Designer da Bugatti critica excesso de telas nos carros modernos
Chefe de design da Bugatti comenta que não vê as telas dos carros atuais envelhecendo bem, a marca pretende continuar sem usá-las
Chefe de design da Bugatti comenta que não vê as telas dos carros atuais envelhecendo bem, a marca pretende continuar sem usá-las
O excesso de telas nos carros vem causando polêmica no mundo automotivo. Para os fabricantes é bom pois uma tela pode substituir vários botões de uma vez só. Porém alguns designers se posicionam fortemente contra. Como é o caso de Achim Anscheidt, chefe de design da Bugatti.
O Bugatti Chiron foi lançado em 2016, quando as telas já dominavam o painel dos carros de luxo. Porém seu interior usa apenas duas no painel de instrumentos ladeando o velocímetro analógico, sem trazer uma central multimídia ou algo do gênero. A ideia da marca é que seus carros sejam atemporais, telas deixam os veículos datados.
“O que está acontecendo nos interiores automotivos é, de certa forma, lógico que estaria acontecendo (…) Por outro lado, isso me assusta. O que vai acontecer com todos esses dispositivos e todas essas coisas quando os sistemas operacionais não funcionarem um dia? O que vai acontecer em 10 anos, mesmo? Você ainda está interessado no iPhone 3?
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O questionamento acima foi levantado por Anscheidt em uma entrevista para o site The Drive. Na ocasião o designer estava apresentando o W16 Mistral, que é o conversível que marca a despedida do Chiron. O supercarro foi apresentado durante o Pebble Beach Concours d’Elegance, rodeado por clássicos de todas as décadas.
Achim Anscheidt quer que o Bugatti W16 Mistral esteja exposto em Pebble Beach daqui 30 anos e o carro precisa continuar parecendo uma obra de arte. Será que os carros cheios de tela terão chance no gramado dentro de 30 anos?
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