Você conhece os níveis de direção autônoma?

Existe mais de um jeito de um carro andar sozinho - conheça as tecnologias que serão parte do seu dia-a-dia no futuro

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Por Bárbara Angelo
Publicado em 04/09/2018 às 08h00
Atualizado em 28/02/2019 às 15h50

Os níveis de direção autônoma classificam um carro de acordo com sua capacidade de andar sozinho. Ainda não existem carros totalmente autônomos nas ruas, em nenhum lugar do mundo. A razão disso é, em parte, as legislações que o proíbem. Mas, ao mesmo tempo, é necessário muitos anos de testes para se ter certeza de que um carro autônomo é completamente seguro, para ocupantes e pedestres.

Embora não seja única, esta definição é o padrão de uso mais corrente, aplicado ao redor do mundo, embora não seja o único. A classificação foi definida pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE), e recebeu uma atualização em junho. Conheça, abaixo, os seis níveis de autonomia:

direção autônoma

0. Sem direção autônoma

No nível mais baixo, o veículo não assume nenhuma das tarefas exigidas pelo motorista de forma constante. Entre as funções do condutor, estão prestar atenção nos arredores; reconhecer objetos, pessoas e eventos; determinar como deve proceder; e reagir a essas informações de forma adequada; entre outros.

Assim, mesmo que um carro tenha um recurso de intervenção em caso de emergência, como um Controle de Tração (ASR) para evitar derrapagens, ele é do nível 0. A razão é que o controle de tração só vai agir em determinadas situações.

1. Assistência à direção

A maioria dos veículos mais equipados, que já estão nas ruas, se encontram neste nível. Aqui, o carro assume parte das tarefas de direção, controlando seu movimento para frente, para trás ou para os lados.

Os sistemas de Piloto Automático Adaptativo (ACC), também conhecido como Controle de Cruzeiro Adaptativo; ou o Assistente de Permanência em Faixa ativo (ALK), que assume o controle do volante se o motorista se desviar de sua faixa de trânsito, são exemplos de tecnologia que define um carro como nível 1.

Nesta categoria, o motorista também deve ter a capacidade de desativar todos os recursos de autonomia.

2. Direção parcialmente autônoma

Níveis de direção autônoma: Imagens do vídeo da Tesla mostrando condução autônoma do Autopilot (Reprodução do YouTube)
Imagens do vídeo da Tesla mostrando condução autônoma do Autopilot (Reprodução do YouTube)

Se um carro é equipado com recursos para controlar o deslocamento longitudinal (para frente e para trás) e lateral, ao mesmo tempo, ele oferece direção autônoma de nível 2. Isso quer dizer que o carro pode acelerar, frear e controlar o volante sozinho.

Também já existem carros neste nível andando pelas ruas. Um bom exemplo é o conjunto de recursos de assistência à direção da Tesla, o Autopilot. Veja, neste vídeo, um Model X fazendo um percurso urbano inteiro sem nenhuma intervenção do motorista, até estacionar.

3. Direção autônoma condicional

Este é considerado o limite atual no desenvolvimento das tecnologias de autonomia, com avanços no sentido de oferecer todos os recursos dessa categoria. No nível 3, um carro é capaz de assumir todas as tarefas de direção, mas apenas dentro de certas condições. Um exemplo seria um carro que é capaz de fazer uma viagem sozinho, mas não consegue circular em trânsito urbano.

O motorista ainda é necessário para ativar e desativar o sistema, e assumir o controle da direção quando for necessário. Ele também precisa avaliar se a tecnologia está funcionando corretamente.

4. Direção altamente autônoma

A principal diferença do nível 4 para o nível 3 é que o próprio sistema consegue identificar as situações em que não vai ser capaz de operar adequadamente. Assim, ele vai pedir para que o motorista assuma o controle do carro, e fazer uma transição segura na hora de abandonar o controle.

Assim, o sistema de direção consegue examinar as condições da estrada e do veículo, avaliar e manejar o nível de perigo que oferecem.

5. Direção completamente autônoma

No nível mais alto de direção autônoma, o carro consegue assumir todas as funções de direção, em qualquer condição, e em todos os momentos. O sistema também é capaz de corrigir os próprios erros, identificando e manejando o nível de perigo com seus próprios recursos. Em alguma situações, pode pedir a intervenção do motorista.

O motorista se transforma em um passageiro quando a tecnologia está ativada, e sua única função é garantir que o sistema está em condições de operação e ativá-lo. Pode ser necessário que ele assuma a direção se o carro “pedir”.

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E-Profissional 4 de fevereiro de 2022

O FUTURO DA MOBILIDADE CHEGOU?

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