Carro elétrico e a gasolina: preços não serão iguais tão cedo, diz Mercedes

Apesar do avanço da tecnologia, preço de produção das baterias para o carro elétrico ainda é alto, o que torna a produção ainda mais cara

EQC 400, SUV elétrico da Mercedes
EQC 400, SUV elétrico da Mercedes (Foto: Mercedes | Divulgação)
Por Bernardo Castro
Publicado em 05/04/2022 às 13h04

As fabricantes estão voltando as suas atenções para a produção do carro elétrico e muitas delas têm planos de zerar a emissão de carbono na Europa nos próximos anos. O setor automotivo tem apostado que o futuro é do veículo é a bateria e, por isso, está investido bilhões na eletrificação de suas operações.

Apesar de ser mais econômico, o carro elétrico é algumas vezes mais caro do que o a combustão e nem todo mundo tem condição de fazer um investimento inicial tão alto para comprar um automóvel — no Brasil que o diga. Em países europeus e nos Estados Unidos esses modelos são mais acessíveis mas, ainda assim, a disparidade no preço é notória.

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Por mais que essa tecnologia esteja avançado e os preços estão, de fato, abaixando, a Mercedes acredita que essa diferença deve continuar por alguns anos. O executivo da marca alemã Markus Schäfer, relatou ao Road & Track que mesmo as montadoras mais experientes no ramo sabem que a tecnologia e economia atual das baterias não são capazes de fornecer uma solução equiparada, em termos de preço, com um veículo de motor a combustão.

Chegando a um preço de bateria de US$ 50 por quilowatt, o que levaria a uma base de custo comparável a um ICE, eu diria que isso está muito longe. Não vejo isso com a química que temos hoje.”

Preço da bateria dos carros elétricos reduziu muito na última década

De acordo com o Bloombergos pacotes de íons de lítio custavam US$ 1.100 (aproximadamente R$ 5 mil na cotação atual) por quilowatt-hora em 2010. Hoje, a média de preço é de US$ 137 (R$ 634), uma queda de 89%.

O referido portal diz que até o ano que vem, o preço médio das baterias de carros elétricos devem atingir US$ 100 por kWh. E mesmo que a Mercedes consiga, eventualmente, comprar as peças por esse preço – visto que esse não é um valor acordado por todas as empresas de pesquisa financeira – ainda é mais que o dobro do que o fabricante considera parelho ao custo dos motores de combustão interna.

Segundo Schäfer, dois fatores em jogo: o custo para minerar as matérias-primas e o aumento global da demanda de carros elétricos. Esse segundo fator ainda influencia na atual escassez de lítio no mundo.

Ademais, o custo de quase tudo continua a aumentar, e a demanda por matérias-primas usadas na fabricação de baterias também está subindo junto com a produção de veículos elétricos, o que piora ainda mais a situação.

Como é dirigir um carro elétrico pela primeira vez? O AutoPapo mostra como foi essa experiência.

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