Mazda descarta retorno ao Brasil
Impostos elevados e instabilidade do país foram os motivos alegados pelo principal executivo da fabricante nos EUA em entrevista exclusiva ao AutoPapo
Por Boris Feldman 26/10/17 às 08h55Impostos elevados e instabilidade do país foram os motivos alegados pelo principal executivo da fabricante nos EUA em entrevista exclusiva ao AutoPapo
Por Boris Feldman 26/10/17 às 08h55O presidente e CEO da Mazda na América do Norte, Masahiro Moro, descartou o retorno da operação do japonesa no Brasil. O executivo afirmou, em entrevista exclusiva ao AutoPapo, que a fabricante chegou a estudar o retorno, mas desistiu depois de considerar diversas possibilidades. “Primeiro, pelos altos impostos cobrados pelo governo brasileiro. Segundo, pelas dificuldades para estabelecermos uma fábrica no país”, detalhou Moro.
O executivo explicou que os planos da Mazda para a América, no momento, não incluem o Brasil. “Estamos operando uma fábrica no México e uma parceria com a Toyota para estabelecer uma fábrica nos Estados Unidos. Estes são nossos planos atuais para a América Latina”, enfatizou Moro.
A japonesa Mazda nunca acertou seus passos no mercado brasileiro. É uma das mais tradicionais fabricantes japonesas e marcou presença no Brasil apenas por 10 anos: começou mal pois sua importadora foi a Mesbla, uma empresa gigante no varejo e na distribuição de automóveis, que faliu em 1999.
A Mazda teve seus modelos MX3, MX5 e 626 importados de 1990 até 2000. Nesta época, quem tinha seu controle acionário no Japão (34% das ações) era a Ford, que decidiu acabar com a marca no nosso mercado.
Dois grandes conglomerados financeiros japoneses tentaram assumir a Mazda no Brasil: a Sumitomo (grupo Mitsui) e a Marubeni, que importou veículos Nissan para o nosso mercado, antes de a própria fábrica instalar uma filial aqui.
Em 2010 a Sumitomo tentou novamente trazer a marca para o Brasil, mas acabou se associando com a Mazda para construir uma fábrica no México, inaugurada em 2014.
Recentemente quem anunciou o retorno ao mercado brasileiro foi outra asiática, a sul-coreana Ssangyong. A marca será representada no país pela Venko Motors, do Grupo JLJ. O contrato é válido por 10 anos, com possíveis renovações de cinco em cinco anos. Quatro modelos da fabricante serão vendidos no Brasil: Actyon Sports, Korando, Tivoli e XLV. Todos chegam, segundo a marca, no primeiro trimestre do ano que vem e serão comercializados em duas versões.
Porém, pesa na decisão de outras fabricantes o momento de retração do mercado brasileiro de automóveis. O país chegou a ser o quarto maior mercado do mundo, mas caiu, em 2015, para sétimo e fechou o ano passado na nona colocação.
A gama de produtos da Mazda comercializada nos EUA é extensa. O compacto Mazda 3, em duas versões de carroceria. O sedã Mazda 6 e três SUVs: CX-3, CX5 e CX-9. Há ainda o MX-5 Miata e MX-5 Miata RF, ambos com a pegada esportiva.
No Salão de Tókio, que abre as portas para o público no próximo sábado (28) e vai até 5 de novembro, a fábrica fundada em Hiroshima revelou o conceito Kai (foto abaixo), que antecipa as formas do futuro Mazda 3. O lançamento da versão de produção é estimado para 2019.
A marca japonesa foi fundada em 1929 como fábrica de máquinas e ferramentas e em 1967 começou a produzir automóveis. Entre 1979 e e 2015 a Ford teve grande participação acionária na empresa. No Brasil, comercializou os modelos MX-3, MX-5, 626 e o Protege entre os anos 1990 e 2000.
Há 50 anos, em 1967, a Mazda começou a usar o o motor que se tornaria um dos ícones da marca: o rotativo Wankel. Um motor a combustão interna, mas no lugar dos pistões para comprimir o combustível e gerar a explosão, o líquido é injetado em uma câmara irregular ovalada e um compressor rotativo em forma triangular é responsável pelas etapas de admissão, compressão, explosão e exaustão.
O motor foi desenvolvido pela NSU, na Alemanha, na década de 50. Foi usado também pela Citroën. Mas quem popularizou o uso foi a Mazda, que insistiu na tecnologia até 2012, quando o RX-8 saiu de linha.
Vira e mexe surge o rumor de que o motor pode voltar a ser usado, pois apesar de não usá-lo mais em veículos de produção o desenvolvimento segue sendo trabalhado pelos engenheiros da fábrica de Hiroshima. Pode ser que volte até como híbrido, como já disseram alguns executivos da marca.
Pena não retorna seria um sedam muito forte pra competir com o corolla sentra e civic,eu sem duvida compraria o mazda 6.
Vou falar uma coisas eu atualmente moro na europa e esse mazda e um dos carros mais bonitos que eu ja vi, e essa linha suv cx3 e uma coisa de louco, se for comprar preco e requinte esse e o melhor, nao iria ter suv no Brasil para ganhar desse nao *
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