[Vídeo] NC 750X DCT: passar marcha com botão incrementa pilotagem

Agora fabricado no Brasil, o câmbio DCT é o único que possibilita que as japonesas possam passar ou reduzir sem ter que apertar a manete ou bater o pé

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O modelo ainda é vendido também com o câmbio manual (Foto: Honda | Caio Mattos)
Por Lucas Silvério
Publicado em 01/04/2024 às 19h02
Atualizado em 02/04/2024 às 15h03

No fim de 2023 a Honda anunciou que passaria a produzir seu câmbio automatizado, o DCT, aqui no Brasil, se tornando assim a única fábrica além da matriz japonesa a contar com essa tecnologia que está em quatro de seus modelos nacionais, a NC 750X, X-ADV, Africa Twin e Gold Wing.

A Honda NC 750X é a menor dentre suas irmãs de caixa, mas a agora 100% nacional tem um diferencial. Este crossover – que serve tanto para off-road quanto para pistas – é campeão de vendas da marca e único da categoria, pois além do DCT é um opção para viajar sem ter que levar um baú, graças ao bagageiro embutido no lugar do tanque.

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Neste “lançamento” do modelo que já existia no mercado brasileiro, mas era importado, a Honda levou a mídia especializada para rodar mais de 200 km na Serra Gaúcha e tirar suas primeiras impressões do cambio feito aqui. Em 492 curvas e também algumas retas verificamos os principais pontos desta moto campeã de vendas e sem concorrentes diretos.

  • Confira nossas impressões da nova NC 750X

Preço da Honda NC 750X

  • NC 750X MT (manual): R$ 52.680;
  • NC 750X DCT (automatizada): R$ 58.346.

Honda NC 750X

A NC 750X chegou ao Brasil com suas primeiras unidades em 2012, ainda com o motor de 700 cm³. Ao longo dos anos ela ganhou mais força, potência, equipamentos e também tecnologia.

Motor da NC 750X

A crossover atualmente porta um bicilíndrico de 745 cm³ capaz de atingir até 58,6 cv de potência a 6.750 rpm e torque de 7,03 kgfm a 4.750 rpm. Um ponto interessante é que essa faixa de rotação baixa para a potência máxima deixa a moto muito equilibrada e esperta na hora de atingir tanto a força máxima, quanto posteriormente a potência mais alta. Assim o modelo sempre tem força e também velocidade.

Na sequência do conjunto do motor a moto conta com o já falado Dual Clutch Transmission (DCT) – em portugues transmissão de dupla embreagem. Este sistema automatizado tem uma embreagem para as marchas ímpares e outra para as pares, assim sempre há uma pré – engatada evitando que a moto engasgue na hora da troca. No total são seis velocidades que garantem a NC uma velocidade máxima de 175 km/h, segundo a fabricante.

Chassis

A Honda utiliza um quadro tubular Diamond Frame que foi reformulado na atualização de 2022, deixando o crossover 6 kg mais leve.

Aqui o diferencial vai para a forma que ele foi construído. Sendo um chassi de scooter, o mesmo que a X-ADV carrega, ele é mais baixo, o que juntamente com o motor que é posto praticamente na horizontal, possibilitam o espaço para o bagageiro de 22 l no lugar do tanque de combustível. Para abastecer, basta abrir o compartimento que fica abaixo do banco do garupa.

Suspensões 

A suspensão traseira é uma Pro-Link de 120 mm de curso que conta com o sistema Honda Multi-Action System (HMAS) para absorção de impacto e também com ajuste de pré-carga de mola. Na dianteira da NC 750X os garfos Showa são postos simples, e não invertidos, além de possuírem os mesmos 120 mm de curso.

Pneus rodas e freios da Honda NC 750X

Nos conjuntos mais próximos ao solo a NC 750X tem rodas de liga leve de 17 polegadas com cinco raios duplos em preto brilhante, calçando pneus Dunlop 120/70 ZR17M/C(58W) na dianteira e 160/60 ZR17M/C(69W) na traseira. Os pneus de mesma polegada proporcionam melhor estabilidade para o modelo.

Na parte dos freios, discos de 320 mm com uma pinça com pistão duplo, na dianteira, e 240 mm e pinça de pistão simples, na traseira.

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O modelo DCT e MT ainda são vendidos pela marca (Foto: Honda | Caio Mattos)

Tecnologias

A NC 750X tem o painel completo e todo em Led. Com vários ajustes para informar até os quilômetros rodados de forma regressiva ele se destaca pelo feixe de luz na parte superior direita. Esta pode ser configurada para acusar diferentes cores de acordo com o que for configurado pelo condutor, para informar, por exemplo, o modo de condução escolhido.

Nos punhos estão todos os comandos para alterar os modos de condução, que podem variar ente, Rain (chuva), Standard (padrão), Sport (esporte) e User (usuário), botões para passar e reduzir a marcha, setas para configurar o modelo e as demais opções padrão.

  • Para melhor condução do piloto a  NC 750X tem o acelerador eletrônico, que entrega a potência ideal, além do importante controle de torque que auxilia a moto principalmente em baixas velocidades. 

Impressões ao pilotar a NC 750X

Neste percurso de pouco mais de 200 km na Serra Gaúcha o que mais deu para perceber, testar, usar e abusar foi o comportamento da moto e do seu câmbio brasileiro em curvas. Foram 492 conversões variando entre os modos de condução e utilização do modo manual e automatizado.

A Honda NC 750X se mostrou um modelo eficiente em sua proposta de uma grande da casa dos 700. O motor horizontal e o chassi baixo junto com o motor que atinge a faixa de rotação de forma muito rápida, fazem com que as curvas sejam bem leves.

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A NC 750X é um bom modelo para viajar (Foto: Honda | Caio Mattos)

Já o câmbio DCT certamente faz todo o diferencial na moto. Sem a necessidade de ficar apertando o manete e batendo no pedal, entrar em uma curva ou simplesmente reduzir fica bem mais tranquilo, sem que o condutor tenha que se preocupar com esta passagem, ou em reduzir de forma correta. O único momento que se tem que ter atenção é nas entradas de curva, pois esporadicamente será necessário reduzir a marcha no botão para entrar com o motor cheio.

Além disso, é importante destacar que este câmbio possui duas embreagens, uma para as marchas pares e outra para as ímpares. Isso faz com que uma esteja sempre pré engatada e não haja nenhum tipo de falha ou solavanco.

O controle de torque também se fez bem presente, principalmente nas saídas em terrenos arenosos, que costumam escorregar.

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Nas baixas velocidades ela também é econômica (Foto: Honda | Caio Mattos)

Por fim, toda essa proposta faz o modelo bom para pegar estradas com pouca bagagem e até com um garupa (diferencial para o pegador do passageiro que é bem ergonomico). E além da estrada, é possível rodar tranquilamente com ela até no meio do trânsito mais intenso das cidades, já que é uma moto leve para a categoria, automatizada, e capaz de fazer até 30 km/l, o que é bastante para um modelo grande.

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