Carros para CNPJ: esses modelos foram vendidos apenas para empresas
Hoje a venda de carros zero para CNPJ é praticamente a mesma do varejo; por isso, os fabricantes apostam em versões exclusivas para empresas
Hoje a venda de carros zero para CNPJ é praticamente a mesma do varejo; por isso, os fabricantes apostam em versões exclusivas para empresas
Em 2022 o volume de vendas diretas de carros foi bem próximo ao do varejo. As montadoras sempre deram atenção às empresas, muitas vezes criando modelos e combinações de opcionais exclusivas para clientes CNPJ.
Existem versões que são oferecidas ao público geral, mas na prática as vendas dela são praticamente apenas para empresas. Como é o caso da Renault Oroch Pro. Nessa lista vamos focar em carros que só foram parar na mão de pessoas físicas após chegar ao mercado de usados.
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Nos anos 2000 o segmento de sedãs médios foi muito disputado. No topo estavam o Toyota Corolla seguido pelo Honda Civic. Atrás desses japonesas havia uma briga por atenção. O Renault Megane conseguiu resultados modestos e seu sucessor, o Fluence, acabou caindo no gosto das licitações e empresas.
Para aproveitar esse sucesso nas vendas diretas, a Renault criou uma versão de entrada com motor 1.6 destinada apenas a clientes CNPJ. Essa versão teve foco nos taxistas, trocando o desempenho do motor 2.0 com origem Nissan pela economia do 1.6 16v K4M da própria Renault.
Hoje a Mitsubishi é forte nas vendas diretas. Mineradoras e concessionárias de energia utilizam muito a picape L200. Quando a segunda geração do Pajero Sport foi feita por aqui, com o sobrenome Dakar, veio a possibilidade de incomodar o reinado do Chevrolet Blazer como rainha das viaturas policiais.
Uma versão mais simples do Pajero foi feita, usando a dianteira da L200 Triton e seus faróis de parábola única. O conjunto simplão era completado pelos para-choques sem pintura e rodas de aço estampado. O motor 3.2 turbodiesel dava um banho na Blazer 2.8 diesel e fazia os policiais relembrar os tempos que o SUV da Chevrolet oferecia o V6.
Existiu também o Pajero HD baseado na primeira geração do Pajero Sport. O acabamento também era simples, sem ter para-choques pintados. O foco em clientes CNPJ era o mesmo, mas não conseguiu o sucesso da geração seguinte na força policial. Pode ser culpa do motor diesel de 121 cv com tendência a superaquecer.
A BYD está presente no Brasil desde 2015, quando abriu uma fábrica de ônibus elétricos em Campinas (SP). Só agora em 2022 que a gigante chinesa começou a vender carros para o público geral no país, mas ela já oferecia um modelo exclusivo para CNPJ: o furgão eT3.
Moradores de São Paulo (SP) e de outras cidades grandes podem ter percebido essa vanzinha diferente rodando em silêncio pelas ruas e fazendo entregas. O volume de carga é de 3.300 l, similar ao do Fiat Fiorino. A capacidade de carga é de 808 kg.
Hoje em dia o Pajero Sport é importado em versões luxuosas. Por isso, a Mitsubishi foca na venda para CNPJ com duas variações da L200 Triton com a cara antiga. A GL é a mais simples, vindo sem sistema de som e trazendo apenas itens de conforto básico como o ar-condicionado.
A Triton GLS adiciona mais alguns itens, mas continua com o visual simples e as rodas de aço estampado. No próprio site da marca esses modelos são sinalizados como “exclusivos para vendas diretas”.
Em meados de 2005 a Volkswagen lançou o Gol G4, mais um facelift na carroceria da segunda geração. Nisso o compacto foi reposicionado como carro de entrada, para não roubar clientes do Fox e do Polo.
Uma mudança grande foi no interior: o painel ficou mais curto e simples, sem trazer provisão para o airbag do passageiro. Entretanto, existem empresas e licitações que exigem esse equipamento de segurança.
Para não perder as preciosas vendas para CNPJ, a VW fazia o Gol G4 com o painel do G3 quando os airbags eram exigidos. O mesmo vale para a perua Parati e a caminhonete Saveiro. Com um pouco de esforço é possível encontrar algumas unidades desses carros a venda nos sites de classificados.
Essa combinação dos carros compactos da VW exclusiva para os CNPJ era possível devido às especificações do Gol de exportação. Na Argentina e outros países o G4 era vendido com o painel do G3. O painel mais simples acabou sendo uma exclusividade para as pessoas físicas do Brasil.
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