Peças automotivas: confira a lista das certificadas pelo Inmetro
O Inmetro concluiu processo de certificação de 17 itens para seu carro. Fique atento ao selo da entidade quando for comprar uma peça de reposição
Por AutoPapo 30/08/17 às 06h07O Inmetro concluiu processo de certificação de 17 itens para seu carro. Fique atento ao selo da entidade quando for comprar uma peça de reposição
Por AutoPapo 30/08/17 às 06h07Não existe, nos países desenvolvidos, peças de reposição para automóveis sem o selo de certificação emitido por um órgão credenciado pelo governo. No Brasil, o consumidor ainda é vítima de componentes fabricados sem controle nem fiscalização e colocados impunemente no mercado de auto-peças. O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) é o encarregado desta certificação no país.
O órgão, ligado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), elaborou uma lista de componentes que devem necessariamente ostentar o selo de certificação, publicada em julho deste ano. A lista contém 17 itens, mas outros como fluído de freio e catalisador já eram certificados e se somam aos novos.
Quando comparado aos países desenvolvidos, entretanto, o Brasil está décadas atrasado na exigência para que as fábricas de autopeças se enquadrem dentro dos parâmetros e tenham seus produtos aprovados.
O processo de certificação foi iniciado em 2009, quando os regulamentos começaram a ser publicados. A partir de então, se iniciou um período de adequação para que fabricantes, varejistas e importadores aderissem às regras promulgadas. Somente no mês passado, terminou a última fase desse período.
Sem planos
Todas as peças no programa devem exibir o Selo de Identificação da Conformidade do Inmetro, sendo que o órgão informa não ter planos de certificar outros componentes.
A fiscalização passa a ser feita pelos Institutos Estaduais de Pesos e Medidas (IPEM). Os IPEMs verificam se as peças disponíveis no mercado exibem o selo e, em caso de irregularidade, realizam testes para confirmar se o componente se adequa aos regulamentos.
Entretanto, o critério para a escolha das peças não é claro. Na lista estão, por exemplo, pistão e bronzina, mas outros elementos móveis do motor, como eixo de comando e válvulas, não são certificados. Das centenas de componentes de um automóvel, o governo brasileiro só estabeleceu esta exigência para alguns poucos, sem nenhum critério que justifique certificar uma peça interna do motor e deixar de lado a palheta do limpador de para-brisa, por exemplo.
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Questionado sobre a razão de um elemento e não de outro a resposta do Inmetro foi protocolar: “Até o presente momento, não foi identificada a necessidade de estabelecimento de medida regulatória para outros componentes automotivos”.
De acordo com a explicação enviada pela assessoria de imprensa do órgão, o Inmetro faz o processo de certificação quando identifica um problema ou para responder demandas da sociedade.