Por Bernardo Castro
Publicado em 29/03/2022 às 18h04

Elon Musk tem sido um defensor do uso do manganês para a produção de baterias de carros elétricos e reiterou essa vontade durante a cerimônia de abertura da fábrica da Tesla em Berlin, na Alemanha.

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Durante o discurso, o CEO afirmou que o manganês tem um “potencial interessante” quando comparado ao uso do grafeno como material de fabricação em massa. Essa não é a primeira vez que Musk fala que a Tesla está explorando o manganês como uma alternativa ao ferro ou fósforo – que são utilizados atualmente na fabricação das baterias LFP dos veículos de linha padrão da fabricante de carros elétricos.

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De acordo com o bilionário, se o mundo realmente pretende migrar dos veículos a combustão para os movidos a eletricidade, seria necessário algo em torno de 300 terawatt/hora para suprir essa demanda.

Esse número só pode ser atingido se a produção contar com materiais mais baratos e abundantes, como já é o caso das baterias LFP e viria a ser também com o manganês.

A bateria a manganês se encaixaria entre as de LFP e as a base de níquel. Esse último, inclusive, teve uma disparada em seu preço após o início dos conflitos na Ucrânia. Isso faz com que a ideia de Elon Musk se torne ainda mais interessante, visto que agora os materiais comuns das baterias de níquel-cobalto-alumínio que vão para carros elétricos de longo alcance estão se tornando cada vez mais escassas e caras.

Por isso, o CEO da Tesla acredita que a adição do manganês ao ferro e ao fósforo seja o caminho certo para produzir baterias de carros elétricos cada vez mais acessíveis, além de tornar viável o fornecimento de centenas de TWh/ano demandado em escala global.

A Tesla tem uma direção quase autônoma, mas tecnologia ainda não é totalmente confiável. Entenda: