Parece, mas não é: nomes de sistemas de segurança em carros podem causar confusão
Algumas montadoras adotam nomes em inglês para equipamentos comuns para fazer seu modelo parecer mais seguro do que realmente é
Algumas montadoras adotam nomes em inglês para equipamentos comuns para fazer seu modelo parecer mais seguro do que realmente é
Os pacotes com assistentes ativos de segurança, chamados de ADAS, estão se popularizando no Brasil, estando presentes em versões de topo dos carros compactos. Mas é importante lembrar que nem todos são iguais, cada marca oferece seu pacote. E muitas usam nomes parecidos para equipamentos totalmente distintos.
Essa falta de padronização nos nomes pode causar confusão no consumidor, fazendo ele acreditar que tem um equipamento de segurança que não está presente. Vamos listar aqui os falsos cognatos mais frequentes de nosso mercado, mostrando o que faz parte de um pacote ADAS ou não.
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Os pacotes de segurança ativa podem trazer um assistente que avisa caso o motorista esteja saindo da faixa sem sinalizar, o que pode ser fruto de distração. Ele se chama Lane Departure Warning. Também existe o Lane Keep Assist, que corrige a trajetória caso o carro esteja saindo da faixa ou atua ativamente para manter o veículo centralizado.
A Fiat só oferece esses sistemas ativos na picape Toro, porém na lista de equipamento de todos os seus veículos está o Lane Change. O nome parecido leva a crer que é um desses assistentes, mas é na verdade o nome que a marca italiana deu para aquelas três piscadas na seta quando a alavanca é acionada apenas no primeiro estágio.
Os carros nacionais da Chevrolet, Onix e Tracker, trazem o alerta de colisão. Esse sistema de segurança apenas monitora o carro à frente, avisa ao motorista caso exista uma diferença grande de velocidade e exista o risco de uma colisão. A frenagem é por sua conta.
Outros carros trazem um monitor similar junto da frenagem autônoma de emergência (AEB): caso seja detectado o risco de colisão, o carro aplica os freios por conta própria.
O funcionamento desse sistema pode variar dependendo da marca. Algumas programa apenas para mitigar a colisão, outros usam mais potência de frenagem e param o veículo. O sistema pode também detectar pedestres ou não, vale a pena ler o manual do carro para ver como funciona o seu. Mas na prática nada supera a atenção constante, mesmo tendo pacote ADAS.
O hill holder é o nome em inglês para o assistente de partida em rampa. Esse sistema de segurança é praticamente onipresente no Brasil, vindo de série até mesmo no Renault Kwid. Ele segura os freios por alguns segundos quando o carro está em um aclive, ajudando o motorista a arrancar sem que o veículo volte.
O auto hold possui um nome similar, mas sua função é diferente: quando você para o carro, pode soltar o pedal do freio que ele continuará acionado até que o acelerador seja acionado. É um sistema útil em trânsito urbano intenso.
Existem dois tipos de sensores de pressão dos pneus. Carros mais baratos trazem um que apenas alerta caso um pneu esteja com baixa pressão. A medição é comparando a rotação das rodas, para ver se há uma diferença grande em alguma.
Em carros mais caros o sensor é mais avançado e mostra a pressão de cada pneu. Por isso, os carros com o primeiro sistema ainda precisam da calibragem periódica mesmo que não haja alerta. Se os pneus perderem pressão de forma uniforme, não existirá o alerta.
Nos sites de vendas online existem kits “start stop” disponíveis para qualquer carro. Não se trata to sistema que desliga o motor automaticamente quando para e religa ao soltar o freio, e sim da partida por botão.
Por estar escrito Engine Start and Stop nos botões de partida, foi criada essa confusão.
Na lista de equipamentos de carros com pacote ADAS mais avançados existe o Stop and Go, que trabalha em conjunto com o cruise control adaptativo (ACC). Esse sistema para o carro automaticamente, caso o que vai a frente pare, e arranca quando ele começa a se mover.
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