Placa “preta” pode ser utilizada por motos, caminhões e ônibus?

Chapa para veículos de coleção, que passou a ser branca com caracteres em cinza no novo padrão Mercosul, não é exclusividade de carros de passeio: entenda

caminhao antigo ford placa preta de frente
Caminhão antigo com placa preta (Shutterstock)
Por Alexandre Carneiro
Publicado em 14/10/2020 às 18h15
Atualizado em 19/10/2022 às 14h58

A chapa de coleção, que após a adoção do novo padrão Mercosul passaram a ter fundo branco e caracteres pintados de cinza, mas que ainda é chamada de placa “preta” por muitos, é relativamente comum em automóveis antigos. Mas seria possível aplicá-la a outros tipos de veículos, como motocicletas, ônibus e caminhões? A resposta é sim!

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Todo automotor emplacado já podia receber a placa preta, e isso continua valendo para o novo modelo do padrão Mercosul. Porém, desde que o bem, seja ele automóvel, motocicleta ou do tipo pesado, atenda a todos os requisitos necessários. “Qualquer veículo com pelo menos 30 anos, em estado original, pode receber a chapa de coleção“, sintetiza Luis Augusto Malta, diretor técnico do Clube de Veículos Antigos de Minas Gerais (CVA-MG).

Placa preta foi criada em 1998 para permitir a preservação de veículos antigos

A placa preta foi estabelecida pela Resolução 56 do Contran, de 1998. O objetivo é preservar os veículos antigos de intervenções que possam comprometer a originalidade e, consequentemente, o valor histórico do bem. O texto não faz distinção entre automóveis, motos, utilitários ou qualquer outro tipo de automotor, e nada disso foi alterado com a chegada das novas chapas Mercosul. Confira as determinações a seguir:

​São considerados veículos de coleção aqueles que atenderem, cumulativamente, aos seguintes requisitos:

I – ter sido fabricado há mais de trinta anos.

II – conservar suas características originais de fabricação;

III – integrar uma coleção;

IV – apresentar Certificado de Originalidade, reconhecido pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

As exigências para obter a placa de coleção são semelhantes independentemente do tipo de veículo. “Precisa ter um estado mínimo de originalidade e cumprir todos os quesitos”, explica Malta. Para obtê-la, o proprietário deve procurar um clube de antigomobilismo credenciado ao Denatran e agendar uma vistoria. Caso ocorra a aprovação, o proprietário recebe um Certificado de Originalidade relativo ao bem.

caminhao antigo ford placa preta de frente
Qualquer veículo emplacado com pelo menos 30 anos pode receber as chapas de coleção

Malta esclarece que, nesse procedimento, os vistoriadores utilizam planilhas específicas para automóveis, motos e veículos pesados. “Os critérios são um pouco diferentes, porque os modelos são distintos”, ressalta. Porém, em todos os casos, as exigências recaem sobre alto índice de originalidade e bom estado de conservação.

Com o Certificado de Originalidade em mãos, é necessário passar pela vistoria padrão do Detran do Estado. Finalizados todos os trâmites, o bem passa a ostentar, além da placa de específica de identificação (que, vale lembrar novamente, não é mais preta), os dizeres “veículo de coleção” no Certificado de Registro de Licenciamento (CRLV).

Foto: Shutterstock

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4 Comentários
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Adolfo sell filho 15 de outubro de 2020

O problema é conseguir o certificado de originalidade, pois os clubes para fornecerem exigem que sejam sócio ao clube, pagar as mensalidades e ainda pagar pelo certificado de originalidade, isto é inaceitável.

AutoPapo
Alexandre Carneiro 16 de outubro de 2020

Olá, Adolfo!
Caro, talvez em outros estados seja diferente, mas em Minas Gerais e em São Paulo os clubes não exigem filiação: paga-se só a taxa referente à vistoria.
Abraço e obrigado por comentar!

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Leitor 14 de outubro de 2020

Placa preta para carro velho preservado? Kkk Temos que preservar o meio ambiente isso sim. Carros com trinta anos carburados poluem demais. Isso é incentivar a poluição do ar que respiramos. ¯\_(ツ)_/¯

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OpalaSemCaneco 29 de dezembro de 2020

Esse é o tipo de cara q apoia os opalas sem caneco

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