Eos foi o último conversível da Volkswagen no Brasil — e fracassou

A montadora alemã criou um complexo conversível que ficou em produção por 10 anos, porém não conseguiu sucesso nem no Brasil nem na Europa

volkswagen eos 2006 prata frente parado
O modelo era o único do segmento a não ter a cara de um hatch (Fotos: Volkswagen | Divulgação)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 05/02/2024 às 17h02

Mesmo não sendo o tipo de carro favorito do brasileiro, as montadoras sempre arriscam em trazer um conversível para cá. O último que foi vendido pela Volkswagen em nosso país tropical foi o esquecido Eos.

Na Europa, esse segmento é bastante competitivo. Na década de 2000, todo carro médio de projeto europeu tinha um conversível, exceto o Golf. A Volkswagen lançou o Eos em 2006 para competir com Opel Astra Twintop, Ford Focus CC, Peugeot 307 CC, Renault Megane CC e Volvo C70.

volkswagen eos azul lateral parado com capota abrindo
Não bastava ter uma capota rígida complexa, ainda havia um teto solar nela

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O Volkswagen Eos foi desenhado por uma equipe chefiada por Peter Schreyer, que hoje comanda o design da Kia. Ao contrário dos rivais, ele não compartilhava o visual com outros carros, tinha identidade própria.

Mas, como a VW estava em uma época onde tentava emplacar inovações, o Eos não poderia ser diferente. A sua capota rígida retrátil já era uma complicação por si só, ela ganhou mais complexidade por ter um teto solar de vidro que poderia abrir com o carro fechado.

O sistema hidráulico complexo e cheio de vedações de borracha exige manutenção periódica. A plataforma era compartilhada com o Golf de quinta geração, que também é conhecido pela complexidade e por ser caro de fabricar.

Na época do lançamento as opções de motor eram: 1.6 FSI aspirado, 2.0 TSI, 3.2 VR6 ou 2.0 TDI. No meio do ciclo de vida o 1.6 aspirado foi trocado pelo 1.4 TSI e o VR6 3.6 entrou em cena.

No Brasil o Eos veio em configuração única: motor 2.0 TSI de 200 cv e caixa de dupla embreagem. Mais forte que os 307 CC e Megane CC vendidos oficialmente por aqui.

O Volkswagen Eos não fez sucesso

volkswagen eos 2011 prata frente parado
Na linha 2011 veio um face-lift, que tirou parte da personalidade do carro

O conversível já chegou aqui em um mercado bastante limitado. O teto solar e o motor mais forte do Eos não ajudaram a conquistar o brasileiro, amargando com vendas baixas nos três anos que foi oferecido por aqui.

Estima-se que vieram 120 unidades. Na Fenabrave há registro apenas das 74 unidades emplacadas em 2009, não encontramos informações de 2010 e 2011.

É possível encontrar algumas unidades do VW Eos nos sites de classificados, com preços na faixa de R$ 130 mil. É o dobro do valor pedido pelo Peugeot 307 CC usado.

volkswagen t roc cabriolet vermelho lateral parado
Hoje, o conversível da marca é baseado no SUV T-Roc

O Eos também não conseguiu muito sucesso na Europa e nos EUA. Ele deixou de ser produzido na planta de Palmela, em Portugal, em 2016, com 10 anos nas costas.

Seu sucessor foi um modelo mais convencional, o Golf Cabriolet com capota de lona. A complexidade dos tetos rígidos retráteis afugentou os consumidores, que voltaram a preferir o tradicional em tecido.

Atualmente o conversível da Volkswagen é o T-Roc, que é um SUV derivado do Golf. Ele é o último de marca generalista no segmento, os remanescentes que não são esportivos são modelos premium como o BMW Série 4.

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