Novo carro popular pode chegar para impulsionar mercado

Governo e indústria costuram um projeto para resgatar o carro popular, plano que surgiu nos anos 1990 para estimular a produção de automóveis

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O carro popular tem como premissa eliminar tudo que não seja essencial (Foto: VW | Divulgação)
Por Boris Feldman
Publicado em 09/04/2023 às 15h03

Ainda tem gente que se lembra que há mais de 30 anos o governo brasileiro criou o chamado carro popular, que era para ser um carro barato, com motor 1 litro, 1000 cm³ só. Simples, para torná-lo mais acessível. E nos últimos anos o motor 1 litro passou a receber dispositivos eletrônicos, uma tecnologia mais moderna. Dos 50, 60  cv que ele tinha na década de 1990, o motor de 1 litro hoje tem 120 cv, 130 cv.

Ou seja, não tem mais nada a ver com o carro popular. E o carro mais barato hoje com motor 1 litro está custando qualquer coisa na faixa dos R$ 70 mil a R$ 80 mil. Ou seja, inacessível para a grande maioria dos compradores aqui no Brasil.

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Está então rolando agora a ideia de se voltar ao carro popular, um novo popular. Cada um abre mão de um pouco: o governo de uma parte do imposto, a concessionária de uma parte do lucro, a fábrica também.

Tira-se alguns dos equipamentos desnecessários que estão hoje em todos os carros: rodas de liga leve, aquele painel multimídia, ar-condicionado, pintura metálica. Com isso dá para reduzir bem o preço do automóvel e torná-lo acessível a uma parcela maior do mercado.

Se, além disso, viesse também uma ligeira redução nos juros, que hoje estão para lá de 2% (ao mês), o que torna o carro mais caro ainda no final das contas, seria sopa no mel. Vamos cruzar os dedos para ver se isso funciona?

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27 Comentários
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Elivando 7 de maio de 2023

Um caro sem ar condicionado no nordeste é o mesmo que anda dentro de uma panela de pressão, de tão quente, carro no mínimo tem que ter ar condicionado, ABS , o resto é detalhes

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Reinaldo 16 de abril de 2023

O bom mesmo é todos continuarem com seus carros e parar de todo ano querer mudar de carro e enriquecer os politicos

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Raphael 15 de abril de 2023

Me pergunto PRA QUÊ? Sou contra o carro popular, mas não pela acessibilidade… Mas hoje JÁ TEM solução implantada que compensa mais, que é VEÍCULO POR ASSINATURA. Se colocar no papel e fazer uma conta de padaria, um Kwid ou um Mobi por assinatura sai na faixa de 1700/mês (seguro, IPVA, documentos, carro reserva etc, tudo incluso… vc só paga a gasolina fora esses 1700) numa franquia de 1000km/mês… e quando for renovar o contrato (geralmente a cada 1 ou 2 anos), ainda pega outro 0km… isso dá menos de 40 mil no fim dos dois anos, e vc ainda pode pegar outro 0km… não tem mais a necessidade de comprar carro hoje em dia, mas ainda entendo que não é todo mundo que tem 1700 no bolso pra gastar todo mês.. então pq o governo e as montadoras não entram em um consenso com as locadoras pra deixar os carros por assinatura mais em conta? vc vai acabar pagando MENOS e ter um carro BEM MELHOR do que esse tal “carro popular” que estão falando…

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hermes 4 de maio de 2023

estes 1700 que vc fala é contrato de 48 meses, e se cancelar paga multa pesada que inviabiliza, hj nos preços atuais, nada é barato, carros não precisam de multimidia, controle de tração para carro 1000 é ridiculo, afora o imposto de 50% do governo, na pratica tem que mudar tudo, so air bag e abs deveriam ser obrigatorios, este complexo de 1o mundo com renda de 5o mundo, nos leva para 0 10o

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Antonio Donizeti Martins 14 de abril de 2023

Vou continuar com o meu CHEVETE HATCH (automático) 1986.

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Antonio Donizeti Martins 14 de abril de 2023

Um KWID, um MOBY, já não têm nada e custam 70.000.
Fico imaginando como será este carro popular. Em vez de tirar impostos, taxas, diminuir margem de lucro, etc… vão tirar freios, molas, amortecedores, motor (será um de 10 cm3 de impotência). Um carro de boi terá mais conforto. E não se esqueçam: 50% é imposto.

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Ricardo Mello 14 de abril de 2023

Olá, E incrível o que a indústria faz, quando o carro popular foi lançado era para ser um carro simples na época chamado de PE DE BOI, pois bem a própria Indústria que acabou com ele, começaram a colocar um monte de coisas nele que o preço ficou impraticável, agora vem o Governo dizer que seria a solução para as Indústrias, vão matar mais um em poucos anos, podem acreditar. O que fazer numa situação de como hoje estamos vivendo, zerarmos algumas taxas industriais e, para os trabalhadores também, promover ações de aumento do ganho da população, porque não vai adiantar fazer um carro de 40 mil se o povo não tiver condições de comprar as taxas de juros devem baixar pela metade e, prazos mais longos com taxa menor de entrada.

