Carros a gasolina e diesel serão proibidos até 2030?

Deputado mira em países como Reino Unido, Noruega e França e propõe fim dos leves movidos a derivados de petróleo

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Outros projetos querem acabar com a venda de carros com motores a gasolina (Foto: Chevrolet | Divulgação)
Por AutoPapo
Com Agência Câmara de Notícias
Publicado em 28/01/2021 às 14h50

O Projeto de Lei 5332/20, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), proíbe a venda, em todo o território nacional, de carros e veículos leves novos movidos a gasolina e óleo diesel a partir de 1º de janeiro de 2030.

Segundo resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), são considerados veículos leves: ciclomotor, motoneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo, automóvel, utilitário e caminhonete, com peso bruto total inferior ou igual a 3,5 toneladas.

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O parlamentar argumenta que a necessidade de combater as mudanças climáticas vem ganhando cada vez mais importância na definição de políticas públicas em todo o mundo e ressalta que o Brasil não pode se abster da discussão.

“O mais recente exemplo é o Reino Unido, que resolveu proibir a venda de carros e vans equipados com motores a gasolina e diesel a partir de 2030, que anteriormente estava prevista para 2040.” Teixeira afirma ainda que iniciativas semelhantes já foram adotadas em outros países, como Noruega e França.

A proibição, segundo o deputado, sinaliza para a indústria automobilística as restrições ambientais futuras e permite o direcionamento de investimentos para tecnologias que propiciem a redução da emissão de gases de efeito estufa.

“O Brasil, que possui uma indústria automobilística entre as maiores do mundo, não pode ficar parado sem fazer nada”, afirma Teixeira.

A proposta de Teixeira tramita junto com os projetos de lei PL 7582/17 e PL 4086/12, ambos tratam da produção e comercialização de automóveis movidos a eletricidade.

Todas os PL citados, incluindo o que quer o fim dos carros a gasolina e diesel, aguardam deliberação na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços. A seguir serão analisadas em caráter conclusivo pelas comissões de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Outra proposta quer o fim de carros a gasolina e diesel

O Projeto de Lei 3368/20 também quer determinar que, a partir de 2030, os automóveis e utilitários leves fabricados no Brasil ou importados usem exclusivamente biocombustíveis, como o etanol. A migração para o novo padrão, que extinguirá motores a gasolina ou diesel, será gradual.

Pela proposta que tramita na Câmara dos Deputados, em 2030 a regra valerá para todos os veículos com motor de 1,6 L a 1,8 L de cilindradas. Depois, será a vez dos carros 1.4 a 1.6 (em 2033) e 1.4 para baixo (em 2035).

O projeto obriga que até mesmo os carros elétricos saiam de fábrica adaptados para receber biocombustível, tornando-se, na prática, veículos híbridos.

O texto é de autoria do deputado Jose Mario Schreiner (DEM-GO). Segundo ele, a proposta estimula o uso, no Brasil, do etanol, biocombustível que tem várias vantagens, principalmente ambientais, sobre a gasolina e o diesel.

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12 Comentários
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David Ferreira Lima 21 de setembro de 2022

No meu ponto de vista, deveria proibir todos tipos de veículos não importa a marca ou cilindradas e combustão. ou seja, Etanol, Diesel ou Gasolina !

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Alaíde 8 de setembro de 2022

Bom,se não forem queimar a cana pra colher…No Brasil já fazem a colheita sem a queima,mas outros países seguem esse exemplo?A queima produz muito co2.Que trabalhemos para melhorar o ar que respiramos,pois não adianta ter carros bons e potentes e ar venenoso,além de alterações irreversíveis no clima do mundo todo.A coisa deve tá feia no planeta,pois essa mudança que era para ocorrer em 2040 foi adiantado para até 2030.

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Ricardo Da Silva Pereira 26 de outubro de 2021

Bacana no futuro respiraremos melhor,adeus motores a combustão, mas se a intenção é cuidar do ser humano e sua saúde, que tal projetos de lei que visam proibir a venda e fabricação de bebidas alcoólicas e cigarro para qualquer pessoa, aliás isso já destruiu muitas famílias.

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João Marcelo Alves 28 de agosto de 2021

Querendo entender, quem sempre paga esta conta é o consumidor residencial, cotei para por placas solares, 300kw R$ 28000,00 para 600kw R$ 48000,00, moramos num país com a matriz elétrica deficitária, compramos a maior parte da energia elétrica de outros países, Itaipu Binacional, compramos do Paraguai, compramos até o GNV que mantém a nossa indústria de fora, só lembrar da refinaria montada e logo após, roubada…
Como imaginar uma pick-up no Brasil, elétrica, que o proprietário de um pequeno sítio na zona rural de uma cidadezinha bem pequena possa realmente ter que estrutura para recarga e autonomia grande para chegar às grandes cidades para efetuar suas entregas e, retornar.
Na Califórnia USA, onde têm bastantes postos de recarga rápida, em uma hora ele recarrega até 80% da bateria dos automóveis e, em casa leva uma noite inteira e mais, 12 horas para dar a recarga completa. Donos de automóveis elétricos estão retornando a carros a gasolina, pois em nem cinco minutos já estão abastecidos.
Nove anos não é um tempo hábil para mudar a matriz elétrica do Brasil de deficitária para cobrir a nova demanda e, acredite irá aumentar e muito mesmo, imagine toda a frota de carros sendo exclusivamente elétricos, como era o projeto anterior, ele queria inclusive onibus e caminhões. Algo mudou e ele retirou os pesados da lista…

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Vitor Mateus centa 9 de agosto de 2021

Eh só passar para GNV resolvido o problema

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oak 26 de abril de 2021

Este deputado é uma aberração em seu partido, se é que não são todos!

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Theblacklist 13 de abril de 2021

O ser humano não consegue nem
Lidar com plástico ou óleo nos Oceanos…. imagina milhões de baterias ( ácidos/ chumbo/ etc.)

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Lucca 18 de março de 2021

É bom o pessoal começar a se acostumar com lambreta porque acho dificil haver alguma moto de performance alta eletrica no Brasil daqui 9 anos.

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Fernando 28 de janeiro de 2021

Engraçado é que o projeto é de um deputado do PT partido este que mais lucrou com os combustíveis derivados do petróleo, mas aqui é Brasil… outro probleminha seria a alta no preço do etanol.

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Fe 28 de janeiro de 2021

Não consigo imaginar uma pick-up no Brasil elétrica onde o dono, proprietário de um pequeno sítio na zona rural de uma cidadezinha bem pequena possa realmente ter que estrutura para recarga e autonomia grande para chegar às grandes cidades para efetuar suas entregas. Aliás, atualmente pick-up a gasolina eu já não compraria, somente a Diesel, mas, vamos ver daqui a 9 anos…. quem sabe as coisas mudam, apesar de 9 anos não ser tanto tempo assim.

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higor 6 de junho de 2021

sendo um carro eletrico esse produtor poderia carregar o mesmo com energia solar sem precisar ir a cidade e sendo 100% autonomo

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Fábio Jr; 26 de outubro de 2021

Energia solar não é grátis, custa muito caro para adquirir e manter um painel. Energia elétrica também não é de graça. A bateria do carro elétrico tem vida útil, e uma nova custa uma fortuna. No final das contas, se o cara tivesse mantido seu carrinho movido a gasolina, gastaria menos…

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