de cobrar os infratores, podia ser grande aliada por seu efeito educativo. As justificativas são inconsistentes e confusas.

Está ainda em discussão a extensão da validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de cinco para dez anos. Antes se precisariam estudar as estatísticas, mas o bom senso indica como razoável a renovação aos 30 anos e 40 anos de idade do portador e, acima disso, voltar ao intervalo de cinco anos.

Há outra questão no campo de cogitação. Aumento da pontuação, de 20 para 40, que implique suspensão da CNH. A possível nova referência parece razoável, no caso específico de motoristas profissionais, pois rodam muito acima da média. No caso de amadores poderia subir para 25 ou 30 pontos, por uma simples razão: o sistema atual mistura indevidamente infrações de trânsito e administrativas.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, existe rodízio por finais de placas em dois períodos do dia, de segunda a sexta- feira, sem fins ambientais. O motorista recebe a mesma pontuação de uma infração comum. Combater engarrafamentos com multas é absurdo.

Existe ainda a intenção de dispensar o uso de simuladores de direção, nos Centros de Formação de Condutores. Há cerca de 7.000 deles instalados no Brasil. Em pelo menos 20 países são obrigatórios ou de uso facultativo. Completamente sem sentido desativar ou desestimular sua utilização. Funcionam como aulas pré-práticas e cumprem papel didático importante. Ajudam, inclusive, no aspecto psicológico para parte dos alunos que têm receio de guiar um automóvel pela primeira vez.

simulador de direção: equipamento permite que motoristas em formação vivenciem situações adversas e/ou perigosas de trânsito em um ambiente seguro


Trata-se de raciocínio simplório considerá-los apenas como jogo de computador. Tais equipamentos simulam situações adversas e/ou perigosas de trânsito em um ambiente seguro, especialmente sob condições de baixa visibilidade (à noite, chuva ou neblina). Os alunos também desenvolvem primeiras noções de percepção de risco, inclusive de velocidades absoluta e relativa. Podem perceber quando devem acelerar para evitar tornar-se um estorvo no trânsito e ao mesmo tempo respeitar os limites, além de explorar aspectos de direção defensiva.

Alta Roda

PORSCHE admitiu que a próxima geração 100% elétrica do Macan, prevista para 2022, conviverá com a versão de motor a combustão. Trata-se de recuo sobre seu comunicado da semana passada, admitido apenas depois de questionada. Não se pronunciou se fará apenas “retoques” no modelo atual. É natural clientes do Macan sentirem-se em dúvida.

CARLOS GHOSN, ex-executivo-chefe da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, pagou fiança de US$ 8,9 milhões (R$ 34 milhões) à Justiça do Japão para aguardar em prisão domiciliar o julgamento das acusações sobre desvios administrativos na Nissan. Ele deverá permanecer no país até o desfecho da ação. Ghosn reafirma sua inocência e espera poder prová-la aos juízes.

STATION Audi Avant RS 4 é para quem quer exclusividade, sem perder substância dentro da escola alemã de alto desempenho. Exemplo: 0,7 cm mais baixo que o sedã RS 4. Com 450 cv e nada menos de 61,2 kgfm, acelera de 0 a 100 km/h em apenas 4,1 s contra 3,9 s do cupê RS 5 (mais leve, mesmo motor V-6, de 2,9 litros, turbo). Preços de coçar a cabeça: R$ 546.990 e 556.990 (cupê).

VW T-CROSS 1,4 turbo, no uso diário, surpreende não apenas por acelerações fortes, mas pelo comportamento geral tanto em piso ruim quanto bom. Passageiros no banco de trás têm bastante espaço para pernas, além de saídas de ar-condicionado. Posição do encosto traseiro mais ereta a fim de aumentar volume do porta-malas incomoda um pouco, em percursos mais longos.

CONTROLE de funções por gestos já não é novidade. Mas que tal utilizar IA (Inteligência Artificial) para abrir a porta do carro apenas com um sorriso? Pois a Mindtronic, de Taiwan, desenvolveu exatamente isso e mais: aprender com o humor e as preferências do motorista para criar seu perfil. Daí passa a sugerir atividades, paradas ou restaurantes no seu caminho.

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6 Comentários
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Suely 21 de maio de 2019

Esse papo de mudar os automóveis para motorcasa, diz ser lei. Aonde??? Só em Sta Catarina e RS. Aqui na capital SP ainda não entrou no sistema . Acho isso um absurdo.Como fazer??? Mudar para outro estado!!!! transferir meu equipamento????

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Suely 21 de maio de 2019

Esse papo de mudar os automóveis para motorcasa, diz ser lei. Aonde??? Só em Sta Catarina e RS. Aqui na capital SP ainda não entrou no sistema . Acho isso um absurdo.Como fazer??? Mudar para outro estado, transferir meu equipamento???? Aguardo resposta

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Suely 21 de maio de 2019

Esse papo de mudar os automóveis para motorcasa, diz ser lei. Aonde??? Só no Sta Catarina e RS. Aqui na capital SP ainda não entrou no sistema . Acho isso um absurdo.Como fazer??? Mudar para outro estado, transferir meu equipamento???? Aguardo resposta

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Gabriel 8 de março de 2019

Sou da época que os carros tinham placa amarela… hoje tenho 37 anos. Acho um absurdo se eu for comprar um carro usado teri que por a placa Mercosul. A placa deve ser do carro até o fim da sua vida útil ou a placa deve ser do cidadão. Quem perde é o povo em dinheiro e em tempo com a burocracia de ter que trocar de placa desnecessariamente.
E outra dizer que ajuda na identificação dos carros que cruzarem a fronteira é balela… pois nunca vou cruzar a fronteira e os carros que foram roubados na minha família a polícia não achou um deles e o outro foi achado no ABC Paulista… duvido que vão achar carro roubado nos países vizinhos ao Brasil.

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PAES 7 de março de 2019

Como pode dizer que é um argumento”fraco” a polícia pedir para ter Estado e Município. Você é leigo no que escreve pois nos policiais precisamos sim saber pois facilita muito o trabalho do dia dia. Que não é nada fácil. Mas não posso dizer o que nos ajuda, mas poderia se informar em qualquer órgão de segurança.

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Fernando 7 de março de 2019

O unico lugar do mundo que tem nome de município em placa é aqui. Na hora de aplicar a multa anota-se o numero da placa. Então porque cargas dagua precisa do nome do muni ipio? Já sabemos a resposta: ARRECADAR. Você troca de cidade e tem q pagar taxas e mais taxas. Piada voltar atrás. Alias, é o que esse governo mais faz. Governo FAKE NEWS. Tudo é só pra ingles ver.

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