Custos escondidos em um carro novo: saiba fazer essa conta

Conheça algumas das armadilhas financeiras de um veículo zero quilômetro para não gastar mais do que gostaria!

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Por Boris Feldman
Publicado em 29/04/2018 às 09h00
Atualizado em 17/02/2020 às 19h09

O casal fez as contas e decidiu comprar um carro zero quilômetro no valor de R$ 40 mil. O usado entrou no negócio como entrada e o resto dividido em 36 suaves prestações mensais. O que acelerou a decisão foram as despesas do carro usado: com quase 100 mil quilômetros, as contas da oficina vinham cada vez maiores. Mas será que consideraram os custos escondidos em um carro novo?

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Somados os salários do casal, a prestação representava cerca de 1/3 do que ganhavam. Pelas contas, daria para viver dignamente com o resto, desde que cortando algumas despesas não fundamentais, até liquidar a dívida.

Outro argumento é de que, pelo carro ser novo e estar na garantia, dificilmente suas despesas iriam além do combustível e uma eventual troca de óleo.

Aí é que a porca torce o rabo e se explica o porquê de tanta inadimplência no financiamento do carro zero quilômetros: ninguém se lembra de somar, na ponta do lápis, todas as despesas mensais e anuais para a manutenção do carro, mesmo o novo.

Pois tem o IPVA, o DPVAT, a taxa de licenciamento e o seguro total. E várias outras, mensais ou esporádicas: combustível, estacionamento, revisões obrigatórias, pneus, bateria, troca de óleo, lavagem e outras.

Tudo somado, o casal pagaria cerca de R$ 1.000 mensais só de custos escondidos em um carro novo, fora a prestação que é outro tanto.

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Nestas contas, não se considerou a desvalorização do carro, ou seja, quanto deverá ser complementado dentro de dois ou três anos para trocá-lo por outro zero quilômetro. A menos que se pretenda (pouco provável) permanecer com ele pelo resto da vida.

Se as contas ficaram apertadas, na hora em que o casal ainda tivesse que enfrentar um imprevisto financeiro (uma gravidez, por exemplo, não estava na previsão), a grana não daria, no final do mês, para pagar a prestação.

Sempre se tenta uma renegociação da dívida, mas meses depois as contas se enroscam outra vez. E, na terceira prestação atrasada, lá vem o oficial de justiça bater à porta e pedir o carro de volta.

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Boris Feldman

Jornalista e engenheiro com 50 anos de rodagem na imprensa automotiva. Comandou equipes de jornais, televisão e apresenta o programa AutoPapo em emissoras de rádio em todo o país.

Boris Feldman
1 Comentário
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Alice Martins 7 de julho de 2021

Muito importante o tema apresentado, eu estava a procura de um carro e queria entender mais sobre, negócios, financiamentos e as diferenças e vantagens que deveria levar em conta. Agora vejo que não se é recomendado comprar um carro 0.

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