Óleo para caminhão: por que eles rodam até 100 mil km sem trocar?

A substituição do lubrificante nos pesados respeita parâmetros diferentes dos utilizados nos automóveis e não pode gerar prejuízo nas operações

troca oleo volvo fh
A definição do intervalo de troca de óleo para veículos comerciais de carga é um processo complexo (Foto: Volvo | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 08/01/2024 às 09h03

Caminhões e carros apresentam notáveis diferenças, especialmente quando se trata de manutenções, sejam preventivas ou rotineiras. Entre os cuidados regulares, a troca de óleo se destaca, sendo que, em caminhões, o intervalo geralmente é mais espaçado do que em carros. Mas por que essa disparidadena troca de óleo para caminhão?

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O leitor Ciro Almeida levantou essa questão, e para esclarecer, buscamos informações junto à Volvo Caminhões, que nos forneceu insights valiosos. Segundo Júlio Lodetti, engenheiro de vendas caminhões Volvo, a definição do intervalo de troca de óleo para veículos comerciais de carga é um processo complexo, envolvendo diversas combinações de parâmetros.

Diferentes projetos

O engenheiro destaca a aplicabilidade específica de cada veículo, com diferentes projetos de motor e, consequentemente, especificações distintas para os óleos lubrificantes. Aditivos, viscosidade e outros fatores variam entre o óleo para caminhão e o utilizado em carros.

Para determinar o intervalo de troca de óleo para caminhões, Lodetti lista algumas variáveis consideradas:

  • Consumo de combustível
  • Condição do pavimento, topografia
  • Peso bruto total (PBT)
  • Fator de carga
  • Tipo de ciclo de transporte
  • Relação do diferencial
  • Velocidade média da aplicação
  • Nível de treinamento do motorista

Em resumo, o intervalo estendido na troca de óleo para caminhões é uma característica de projeto, uma vez que os motores a diesel são projetados para operar em condições mais desafiadoras e por longas horas consecutivas.

Óleo para caminhão: intervalo para ter lucro

Para ilustrar, considere um Volvo FH 540 atrelado a um rodo-trem, com PBTC de 74 toneladas, realizando o trajeto de Sinop, MT, ao Porto de Santos. Com cerca de 2.000 km apenas na ida, se esse percurso fosse repetido semanalmente, totalizando 4.000 km por semana, o intervalo de troca mensal seria fundamental para manter a operação lucrativa.

Esse exemplo, voltado ao transporte rodoviário, destaca a importância do intervalo estendido na troca de óleo para caminhão. No segmento de mineração, onde os caminhões enfrentam condições mais desafiadoras, o intervalo também pode variar devido ao peso adicional e às condições específicas de operação.

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8 Comentários
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Roberto Henry Ebelt 2 de fevereiro de 2024

Dois aspectos nos quais o Boris deixa muito a desejar: dar prazo de validade para PNEUS e para ÓLEOS lubrificantes. Até PRINCÍPIOS ATIVOS DE MEDICAMENTOS atingem mais de 50 anos sem perder a eficácia, e o ÓLEO vence na sem… – Leia mais em https://autopapo.uol.com.br/noticia/oleo-caminhao-100-mil-km-troca/

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Antonio 16 de janeiro de 2024

Também não entendi NADA, reportagem fulera, não disse nada com NADA. Kkkk

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Roberto Henry Ebelt 2 de fevereiro de 2024

Concordo totalmente contigo.

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Jrgyn 9 de janeiro de 2024

Não entendi . O exemplo de rodar 4 mil km semanais, ou seja 16 mil por mês . Se estão falando de até 100 mil km para troca, pq fazer mensal então?

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Thales 10 de janeiro de 2024

Pois é, nada a ver essa reportagem. Explicou nada

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Jovi 12 de janeiro de 2024

Realmente. Se levaram em conta 100.000km dividido por 4.000km = 25 dias se esqueceram de que o caminhoneiro só pode dirigir 10h por dia, então uma ida e volta de Sinop a Santos leva 6 dias, ou seja, o caminhão só faz 4 ou 5 viagens por mês, no máximo.

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Paulinho 9 de janeiro de 2024

Com o advento dos motores elétricos, os tambores de óleo estão com os dias contados.

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Comentarista 12 de janeiro de 2024

E com o advento dos caminhões elétricos autônomos, os motoristas movidos a rebite, cocaína e metanfetamina estão com os dias contados. Ufa!

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