Fiat Strada Ranch: 5 motivos para a picape ser boa no trabalho e no lazer

O que faz a Fiat Strada vender tanto? Listamos cinco motivos que justificam ela ser boa em diferentes tipos de uso, do trabalho ao lazer

fiat strada ranch vermelha traseira parada com vista para a serra de ouro branco
A nova Strada é um sucesso de vendas desde que foi lançada (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 21/04/2022 às 11h03
Atualizado em 15/06/2022 às 18h19

A Fiat Strada foi o carro mais vendido do Brasil em 2021 e continua na liderança em 2022. Para conseguir vender tanto ela precisa ser boa tanto no lazer quanto para o trabalho. A nova versão topo de linha Ranch, equipada apenas com câmbio automático do tipo CVT, chegou para complementar a linha.

A Strada Ranch custa R$ 119.690, R$ 5.330 a mais que a Volcano CVT. Com esse valor adicional o consumidor leva bancos em couro, pneus de uso misto e acessórios para complementar o visual da picapinha. Nesse segundo contato com a Fiat Strada CVT aproveitamos para descobrir o motivo de tanto sucesso.

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1. Valentia longe do asfalto

A nova geração da Strada continua sendo uma picape compacta de tração dianteira que traz mecânica de hatch. Mas isso de forma isolada não faz jus às capacidades do carro. O vão livre agora é de 23 cm, o mesmo da irmã maior Toro.

Para ajudar na terra e em trilhas leves ela traz o TC+, que quando acionado simula um bloqueio de diferencial utilizando os freios para segurar a roda sem tração e enviar a força para as roda em contato com o solo. Ele também aciona o modo fora de estrada do ABS, que trava as rodas no inicio da frenagem para criar um “monte” de terra na frente dos pneus e ajudar a parar em uma distância menor.

A versão Ranch ainda traz pneus de uso misto mais agressivos que os usados pela Volcano. Esse conjunto deixa a Fiat Strada mais valente que muito SUV equipado com tração integral sob demanda e não contam com qualquer tipo de bloqueio no diferencial.

2. Capacidade de carga

Com o fim da Ford Courier em 2013, a Fiat Strada ficou como única picape compacta do Brasil a trazer molas parabólicas na traseira. Isso traduz em uma maior robustez e capacidade de carga, características que consolidaram o modelo em frotas e fazendas de todo o país.

Na Ranch e na Volcano CVT a capacidade de carga é de 600 kg, nas versões de cabine dupla com cambio manual é de 650 kg e nas versões de cabine simples a Strada pode levar até 720 kg. E nossos colegas do Autos Segredos dizem que uma versão capaz de levar 770 kg está a caminho.

Um comportamento típico de veículos com molas parabólicas é ter a traseira mais “saltitante” quando vazia. A Fiat adotou batentes de celasto para compensar isso e suavizar a rodagem. O acerto da suspensão segura bem a picape em rodovias, dando comportamento previsível em curvas. O destaque fica para o conforto e o curso longo, que ajuda nas trilhas.

Porém nem tudo são flores na Strada Ranch. Devido a cabine dupla foi preciso tirar espaço da caçamba, que é curta. E não pense em usar a picape como um sedã, pois a capota marítima não fornece um selo hermético ao compartimento. Isso não é uma falha do modelo e sim uma característica desse tipo de capota. Se for viajar com a família será preciso uma bolsa ou baú para as malas ficarem isoladas de poeira e água.

3. Motorização apenas adequada

fiat strada 2021 freedom cabine dupla 29
O motor 1.3 Firefly dá conta quando vazia, mas mostra as limitações quando a picape está carregada

Hoje a Fiat Strada é oferecida com dois motores: o antigo 1.4 Fire e o moderno 1.3 Firefly. O motor de menor deslocamento é o usado na Ranch, produzindo 107 cv e 13,7 kgfm quando abastecido com etanol e 98 cv e 13,2 kgfm com gasolina.

Apesar de moderno, esse motor traz concepção simples: utiliza apenas duas válvulas por cilindro, comando simples e injeção multiponto. Sua concepção prioriza a força em baixa rotação, o que é bom para uma picape. O desempenho quando vazia é bom, mas uma opção mais forte é sentida quando a picape está carregada.

