Por Bernardo Castro
Publicado em 07/11/2022 às 17h02

Na semana em que se prepara para o Grande Prêmio de São Paulo, em Interlagos, o heptacampeão mundial de Fórmula 1 Sir Lewis Hamilton se tornou oficialmente um cidadão brasileiro em uma sessão solene realizada nesta segunda-feira (7) no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.

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A Cerimônia foi aberta por Arthur Lira, presidente da Câmara que, posteriormente, passou a palavra para André Figueiredo, responsável pelo requerimento de homenagear o heptacampeão. Assim, Lira presenteou o piloto da Mercedes com a medalha do Mérito Legislativo.

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Após receber o título, o britânico se mostrou muito orgulhoso da conquista:

É uma grande honra aceitar e receber essa honraria. Agora, finalmente, posso dizer que eu sou um de vocês. Amo o Brasil, sempre amei. Tenho muitas memórias incríveis mesmo de antes de vir pela primeira vez. Mas sabendo de tudo que vivi aqui desde vi pela primeira vez, em 2007, e especialmente o que aconteceu no ano passado foi incrível.

Hamilton foi homenageado devido a estreita relação que mantém com o Brasil. A iniciativa de torná-lo cidadão honorário do Brasil partiu de Figueiredo após a atuação do heptacampeão no GP realizado aqui no Brasil no ano passado.

A corrida em questão foi considerada pelo próprio piloto como uma das melhores performances de sua carreira. Na ocasião, Lewis disputava o campeonato com Max Verstappen e precisava vencer para manter vivas as chances de título. O piloto da Mercedes venceu a corrida no Brasil após superar um total de 25 punições no grid ao longo do fim de semana e, ainda assim, terminou a etapa 10 segundos a frente do rival holandês.

Ao concluir a prova, Hamilton repetiu o gesto de seu ídolo Ayrton Senna dando mais uma volta no autódromo com a bandeira do Brasil. Ele também havia disputado a corrida com um capacete especial com as cores da bandeira brasileira.

Quero dedicar essa honra a Ayrton Senna, família dele, amigos e fãs. Quando assisti Ayrton pela primeira vez, tinha cinco anos de idade e sabia que queria ser um campeão mundial como ele. Aí, passei a saber sobre o Brasil e jogar FIFA com a seleção do Brasil. Quero muito passar mais tempo aqui, conhecer mais lugares, como a floresta amazônica e lugares lindos.”

Em sua proposta, André Figueiredo reiterou que “esse gesto de respeito à memória do maior piloto brasileiro repercutiu em todos e cada um de nossos cidadãos. Senna não era apenas um piloto, mas representava a imagem de um Brasil que dava certo, que ganhava, que era visto positivamente pelo mundo. Era nosso orgulho, pois nos lembrava de nossas potencialidades”.

Além disso, o gesto teria ajudado a lembrar que “as cores nacionais não têm partido nem dono”, e ajudaria a resgatar nossa bandeira como símbolo de união nacional.

Finalizando seu discurso na Câmara dos Deputados, Hamilton afirmou que agora se considera um de nós:

Como um homem preto no Brasil, temos tanta coisa ainda a melhorar em nosso esporte. Estou comprometido a mudar muita coisa e, quando estou no Brasil, vejo tanta gente, de tantas vertentes, lutando pelo que eu acredito. Agora, me considero um de vocês. Obrigado, Brasil, eu amo vocês.”