Não há prazo para recall, mesmo que a fábrica diga o contrário

Um leitor disse que a fábrica não quis fazer o reparo de recall em um carro usado que ele comprou. Mas, ela não pode se recusar. Entenda:

Veículos com recall pendente podem ter CRLV bloqueado
Por Boris Feldman
Publicado em 27/05/2018 às 13h30
Atualizado em 30/01/2020 às 16h18

Leitor do AutoPapo leu na coluna que os donos de automóveis relutam em leva-los para um recall. Segundo as próprias fábricas, pouco mais de 50% dos modelos envolvido são levados para o reparo gratuito, apesar de ser algum item que envolve segurança. Mas será que eles sabem que não há prazo para recall?

não existe prazo para recall
Recall road sign

Bom, este leitor, ao comprar um carro usado, ligou para o SAC da fábrica e passou o número do chassis. E a informação foi de que o carro estava incluído em um recall e que deveria ter sido levado à concessionária para a substituição do airbag. Segundo o SAC, se o carro se envolvesse em um acidente com impacto frontal, um defeito no airbag provocaria um arremesso de estilhaços metálicos contra os ocupantes.

Conheça a história dos airbags explosivos da Takata, o maior recall do mundo

Ele comprou o carro e levou-o à concessionária para o reparo. Mas a oficina informou que o prazo de 180 dias do recall já tinha se esgotado e que iriam fazer um orçamento para a substituição dos dois airbags. Ele recusou pois no texto da coluna estava muito claro que não há prazo para recall e ele pode ser feito a qualquer momento dentro da vida útil do automóvel.

O leitor está certo e a concessionária está sendo desonesta ao preparar “orçamento” para substituição dos disparadores das bolsas infláveis. A fábrica realmente declara que o prazo máximo do recall é de 180 dias, mas ela é obrigada, por lei, a realizar o reparo gratuitamente durante toda a vida do carro. Não existe, portanto, prazo para recall.

Aliás, neste caso específico, a recomendação é para se levar quanto antes o carro para a concessionária pois este recall envolve os airbags fabricados pela Takata, milhões de automóveis foram envolvidos nesta falha dos disparadores. Uma deficiência neste componente faz com que um grande volume de pequenos pedaços metálicos seja arremetido contra os ocupantes do carro, a velocidades próximas de 300 km por hora.

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Boris Feldman

Jornalista e engenheiro com 50 anos de rodagem na imprensa automotiva. Comandou equipes de jornais, televisão e apresenta o programa AutoPapo em emissoras de rádio em todo o país.

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