A modernidade do motor Firefly fica no projeto modular, bloco em alumínio, variador de fase no comando, aquecimento dos bicos injetores para a partida a frio e corrente de comando. Esse motor é base para o 1.3 turbo GSE usado pela Toro e pelos Jeep Renegade, Compass e Commander.

4. Câmbio CVT

fiat strada ranch vermelha detalhe emblema ranch e cambio automatico
O câmbio CVT casa bem com o 1.3 Firefly e consegue explorar bem a força do motor, mas falta reduzir sozinho em descidas

A primeira picape compacta nacional com câmbio automático foi a Chevrolet Chevy 500, mas chegou em uma época onde esse tipo de cambio era exceção. Hoje mais de 50% dos carros vendidos no Brasil são automáticos, e a caixa CVT da Aisin chegou em uma boa hora para a Strada.

O modelo manual possui relações de marchas muito curtas, o que deixava a condução na estrada incomoda. O CVT resolve esse problema, pisando leve o motor fica sempre abaixo de 2.000 rpm e resulta em uma boa economia. Em uma viagem de 200 km feita pelo autor o carro fez 12 km/l com etanol.

O funcionamento do CVT na Strada é o tradicional desse tipo de câmbio: quando você exige no pedal o CVT trabalha para manter sempre na rotação ideal para o momento. Para reduzir a sensação de estranheza causada pelo motor “urrando” em uma rotação fixa, o carro simula uma troca de marcha quando o motorista pisa no fundo e exige potência.

Existe também um modo sequencial, que é ativado movendo a alavanca para a esquerda ou acionando as borboletas atrás do volante. Nesse modo a caixa oferece 7 relações fixas. Esse modo é bastante útil em descidas, pois o câmbio não faz freio motor e deixa o carro solto. Chamando nas borboletas é possível subir a rotação e poupar o freio de serviço.

5. Equipamentos

A versão topo de linha Ranch traz o mesmo pacote de equipamentos da Strada Volcano, mudando apenas os bancos. Ela traz apenas o trivial: ar-condicionado, trio elétrico, central multimídia, quatro airbags, controle de tração e estabilidade, rodas de liga leve e faróis full-LED.

É o suficiente para o uso diário, mas pelo preço cobrado sentimos faltas de alguns equipamentos, como o cruise control, ar-condicionado automático e mais entradas USB. Esses itens já vem de série no Pulse de entrada que custa R$ 89.990.

Sensor de estacionamento dianteiro e alerta de ponto cego também fazem falta na Strada devido a visibilidade ruim da picape. O capô alto limita a visibilidade em manobras e as barras na janela traseira atrapalham a visão do retrovisor interno.

O acabamento é simples, usando plástico duro no painel e nas portas. Para o trabalho isso é bom, pois caso suje de lama pode ser limpo apenas com um pano úmido. Mas no uso diário faz falta uma superfície macia na porta para apoiar o braço. Uma coisa sentida no teste é que os painéis de porta vibram quando o volume do som está alto e a música possui graves fortes – o baixo de Geddy Lee comprovou isso.

Fotos: Eduardo Rodrigues | AutoPapo

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3 Comentários
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Paulo Machado 22 de abril de 2022

5 argumentos fracos para justificar a expressiva venda dessa pick-up.

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21 de abril de 2022

Sou fã dessa picape. Já estou na terceira, uma cabine simples e duas estendidas, sendo a primeira Adventure 1.8 e a atual Working 1.4, todas claro, modelo antigo. Esta última com gasolina, andando moderadamente, faz em torno de 14 km por litro com ar condicionado ligado, na estrada. Assim que der, estarei trocando por essa modelo novo. Para as minhas expectativas e uso, é quase perfeita. Abraços a todos

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Rogério 22 de abril de 2022

Tenho uma 2009 woorking cabine estendida na estrada motor 1.4 fui viajar cem ar ela faz 17km por litro só eu e minha esposa estava só com bagagem muito ótima demais assim que der já vou trocar por essa top de linha e andei média de 1.200 km

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