Morre Wilson Fittipaldi um dos grandes nomes do automobilismo

Wilson Fittipaldi foi quem começou a tirar os planos do papel em 1973 e, dois anos depois, nasceu a Copersucar-Fittipaldi

wilson fittipaldi gp argentina copersucar fd01
Wilsinho morreu aos 80 anos (Foto: Reprodução | Internet )
Por Pedro Januzzi
Publicado em 23/02/2024 às 13h02

Wilson Fittipaldi Júnior, faleceu aos 80 anos nesta sexta-feira às 6h, devido a complicações decorrentes de uma parada cardíaca que sofreu em dezembro, após engasgar. O renomado ex-piloto da Fórmula 1, irmão mais velho do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi, deixa para trás sua esposa Rita e seu filho Christian Fittipaldi, também conhecido por sua trajetória na F1.

Wilsinho encontrava-se sob cuidados médicos no Hospital Prevent Senior, localizado na Zona Sul de São Paulo, desde o Natal de 2023, data em que celebrou seus 80 anos. Segundo relatos de sua esposa, Rita, o ex-piloto de Fórmula 1 engasgou-se com um pedaço de carne, resultando em uma parada cardíaca que o levou à hospitalização.

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Inicialmente, ele foi submetido a intubação e sedação. Após passar por uma traqueostomia, houve uma melhora em seu estado de saúde, culminando na sua transferência da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para um quarto do hospital em 16 de janeiro.

Morre Wilson Fittipaldi

Wilsinho influenciado pelo seu pai, alcançou o ápice de sua carreira ao ingressar na Fórmula 1 na década de 70. Ao longo de sua trajetória, ele competiu em três temporadas, duas delas pela Brabham (1972 e 1973) e uma pela Copersucar (1975), na qual marcou a estreia da equipe brasileira fundada por ele e seu irmão, Emerson.

wilson fittipaldi

Após encerrar sua carreira na Fórmula 1, Wilson Fittipaldi continuou ativo no automobilismo, liderando a equipe Copersucar até 1982. Ele também competiu em várias edições da Stock Car nas décadas de 80 e 90, além de colaborar com seu irmão Emerson em 2008 no Campeonato Brasileiro de GT3.

Inicio da trajetória

O jovem Wilson Fittipaldi, nascido em 1943 em São Paulo, herdou a paixão pelo automobilismo de seu pai, o jornalista e piloto Wilson Fittipaldi Sr. Desde cedo, demonstrava talento e ousadia ao volante, construindo karts rudimentares com seu irmão Emerson e competindo em corridas de rua.

Primeiros Passos na Fórmula Vee: Em 1964, aos 21 anos, Wilson deu início à sua trajetória profissional na Fórmula Vee, categoria de monopostos que servia como porta de entrada para o automobilismo internacional. Com um chassi que ele mesmo construiu, conquistou o título de campeão paulista e brasileiro, demonstrando notável habilidade e determinação.

Em busca de novos desafios, Wilson Fittipaldi partiu para a Europa em 1966. Na competitiva Fórmula 3 Inglesa, enfrentou pilotos experientes e pistas lendárias, como Brands Hatch e Silverstone. Apesar das dificuldades e da falta de recursos, ele se destacou com seu estilo arrojado e conquistou o 4º lugar no campeonato.

Copersucar

A Fórmula 1 viveu sua era mais “pura” entre os anos 1960 e 1980 quando as equipes garagistas dominavam a categoria. Naquela época, muitos pilotos com experiência na categoria viravam as costas para times já consolidados e construíam do zero a própria equipe. Jack Brabham e Bruce McLaren talvez sejam um dos grandes exemplos disso.

Também foi nesse período que surgiu a primeira e única escuderia totalmente brasileira e independente na Fórmula 1: a Copersucar-Fittipaldi.

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O que muita gente não sabe nessa história é que, apesar de ter seu nome diretamente ligado ao início da escuderia, e de ter sido um pilar importante para a formação dela, não foi Emerson quem teve a ideia inicial do projeto. O precursor dessa empreitada foi seu irmão, Wilson Fittipaldi Jr., o Wilsinho, que começou a tirar os planos do papel em 1973 e, dois anos depois, nasceu a Copersucar-Fittipaldi.

Wilsinho montou a equipe técnica composta pelo engenheiro Ricardo Divila – que já fazia sucesso na Europa – e fez questão de que os mecânicos fossem todos brasileiros. A base do novo time não poderia ser diferente e, por isso, ficava a 150 m do autódromo de Interlagos.

Uma das premissas de Wilson Jr era que, além dos trabalhadores envolvidos no projeto, o carro também deveria ser o mais brasileiro possível. Para viabilizar essa ideia, ele precisou ir atrás de fornecedores e parceiros que topassem encarar o desafio. E a receptividade foi relativamente alta.

copersucar f05 1977 primeiro amarelo brasil

Algumas empresas que entraram como fornecedoras foram: Gemmer (caixa de direção), Italmagnesio (rodas e peças fundidas), Fabrini (molas helicoidais), SKF(rolamentos) e a Villares (carbonos especiais).

Uma das premissas de Wilson Jr era que, além dos trabalhadores envolvidos no projeto, o carro também deveria ser o mais brasileiro possível. Para viabilizar essa ideia, ele precisou ir atrás de fornecedores e parceiros que topassem encarar o desafio. E a receptividade foi relativamente alta.

Algumas empresas que entraram como fornecedoras foram: Gemmer (caixa de direção), Italmagnesio (rodas e peças fundidas), Fabrini (molas helicoidais), SKF(rolamentos) e a Villares (carbonos especiais).

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