BYD Shark é apresentada no México e chega ao Brasil em setembro
Com foco no agro, picape chinesa terá três motores de 430 cv combinados que faz dela mais rápida que a Ranger Raptor e roda até 100 km só na bateria
Com foco no agro, picape chinesa terá três motores de 430 cv combinados que faz dela mais rápida que a Ranger Raptor e roda até 100 km só na bateria
A BYD Shark finalmente foi apresentada oficialmente. O modelo foi revelado na Cidade do México, onde será o primeiro mercado da picape híbrida plug-in chinesa. Sua chegada ao Brasil vem na sequência, em setembro de 2024 de olho no consumidor agro. Para isso aposta em potência, tecnologia e autonomia elevada.
Com porte médio, a BYD Shark quer concorrer no segmento dominado por Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger. Ela é uma média tradicional com chassi destacado da carroceria e caçamba desconectada da cabine.
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No entanto, se destaca pela plataforma DMO Super Híbrida Off-road. Trata-se de um nome pomposo para seu chassi desenhado para acomodar motores elétricos e a combustão, assim como tanque de combustível e baterias.
A picape combina um motor a gasolina turbo 1.5 com duas unidades elétricas. A potência combinada ficou em 430 cv, que é menos do que tinha sido especulado até então, que variaria de 480 a 500 cv.
Mesmo assim, trata-se de uma das picapes mais rápidas do mercado. Ela é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos. Para se ter uma ideia, a furiosa Ranger Raptor completa a mesma tarefa em 5,8 segundos.
Com os três motores, a BYD Shark é uma picape 4×4, mas sem a necessidade de eixo cardã e diferenciais central e traseiro. O torque das rodas traseiras é entregue por um dos motores elétricos, enquanto a unidade a combustão e segundo elétrico tracionam as rodas dianteiras.
A autonomia da picape gira em torno de 840 km no combinado entre bateria e gasolina, de acordo com o ciclo europeu NEDC, que é mais realista que o WLTP. No entanto, a autonomia apenas com bateria gira em torno de 100 km. Funcionando como híbrido, o consumo médio é de 13,3 km/l.
Para isso, ela foi equipada com bateria do tipo blade. Segundo a BYD a bateria faz parte do conjunto estrutural do chassi, já que se encaixa junto das longarinas transversais no centro do carro. Isso, segundo a marca, garantiu um aumento da rigidez torcional em 22%, o que promete capacidade off-road bastante apurada.
BYD Shark também atua como gerador. O conjunto híbrido pode ser utilizado para alimentar aparelhos elétricos, como um gerador estacionário convencional.
Em termos de medidas, a BYD informou apenas o entre-eixos de 3,26 m, que corresponde a 59,7% do comprimento total. Ou seja, ela tem cerca de 5,46 m de ponta a ponta.
Segundo a montadora, o ângulo de ataque fica em 30° e o ângulo de partida é de 19.2°. A capacidade de carga fica abaixo das rivais com motor diesel: 835 kg. A caçamba possui volume total de 1.450 litros e a Shark pode rebocar 2.500 kg.
Por dentro, a marca destaca tecnologias como quadro de instrumentos digital de 10,25 polegadas e o tradicional multimídia giratório de 12,8 polegadas.
A picape utiliza chaves presenciais com sinal NFC para abertura e partida. Trata-se da mesma tecnologia presente em celulares, notebooks e até máquinas de pagamento, que oferecem mais segurança que os antigos sistemas de radiofrequência. Assim, é possível utilizar o telefone como chave.
Além dos tradicionais conteúdos como conexão para celulares, carregamento por indução, assistentes de condução, climatização digital e toda parafernália de um carro de seu porte, a Shark ainda pode ser equipada com um microfone para karaokê, que será vendido como opcional, pelo menos para os mexicanos.
O acabamento é sofisticado, com bancos e painéis revestidos em couro. Tendência que segue as demais picapes do mercado que se tornaram modelos de luxo.
O que ainda não foi divulgado é quando ela chegará para o Brasil. O primeiro mercado da Shark será o mexicano. A região é estratégica para a distribuição da BYD na região pois fica próximo dos Estados Unidos e também é logisticamente prático para entregas no Brasil e restante da América Latina.
Os preços foram divulgados apenas para o mercado mexicano por enquanto: MXN$ 899.980 na versão GL e MXN$ 969.800 na GS. Em conversão direta é R$ 274.346 e R$ 295.630 respectivamente em conversão direta. Valores competitivos perto da concorrência. Afinal, não basta ser tecnológica e eficiente.
É preciso ter um preço muito agressivo para convencer o consumidor brasileiro que vale a pena abrir mão do confiável motor diesel para apostar em uma picape híbrida. Ainda mais que a marca deixa claro que quer conquistar o público agro. Ou seja, ela precisa ser muito cascuda para o dono dos bois.
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Deveria custar R$ 200 mil, no máximo.
Não é flex !