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Jorge 14 de abril de 2023

Se verificarmos os carros que estão no mercado, tipo kwid a dois anos custa ao 50.000,00 sem redução de impostos nem desconto de concessionaria e de fabrica , querem nos lograr novamente, e só verificar os preços dos carros em outros países, mais baratos e com mais acessórios.

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Manoel José Carlos 14 de abril de 2023

Un boa solução para baratear o carro popular, seria o carro vir sem o motor e câmbio, só aí já daria para reduzir em 50% o valor do mesmo.

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Santiago 14 de abril de 2023

Pra baratear ainda mais, os pneus poderiam ser aqueles de moto 125cc. E assento, só o do condutor (feito de plástico).
Talvez aí as montadoras topem vender por 50 mil.

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Alvaro 12 de abril de 2023

“Tira-se alguns dos equipamentos desnecessários que estão hoje em todos os carros: rodas de liga leve, aquele painel multimídia, ar-condicionado, pintura metálica” Puxa mas os básicos de hoje nem vem nada disso, salvo ar-condicionado, e custa mais de 80 mil hahaha vai tirar mais o quê? Já sei: airbag, ABS, barra de proteção, encosto de cabeça…
O governo não deveria intervir nisso, deixa essas montadoras se virarem com o monstro que eles mesmo criaram. No máximo, rever a tributação do IPI que realmente o critério de capacidade cúbica já não faz mais sentido.

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hermes 4 de maio de 2023

com imposto de 50% nda fica popular, tem item para tirar tem e muitos, exceto airbag e abs que são prioritarios, mas colocando imposto de 9% como no USA, chega aos 50 mil facil.

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Gabriel Alves 12 de abril de 2023

Hoje em dia é indispensável o ar condicionado, acho difícil ter boas vendas sem o mesmo.

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Átila 16 de abril de 2023

TB acho. Acho que iria vender melhor se o governo permitisse vender sem Air bag por exemplo, já que ninguém ligava pra isso antigamente.

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Polvo 11 de abril de 2023

As montadoras não tem interesse em investir em modelos de baixa rentabilidade, pois precisa ter muito volume de vendas para recuperarem o investimento. Por isso que, mesmo vendendo pouco, preferem veículos bem mais rentáveis. O fato é que o governo vai ter que intervir na definição de um modelo popular, talvez até definindo um limite de preço desse modelos e, concedendo redução de impostos semelhante ao que é feito com carros para PCD.

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Márcio José de Souza 21 de abril de 2023

Depende. O carro terá pouco investimento (bem menos tecnologia).

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Diego 11 de abril de 2023

É o governo cortar um pouco dos impostos absurdos, diminuir a margem de lucro que no Brasil é exploração e o Molusco fechar a boca para o dólar ficar mais barato.

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Jo 11 de abril de 2023

Meus comentários não foram publicados por 2 vezes. Não utilizei palavrão e nem ofensas. Mas deixo registrado contrariedade por motivos técnicos e econômicos. Esse projeto não é bom para brasileiros. Apenas para montadoras…

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Brazilian Style 10 de abril de 2023

Boris, é livre mercado? Então as montadoras vão se ajustar né. Governo precisa socorrer? Não é necessário, liberalismo funciona, SQN. Subsídio do governo para isso é dinheiro posto fora. É só diminuir margem de lucro.

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Mario 10 de abril de 2023

Só o governo reduzir esses impostos absurdo,agora querem fazer carro sem nenhum conformo .hj em.dia ar e direção devia ser item de serem.

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Jo 10 de abril de 2023

Livre mercado. As montadoras que se virem sem o governo. Liberal que se diz?

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Sílvio Medeiros 10 de abril de 2023

Com toda certeza há uma sorte de itens desnecessários, em especial os eletrônicos, que não são necessários em veículos de entrada. Por exemplo: conectividade, pois isso todo mundo tem no bolso com seu smartphone. Para que tela enorme de multimídia??? O que o consumidor quer, é um carro econômico e seguro, de baixa manutenção para o levar ao trabalho, na escola, no dia a dia e deixar de depender do sistema de transporte coletivo, que tem deixado a desejar. Além do mais, a carga tributária e níveis de lucratividade são excessivos no Brasil. Tem executivo de montadora no país, que questionado por que carro é tão carro aqui, respondeu: é por que tem quem paga …

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Luiz Péricles Gurgel Monteiro 10 de abril de 2023

onde se lê sito, leia-se ” sinto ” .

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Luiz Péricles Gurgel Monteiro 10 de abril de 2023

Além de 50% de tributação, incomoda-me bastante BANIR do mercado o CÂMBIO MECÂNICO, cujo objetivo é tão somente lucrar ! NÂO TENHO PREGUIÇA EM TROCAR MARCHAS, sito prazer !!!

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Marcelo Borges 14 de abril de 2023

Entre um novo carro popular de R 40.000 sem opcionais e um usado no mesmo valor com os opcionais prefiro o carro usado.

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Santiago 9 de abril de 2023

Tirando-se de série certos itens de luxo e penduricalhos eletrônicos, que só servem pra encarecer os modelos, além de dispor-se a reduzir os lucros para níveis decentes, os preços já se reduziriam a patamares realistas – sem a necessidade de lançar modelos espartanos.

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Roberto monnerat 9 de abril de 2023

Vão tirar tudo e ainda vai ser caro.

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