Carro elétrico? Não! Aposte em um híbrido plug-in

A indústria vive uma fase de transição entre o carro a combustão e o elétrico; no Brasil há críticas pela morosidade, mas o híbrido é o melhor negócio

Uma das maiores diferenças entre híbrido comum e o plug-in está na autonomia da bateria
Bateria de um carro híbrido plug-in garante autonomia para ir e voltar do trabalho (Foto: Shutterstock)
Por Boris Feldman
Publicado em 15/01/2023 às 15h03

O mundo inteiro corre atrás do automóvel elétrico, e muitos cobram a mesma coisa do Brasil. Todos os dizem que estamos indo muito devagar nessa corrida pela eletrificação dos automóveis. Mas eletrificação é uma coisa, carro elétrico é outra.

“Como assim?” Vamos começar explicando que o carro elétrico é aquele que só tem baterias. O eletrificado é o carro que tem o motor elétrico com bateria, mas tem também o motor a combustão.

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Se o problema é meio ambiente, grande parte dos combustíveis que consumimos está concentrada no etanol, que tem muito baixo teor de carbono. E, por isso, ele não contribui tanto quanto a gasolina para o efeito estufa.

Então, nós já temos essa vantagem no Brasil, o motor flex e o uso do etanol. Aí veio outro problema para o brasileiro do carro elétrico que é o seu custo: as baterias ainda custam demais.

O carro elétrico ainda custa muito mais que o seu correspondente com motor térmico, ou a combustão. Então, um bom carro elétrico hoje começa aí de R$ 250 mil, os carros elétricos mais baratinhos são R$ 150 mil a R$ 160 mil É um custo muito alto e que dificilmente o brasileiro terá o poder de compra para levar um elétrico para casa.

Mesmo que você tenha muito saldo bancário para comprar um elétrico de R$ 300 mil, R$ 400, mil você vai se defrontar com um problema. Qual? Carregar!

Se você não está em casa para carregar o seu carro, aliás, se você tiver um apartamento já complica, quando digo casa é casa mesmo. Se você sai para fazer uma viagem, você tem que planejar essa viagem, você não sabe aonde vai ter o eletroposto, o carregador.

Híbrido plug-in

E em um país com dimensões continentais como o Brasil, complica ainda mais. Na Europa você pega um carro anda 100 km atravessou três países, às vezes. No Brasil, você anda 100 km e não saiu de casa. Então, tem esse problema para o carro elétrico. Vai rodar uma quilometragem muito alta com dificuldade de carregar. Então, qual que seria o carro elétrico ideal para o Brasil?

O híbrido plug-in. “O que vem a ser isso?” Tem um motor elétrico, tem um motor a combustão. Esse motor elétrico, como é plug-in, você carrega na tomada à noite, no dia seguinte ele tem carga para andar 50 km, 60 km eletricamente. Mas também se acabar a bateria, tanto faz, você tem um motor a combustão. Por isso ele é um híbrido.

Mas não é barato também, são carros que custam entre o carro a combustão e o carro elétrico, porque ele tem bem menos bateria, mas em compensação ele tem dois motores. Tem um elétrico e tem o motor a combustão.

Por enquanto, em uma fase que eu chamaria de transitória, o ideal, no Brasil, na minha opinião, é o carro híbrido plug-in. Pois ele te dá carga na bateria para andar o dia inteiro e se você precisar de fazer uma viagem maior você vai no posto e abastece.

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4 Comentários
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Jorge Nicolau 16 de janeiro de 2023

Eu concordo com o “AIRPLANE”, acredito que o primeiro passo é migrarmos para os híbridos não plug-in. Tem muito mais opções e opções mais interessantes para encarar longas viagens.

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Joaquim 15 de janeiro de 2023

Uma dúvida… Qto tempo o autor usou o carro elétrico?
Ou devemos entender q a matéria não tem profundidade, é apenas um palpite.
Pois questões como km diária percorrida, distância dos deslocamento mais longos, local onde usa (infra estrutura) e perfil do usuário, velocidade média, entre outros, são questões básicas para se chegar a uma definição de adequação/indicação de uso.

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Diogenes 9 de julho de 2023

Joaquim, creio que você esteja com a razão quando diz que as variáveis são muitas para se definir qual seria a melhor opção mas entendo que a intenção do autor foi dizer que num país continental como o Brasil, onde temos um pedaço com bastante infra e outro pedaço (muito grande) com pouca ou nenhuma infra para carros elétricos, o ideal seria ter-se a opção de, não havendo como carregar as baterias, simplesmente para-se num posto de combustível e abastece-se com álcool ou gasolina e pronto. Segue viagem.

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Airplane 15 de janeiro de 2023

Eu já prefiro os híbridos não plug-in (non plug-in, em inglês), ou seja, os híbridos leves (mHEV) e/ou os híbridos puros (HEV) como os Toyota Corolla Hybrid e os Toyota Corolla Cross Hybrid !. pois não precisam ser recarregados na tomada !

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