Amortecedor: com qual quilometragem se deve trocar a peça?

Vida útil de um amortecedor pode variar de acordo com as condições que o carro é submetido. Por isso, é preciso se atentar a alguns sintomas

amortecedor velho
É importante verificar a peça junto a um mecânico a cada 10 mil km (Foto: Reprodução)
Por Bernardo Castro
Publicado em 28/04/2023 às 09h03
Atualizado em 28/04/2023 às 20h56

Os amortecedores são muito importantes para o bom funcionamento do veículo, e é um dos inúmeros componentes de um carro que demandam uma manutenção preventiva. Mas, afinal, quando trocar o amortecedor?

Além de compor o sistema de suspensão, garantindo maior segurança ao dirigir, controlando o movimento do veículo, os amortecedores são essenciais para manter as rodas em contato com o solo e amenizar os impactos gerados pelo piso. Ele também é fundamental para o aumento da estabilidade e conforto e segurança dos motoristas e passageiros.

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Quando o amortecedor já está velho e deixa de cumprir suas funções ele pode acarretar no mal funcionamento de outros componentes, como aumentar o desgaste dos pneus, por exemplo. Isso, resultaria em um gasto ainda maior para o dono do veículo.

Por isso, é preciso ficar atento à hora de trocar essa peça. Mas, afinal, quando ela deve ser trocada?

Quando trocar o amortecedor do carro

Existem inúmeras variáveis no dia a dia que podem alterar o tempo de vida útil de um amortecedor, e, por isso, não dá pra confiar muito em um prazo por quilometragem. Tudo depende de qual tipo de piso o carro costuma rodar. Nas estradas esburacadas ou de terra, por exemplo, a validade é consideravelmente menor do que as asfaltadas sem buracos.

Ademais, o estilo de direção do motorista deve ser levado em conta. Por isso, a durabilidade pode não chegar aos 50 mil km, como também pode ultrapassar os 150 mil km.

Em consequência disso, algumas montadoras e fornecedora de peças de reposição sugerem que o motorista deve ter o hábito de fazer uma verificação junto a um mecânico de confiança a cada 10 mil km rodados ou 1 ano, o que ocorrer primeiro. Somente se for diagnosticada alguma avaria ou anormalidade por um profissional capacitado, deverá ser realizada a troca.

Mas se o motorista for negligente e não quiser um acompanhamento junto ao profissional, ele pode trocar o componente quando perceber algumas anormalidades na dirigibilidade do veículo. São elas:

Desgaste acentuado e irregular dos pneus

Peças defeituosas podem gerar uma reação em cadeia, e aumentar o desgaste de outros componentes, e isso pode acontecer com os pneus, aumentando o prejuízo. O amortecedor ineficiente faz as rodas vibrarem mais que o normal e aumenta o desgaste da borracha.

Isso aumenta ainda mais os riscos para as pessoas que estão dentro do carro, já que o veículo terá menos estabilidade, frenagem prejudicada, e maior vulnerabilidade a furos.

Perda de estabilidade nas curvas

Com o amortecedor no limbo, o carro terá uma instabilidade maior nas curvas. Isso acontece porque o veículo fica mais alto e balança um pouco mais, dificultando a condução.

Esse desconforto também pode ser sentido quando em linha reta, principalmente ao acelerar e frear.

Comprometimento na frenagem

Para que se tenha a máxima segurança ao frear, o veículo precisa – além de bons pneus e do sistema de freio em ordem – de amortecedores em boas condições. Pois são esses componentes que asseguram o total contato dos pneumáticos com o solo

O acionamento brusco dos freios provoca grande transferência de peso para o eixo dianteiro. Por isso, se houver algum problema no sistema de suspensão, o motorista pode até perder o controle da direção.

Barulho na suspensão

Ouvir ruídos em situações que a suspensão trabalha também é outro indício. Quando o amortecedor perde pressão interna, a possibilidade de chegar ao final de seu cursor é maior.

Por isso, se ao encarar buraco, por menor que seja, perceber uma batida ‘seca’, ou algum barulho ao passar por lombadas e subir rampas de garagem, provavelmente passou da hora de trocar o amortecedor.

A troca dos amortecedores deve ser feita em pares

A recomendação é que a substituição de amortecedores seja feita sempre aos pares, para cada eixo. Isso porque, se um amortecedor novo trabalhar em conjunto com outro usado (mesmo que ainda esteja em condições de uso) no mesmo eixo, poderá haver um desequilíbrio, prejudicando a dirigibilidade.

Entretanto, a troca dos dois amortecedores de um eixo não implica na substituição dos demais. Isso, claro, desde que os componentes do outro eixo ainda estejam em boas condições.

Também é importante evitar o uso de amortecedores recondicionados, já que eles estão sujeitos a estão a apresentarem grande perda de eficiência. Consequentemente, causam sérios problemas como perda de dirigibilidade e de estabilidade, principalmente nas curvas. Além de desgaste prematuro dos pneus e de demais componentes do sistema de suspensão, como coxins e buchas.

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5 Comentários
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Antão II 3 de dezembro de 2023

“Mal funcionamento”.
A palavra mau, é escrita com a letra u e significa o contrário de bom. Por outro lado, a palavra mal, escrita com a letra l significa o contrário de bem.

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Polvo 2 de maio de 2023

Tenho um Corsa 2012 com 50 mil km. Rodo na grande SP, cheia de buracos, lombadas e valetas. Esses dias levei na oficina pra fazer alinhamento e o mecânico me mostrou que os amortecedores dianteiros começaram um processo de vazamento, um pouco de melado de óleo bem em cima. Em breve terei que trocá-los.

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Ju Rock'n'Roll 4 de maio de 2023

Cara, carro com 11 anos e 50 mil km?. Certeza que a kilometragem foi adulterada.

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Tobias 28 de abril de 2023

Cuido muito bem dos meus veículos. Nunca precisei trocar antes de 100 mil km rodados

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Bijuja 3 de dezembro de 2023

Meu carro foi revisado há 15 dias e os amortecedores que estão com 60.000 km, estão ótimos.
Não sei o que é trocar com menos de 100.000 km rodados.

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