[Vídeo] O que a vitória de um elétrico em Pikes Peak significa?

A subida de Pikes Peak é uma das corridas mais famosas do mundo e alcança 4.300 metros de altitude em seu ponto mais alto

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Por AutoPapo
Publicado em 25/06/2018 às 17h08
Atualizado em 20/02/2020 às 15h55

O Volkswagen I.D. R Pikes Peak acaba de quebrar o recorde em uma das competições de subida mais famosas do mundo. O elétrico fez os concorrentes comerem poeira – ou melhor, pó de asfalto – neste domingo (24).

O evento foi criado em 1916, e ocorre anualmente em uma montanha no estado de Colorado, Estados Unidos.

Pilotos de todo o mundo comparecem ao Pikes Peak International Hill Climb, enquanto as fabricantes de carros produzem modelos exclusivos para vencer os 1.440 metros de aclive. Este também foi o caso para o Volkswagen I.D. R Pikes Peak.

O elétrico começou a ser desenvolvido pela alemã em outubro do ano passado, e não deixou de ser amplamente divulgado em nenhum momento até a corrida.

Volkswagen I.D. R Pikes Peak
I.D. R Pikes Peak bateu recordes em 2018


O modelo faz parte da família I.D., que inclui outros elétricos como o compacto I.D., primogênito apresentado no Salão de Paris de 2016 e que deve ser vendido por US$ 28 mil; o I.D. Vizzion, autônomo sem volante; e o I.D. Buzz, a Kombi elétrica que dirigimos no ano passado.

A fabricante não divulga quanto investiu nos oito meses de desenvolvimento do Volkswagen I.D. R Pikes Peak. Mas, segundo o site Which Car, a quantia foi suficientemente grande para precisar da mais alta aprovação na companhia, diretamente do conselho administrativo.

O investimento deve ter entrado na conta do Dieselgate, escândalo das emissões contra o qual o elétrico campeão serve de garoto propaganda.

Veja os melhores momentos do recorde:

Romain Dumas foi quem quebrou o recorde absoluto na subida de Pikes Peak, chegando ao topo em 7 minutos e 57,148 segundos. O tempo foi incríveis 16 segundos menor que o recorde anterior, conquistado pelo piloto Sébastien Loeb em 2013, dirigindo um Peugeot.

O percurso da trilha é sinuoso, com 156 curvas, no geral, fechadas, e a cada minuto leva o piloto a altitudes mais assustadoras.

O Volkswagen I.D. R Pikes Peak pesa 1.100 quilos e tem tração integral de dois motores elétricos com potência combinada de 680 cv (500 kW). Pouco peso e um centro de gravidade baixo são consideradas as características ideais para competir na subida.

Mas não foi só isso que levou o I.D. ao topo em tempo recorde. A verdade é que, em provas como esta, os elétricos têm vantagem sobre veículos comuns.

A pista alcança a altitude de 4.300 metros. Nesta altura, os motores a combustão estão perdendo potência devido à falta de oxigênio na atmosfera.

Mas os elétricos continuam com o mesmo poder do que quando começaram.

Volkswagen I.D. R Pikes Peak e o que veio antes dele

A disputa de Pikes Peak mudou muito desde que foi criada. Uma das maiores alterações foi o asfaltamento da via, que até 2002 era inteiramente de terra. A partir daquele ano, a pista foi recebendo asfalto em parcelas, até estar totalmente pavimentada para a corrida de 2012.

Foi também naquele ano que a divisão de elétricos foi iniciada. Desde então, este veículos passaram a figurar no topo da lista de vencedores devido às suas vantagens estruturais.

O recordista de Pikes Peak em 1988 parecia estar pronto para morrer

Antes, entretanto, a trilha exigia mais maestria de seus pilotos. Embora admiremos o aumento na segurança e as evoluções tecnológicas envolvidas no desenvolvimento da prova, não se fazem mais emoções como antes.

Uma prova disso é o vídeo acima, que mostra Ari Vatanen quebrando o recorde da prova em 1988 dirigindo um Peugeot 405 Turbo 16 GR. O tempo do piloto foi de 10:47,77.

As imagens são tão impressionantes que o curta também foi premiado.

Já em 2013, o recorde anterior foi conquistado por Sebastién Loeb em um Peugeot 208 adaptado, alcançando o tempo de 8:13,878. Veja:

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2 Comentários
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Marcelo 26 de junho de 2018

Significa que o mundo automotivo está ficando muito, mas muito chato mesmo…..

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Rodolfo 26 de junho de 2018

Foi dada a largada da corrida dos elétricos, mas o ideal seria a fusão do motor elétrico com o de combustão internal (gasolina) ou seja, o carro híbrido é um futuro promissor se as baterias tiverem o seu devido fim, ou seja, forem devidamente recicladas. Anseio por este dia!

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