New Star GP é tudo que F1 da EA não conseguiu ser
Jogo de Fórmula 1 tem estilo retrô e combina elementos de games arcade com a imersão das campanhas de simuladores
Jogo de Fórmula 1 tem estilo retrô e combina elementos de games arcade com a imersão das campanhas de simuladores
Jogos de corrida se diferem entre arcade, simcade e simuladores. São três categorias muito bem definidas, mas que às vezes misturam as tintas.
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Só para clarear o que é cada um, o arcade é aquele joguinho despretensioso como Top Gear, Out Run. Super Mario Kart e Need For Speed também se enquadram nesse pacote em que não é necessário passar horas ajustando carros ou ter que investir em pedaleiras, volante e outras tranqueiras.
O simcade é aquele jogo que quer pagar de simulador, com gráficos apurados, física elaborada, mas sem o perfeccionismo de um simulador. Nessa patota se enquadram jogos como Gran Turismo e Forza Motorspot.
E por fim os simuladores que são jogos extremamente realistas, que demandam ajustes milimétricos de todos os parâmetros do carro. Nessa conta entram títulos como iRacing, Assetto Corsa, rFactor e até mesmo Dirt Rally 2.0.
Mas o que seria pegar um pouquinho de cada e fazer um jogo que fosse amigável para quem não tem experiência e ao mesmo desafiador e com elementos que atraiam quem gosta de levar um jogo de corrida a sério? Foi o que a New Star Games fez.
A produtora britânica uniu elementos de diferentes segmentos para criar New Star GP. Com gráficos simples e poligonais, ele tem a estética dos jogos de PC dos anos 1990, como Stunts Racing e Indianapolis 500.
Ao mesmo tempo tem uma pilotagem que mescla Horizon Chase com títulos mais sofisticados. Cada GP tem várias tarefas, como treino livre, corrida de checkpoints (que tem a mesma lógica de arcades como Daytona USA ou Sega Rally). É preciso passar nos pontos de checagem antes de o relógio estourar.
E por fim tem a corrida, com várias voltas, diferentes condições de clima que demandam estratégia de boxes, com abastecimento e troca de pneus. O jogador deve ficar atento com os pontos de frenagem e tangência, mas nada que um segundo a menos na hora de tirar o pé irá fazer a corrida terminar.
O carro sofre danos que precisam de reparos nos boxes, mas ele suporta muitas pancadas. Não é um carro feito de papel de seda como em F1 2023. Além disso, há um nitro que se recarrega a cada volta: herança de Top Gear. Ele é desafiador e despretensioso ao mesmo tempo.
Em seu modo campanha, o jogo permite melhorias no monoposto, otimização dos recursos da equipa e coisas que já vimos em jogos como WRC e F1. Carro mais confiável e time alinhado se traduzem em melhor desempenho. O que por sua vez significa mais créditos para investir na escuderia. O game ainda oferece modalidade on-line, em que é possível criar provas e competições com diferentes modalidades.
Ou seja, é um game que transporta o jogador para dentro daquele pequeno universo. A campanha se divide em eras da Fórmula 1, com as décadas de 1980, 1990 e 2000 em diante.
Reverberando os comentários que li na Steam, é certamente o melhor jogo de corridas desde Horizon Chase. Quem dera se o F1 da Electronic Arts fosse tão divertido.
Disponível para PC, PS5, PS4, Xbox Series X/S, Xbox One e Switch. Os preços variam de acordo com a plataforma com valores entre R$ 90 e R$ 160.
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