Fatal para os cachorros, essencial para o carro: o que é o etilenoglicol?

Morte de cães em MG e SP pode estar relacionado a presença do componente químico em petisco; onde ele é usado no carro?

cachorro na janela motor etilenoglicol
Fluido de radiador não usa água pura (Foto: Shutterstock)
Por Boris Feldman
Publicado em 02/09/2022 às 17h45
Atualizado em 02/09/2022 às 19h08

O mesmo etilenoglicol que está – com certeza – em seu carro, está matando cães, a maioria em Minas Gerais. Aliás, foi no mesmo Estado que um álcool semelhante, o dietilenoglicol provocou problemas graves e até a morte de muitos que tomaram a cerveja Backer, há mais de dois anos.

Diversos cães foram internados em Minas e São Paulo com insuficiência renal e alguns morreram. A suspeita inicial nos laudos da policia é a presença de etilenoglicol em petiscos especiais para cachorros da marca Bassar.

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O que é etilenoglicol

O etilenoglicol é um álcool utilizado no sistema de arrefecimento do automóvel, misturado numa proporção de 50% com água, para elevar o ponto de ebulição ou dificultar seu congelamento.

Quanto mais elevado o ponto de ebulição, mais difícil da água ferver quando há um superaquecimento do motor. Já no caso do carro estar rodando numa região de temperaturas muito baixas, o etilenoglicol evita o congelamento do líquido no sistema de arrefecimento.

O dono do carro pode produzir, ele mesmo, o fluido para completar ou trocar no carro. Em geral, a especificação do fabricante é de 50% de água pura e 50% do etilenoglicol encontrado em farmácias. Mas, justamente para evitar o risco de ser indevidamente ingerido, é preferível comprar o fluido pronto, já misturado na proporção correta, comercializado em postos, oficinas e lojas.

Quando trocar o fluído do radiador

Uma desatenção comum do motorista é não substituir o liquido do sistema de arrefecimento no prazo recomendado pelo fabricante, em geral a cada dois anos. Outro vício comum é de completar o líquido do sistema apenas com água: depois de repetidas vezes a proporção do etilenoglicol se reduz e perde o efeito.

Então, o resumo da ópera é que tanto o dietilenoglicol como o etilenoglicol são utilizados na indústria, nos automóveis, mas recomenda-se máximo cuidado com seu manuseio pois são altamente tóxicos.

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