Indústria automotiva deixou de produzir 2,2 milhões de veículos só este ano, por falta de semicondutores

Levantamento feito pela AutoForecast Solutions mostra o impacto da crise de semicondutores e aponta que cenário pode ficar ainda pior

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Crise de chips semicondutores pode ficar ainda pior (Foto: Reprodução)
Por Bernardo Castro
Publicado em 14/06/2022 às 09h03

A pandemia do novo Coronavírus trouxe a crise dos chips semicondutores e, com ela, um grande problema no mercado automotivo. A Covid-19 foi controlada em quase todo o mundo e, por isso, esperava-se que as vendas e produção no setor também voltariam ao normal. No entanto, não é exatamente isso que está acontecendo.

Em 2022, a Volkswagen já paralisou suas operações na fábrica de São Bernardo do Campo e, recentemente, a Chevrolet anunciou que vai dar desconto em modelos que serão entregues sem alguns mimos eletrônicos.

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E esse problema está afetando o mundo inteiro. Um levantamento feito pela (AFS) concluiu que o setor automotivo produziu 2,2 milhões de veículos a menos do que o esperado para a primeira metade do ano. Esse número é 10% maior do que o registrado na mesma época em 2021, e não existe uma perspectiva de melhora iminente.

De acordo com a AFS, as montadoras mais afetadas pela falta de chips semicondutores foram as da América do Norte. Dos 234 mil veículos registrados na pesquisa, 88% deles foram programados para serem montados, mas sequer chegaram à posse de um revendedor. Isso eleva a escassez total estimada de veículos produzidos na América do Norte, até o momento, para mais de 780,8 mil unidades.

A situação na América do Norte é ruim, e na Europa a coisa não é muito diferente. No velho continente a queda na produção registrou 794,1 mil exemplares. Em outras partes do mundo a baixa ficou assim: 107,3 mil unidades na China e 437,9 mil no resto da Ásia; 98,2 mil na América do Sul; 12 mil unidades somando Oriente Médio e África.

Além dos 2,2 milhões de modelos que deixaram de ser produzidos, a AFS estima que esse número pode chegar a 3 milhões.

No entanto, vale lembrar que o ano já chegou em sua metade e, em uma visão um tanto otimista, a disponibilidade de produtos, como os chips semicondutores, pode começar a melhorar. Caso se confirme, esse cenário estaria de acordo com a declaração que Jim Farleu, CEO da Ford, deu no iníco do ano, indicando que a escassez poderia dar uma trégua no final de 2022.

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